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Qual o tempo ideal de uma reanimação cardiopulmonar?

Autor:

Lucas Santos Zambon

Doutorado pela Disciplina de Emergências Clínicas Faculdade de Medicina da USP; Médico e Especialista em Clínica Médica pelo HC-FMUSP; Diretor Científico do Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente (IBSP); Membro da Academia Brasileira de Medicina Hospitalar (ABMH); Assessor da Diretoria Médica do Hospital Samaritano de São Paulo.

Última revisão: 09/12/2015

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Contexto Clínico

Toda vez que uma equipe se depara com uma parada cardiorrespiratória, uma das grandes dúvidas se refere à por quanto tempo deve-se tentar a reanimação cardiopulmonar. Um estudo japonês em área pré-hospitalar tentou responder essa questão. Apresentamos os dados preliminares, ainda não publicados, mas que foram expostos no Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia.

 

O Estudo

Apresentamos os dados preliminares de um estudo japonês apresentado no Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia em Londres sobre pacientes com parada cardíaca fora do hospital.

O estudo, conduzido por pesquisadores do Hospital Universitário de Kanazawa, em Kanazawa, incluiu dados de 17.238 adultos que receberam RCP da equipe de serviços médicos de emergência (atendimento pré-hospitalar) entre 2011 e 2012. A equipe analisou a duração da RCP pré-hospitalar e dois desfechos: sobrevida de um mês e um resultado neurológico favorável de um mês após a parada cardíaca.

A equipe descobriu que a probabilidade de sobrevida caía com cada minuto de RCP, mas até um determinado ponto, resultados positivos eram possíveis: 99,1% de todos os sobreviventes, e 99,2% dos sobreviventes com resultados neurológicos favoráveis obtiveram um retorno de circulação espontânea em até 35 minutos de RCP. Nenhum paciente com uma RCP de 53 minutos ou mais sobreviveu um mês após parada cardíaca.

 

Aplicações Práticas

O que podemos derivar de prático desse estudo é que manter uma reanimação cardiopulmonar por até 35 minutos ainda permite pensar em um prognóstico adequado. Acima de 53 minutos, como não há sobreviventes demonstrados pelo estudo (em um prazo de 30 dias), isso demonstra que não há um esforço que valha este período excessivo de reanimação. A zona cinza, entre 35 minutos e 53 minutos, deve ser julgada caso-a-caso, valendo a premissa de que paradas em pacientes mais jovens, e sob determinadas circunstâncias como trauma, hipotermia, intoxicação e afogamento merecem uma tentativa, uma vez que há mais chance de um retorno à circulação espontânea.

 

Referências

Obs: estudo ainda não publicado.

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