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Consumo de frutas frescas e doença cardiovascular

Autor:

Lucas Santos Zambon

Doutorado pela Disciplina de Emergências Clínicas Faculdade de Medicina da USP; Médico e Especialista em Clínica Médica pelo HC-FMUSP; Diretor Científico do Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente (IBSP); Membro da Academia Brasileira de Medicina Hospitalar (ABMH); Assessor da Diretoria Médica do Hospital Samaritano de São Paulo.

Última revisão: 08/06/2016

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Contexto Clínico

Em populações ocidentais, um maior nível de consumo de frutas tem sido associado com um menor risco de doença cardiovascular, mas pouco se sabe sobre tais associações na China, onde o nível de consumo de frutas é baixo e as taxas de acidente vascular cerebral são elevadas.

 

O Estudo

Entre 2004 e 2008 foram recrutados 512.891 adultos, de 30 a 79 anos de idade, em 10 localidades na China. Durante 3,2 milhões de pessoas-anos de follow-up, ocorreram 5.173 mortes por doença cardiovascular, 2.551 eventos coronários (fatais ou não), 14.579 acidentes vasculares cerebrais isquêmicos e 3.523 hemorragias intracerebrais entre os 451.665 participantes que não tinham uma história de doença cardiovascular ou tratamentos anti-hipertensivos no início do estudo.

No geral, 18,0% dos participantes relataram consumir frutas frescas diariamente. Em comparação com os participantes que nunca ou raramente consumiam frutas frescas (categoria "não consumo"), aqueles que comeram frutas frescas diariamente tinham pressão arterial sistólica mais baixa (4,0 mmHg) e os níveis de glicose no sangue mais baixos (0,5 mmol por litro [9,0 mg/dL]) (P <0,001 para tendência  das duas comparações). As taxas de risco ajustadas para consumo diário contra o não consumo foram de 0,60 (IC95% 0,54-0,67) para a morte cardiovascular, e 0,66 (IC95%, 0,58-0,75), 0,75 (IC95% 0,72-0,79) e 0,64 (IC95% 0,56-0,74), respectivamente, para eventos coronários, acidente vascular cerebral isquêmico e acidente vascular cerebral hemorrágico. Houve uma forte relação dose-resposta entre a incidência de cada resultado e a quantidade de fruta fresca consumida. Essas associações foram semelhantes em todas as regiões de estudo e em subgrupos de participantes definidos por características basais.

 

Aplicações Práticas

Podemos verificar por mais esse estudo a importância do consumo de frutas frescas para a saúde cardiovascular. Entre os adultos chineses, um maior nível de consumo de frutas foi associado com níveis mais baixos de pressão arterial e glicose no sangue e em grande parte independente desse e de outros fatores dietéticos e não dietéticos, com riscos significativamente mais baixos das principais doenças cardiovasculares. Sendo assim, fica clara a necessidade de frutas na dieta de qualquer um.

 

Referências

 

Du H et al. Fresh Fruit Consumption and Major Cardiovascular Disease in China. N Engl J Med 2016; 374:1332-1343.

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