Última revisão: 21/01/2015
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Reproduzido de:
Dermatologia na Atenção Básica de Saúde / Cadernos de Atenção Básica Nº 9 / Série A - Normas de Manuais Técnicos; n° 174 [Link Livre para o Documento Original]
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Políticas de Saúde
Departamento de Atenção Básica
Área Técnica de Dermatologia Sanitária
BRASÍLIA / DF – 2002
CID-10: B87
Zoodermatose caracterizada pelo acometimento da pele ou orifícios por larvas de moscas. Classificam-se em primárias e secundárias.
Caracteriza-se por lesão nodular que surge com o desenvolvimento da larva, apresentando orifício central de onde sai secreção serosa (Figura 1). A lesão é dolorosa e o paciente sente a sensação de “ferroada”. Como complicações podem surgir abscessos, linfangite e raramente tétano (Figura 2).
Figura 1: Miíase furunculóide.
Figura 2: Miíase furunculóide.
A infestação ocorre na pele ou mucosas ulceradas e nas cavidades. Os locais mais atingidos são as fossas e os seios nasais, os condutos auditivos e os globos oculares. A gravidade do quadro depende da localização e do grau de destruição.
Berne, bicheira.
Causada pela larva de Dermatobia hominis ou raramente pela Callitroga americana.
Causada por larvas de Callitroga macelaria e espécies do gênero Lucília.
Mosca doméstica.
Deposição da larva da mosca na pele e em feridas.
Até duas semanas.
Não há transmissão pessoa a pessoa.
Infecção secundária, destruição tecidual, fístulas, destruição óssea.
Clínico.
Furúnculos, abscessos de glândula sudorípara, hordéolos, otites, rinites, corpo estranho e impetigos.
No berne, utiliza-se oclusão com vaselina pastosa ou esmalte de unha, o que impede que a larva respire, e com sua imobilização, retirá-la com pinça ou expressão manual. Pode-se fazer retirada cirúrgica de larva. Localizações peri-orificiais em geral requer avaliação do especialista. Na Miíase secundária, utiliza-se extração manual das larvas, ou a Ivermectina sistêmica, 200 mcg/kg em dose única (aproximadamente 1 comprimido para cada 35 kg/peso). A Ivermectina causa morte das larvas, que deverão ser retiradas manualmente ou com pinça.
Doença universal de áreas rurais onde se encontra as moscas referidas acima.
Não é objeto de vigilância epidemiológica.
Não é doença de notificação compulsória.
Combate às moscas, higiene pessoal adequada, cobrir feridas abertas.
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