Última revisão: 31/05/2009
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Reproduzido de:
Dermatologia na Atenção Básica de Saúde / Cadernos de Atenção Básica Nº 9 / Série A - Normas de Manuais Técnicos; n° 174 [Link Livre para o Documento Original]
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Políticas de Saúde
Departamento de Atenção Básica
Área Técnica de Dermatologia Sanitária
BRASÍLIA / DF – 2002
CID-10: B85.0
Dermatose pruriginosa produzida por piolhos. A principal manifestação é o prurido intenso, principalmente nas regiões retroauriculares e occipitais (pediculosis capitis), encontrando-se pequenos grãos brancos aderidos aos cabelos (lêndeas). Na pediculose corporal há lesões pápulo-urticariformes e hemorrágicas preferencialmente no tronco, abdome e nádegas, podendo haver escoriações, liquenificação, hipercromia, caracterizando a chamada “doença do vagabundo”.
Piolho.
Causada pelo Pediculus humanus capitis e Pediculus humanus corporis.
O homem.
Contato direto com a pessoa infectada ou com objetos usados por esta.
Sete dias até três semanas.
Enquanto houver piolhos vivos na pessoa infectada ou nos fômites. Os piolhos podem viver até dez dias nos utensílios do hospedeiro.
Piodermite do couro cabeludo e corpo.
Clínico.
Escabiose, pitiríasis capitis (caspa), piodermite do couro cabeludo.
Escabicidas (ver tratamento de Escabiose) utilizados em aplicação única durante 6 horas e, após, lavar o couro cabeludo. Repetir a aplicação após 7 dias, ou usar xampu de permetrina (1%) ou deltametrina (0,02%), deixar por 5-10 minutos e enxaguar. Repetir após 7 dias. As lêndeas devem ser retiradas com pente fino após aplicação de vinagre 1:1 em água morna. Ivermectina, na dose de 100 mg/kg em dose única, repetida após uma semana efetiva para matar os piolhos. As lêndeas devem ser retiradas.
Podem ocorrer surtos em escolas, creches ou ambientes confinados.
Detecção e tratamento precoce dos casos.
Não é doença de notificação compulsória.
Desinfestação mecânica e/ou química para evitar disseminação. Lavar a roupa de vestir, de cama e banho com água quente ou lavar normal e passar o ferro quente.
Figura 1: Pediculose.
Doença dermatológica altamente pruriginosa, localizada, geralmente, nos pêlos da região pubiana (Figura 2) podendo ocorrer ainda em região ciliar de crianças (Figura 3) por contaminação de adultos infectados.
Figura 2: Fitiríase: parasita de cor acastanhada fixado à base do pêlo.
Figura 3: Fitiríase: parasita nos cílios.
Chato.
Phytirus pubis.
O homem.
Contato pessoa a pessoa, geralmente contato sexual.
Sete dias até três semanas.
Enquanto houver piolhos vivos na pessoa infectada ou nos fômites. Os piolhos podem viver até dez dias nos utensílios do hospedeiro.
Infecções secundárias pelo ato da coçadura.
Clínico e epidemiológico.
Dermatite seborréica na região ciliar ou blefarite.
Retirada manual dos parasitas, com auxílio de vaselina. Solução oftálmica de fluoresceína 1 a 2 gotas nos cílios provoca a morte dos piolhos e suas lêndeas; se necessário, repetir após sete dias. Ivermectina, na dose de 200 mg/kg mata as formas adultas.
Podem ocorrer surtos em comunidades fechadas.
Detecção e tratamento precoce dos infestados.
Não é doença de notificação compulsória.
Desinfestação mecânica e/ou química para evitar disseminação. Lavar a roupa de vestir e de cama com água quente ou lavar normal e passar o ferro.
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