Última revisão: 17/09/2015
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Reproduzido de:
Formulário Terapêutico Nacional 2010: Rename 2010 [Link Livre para o Documento Original]
Série B. Textos Básicos de Saúde
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos
Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos
Brasília / DF – 2010
Isabela Heineck
A osteoporose é doença esquelética sistêmica progressiva caracterizada por baixa densidade óssea e deterioração da microarquitetura do tecido ósseo, com consequente aumento da fragilidade e susceptibilidade a fraturas. Na juventude a formação óssea supera a reabsorção, mas a partir da terceira década de vida há uma perda gradual da massa óssea. A osteoporose é, portanto, doença normalmente relacionada com a idade, que pode afetar ambos os sexos. No entanto, ocorre mais frequentemente em mulheres no período pós-menopausa e em pacientes que usam corticosteroides por períodos prolongados. A mortalidade relacionada a fratura de quadril está em torno de 13% e a maioria dos sobreviventes apresenta incapacidade para deambular. Os fatores de risco para a osteoporose incluem peso corporal baixo, tabagismo, excesso de ingestão de álcool, vida sedentária, história familiar de osteoporose e menopausa precoce. A meta do tratamento farmacológico é a prevenção de fraturas e as opções terapêuticas devem ser selecionadas de acordo com o risco. Na prevenção primária de pessoas com baixo risco devem-se adotar medidas não farmacológicas. Em pacientes idosos institucionalizados, com deficiência de vitamina D e sem história prévia de fratura, a associação de cálcio e vitamina D deve ser considerada. Esta associação também é geralmente recomendada em coadministração com bifosfonatos quando a ingestão de cálcio e vitamina D é inadequada. Em pacientes com maior risco deve-se indicar a terapia com bifosfonatos ou outros fármacos. A adesão ao tratamento da osteoporose é baixa, e estima-se que 50% dos pacientes interrompem o tratamento no primeiro ano e 80% até o terceiro ano.
Alendronato de sódio é um bifosfonato com benefício definido na prevenção de fraturas osteoporóticas, assim como o hormônio da paratireoide, risedronato e ranelato de estroncio. Bifosfonatos são recomendados na prevenção secundária de fraturas osteoporóticas em mulheres em período pós-menopausa Susceptíveis a fraturas. Uma revisão sistemática de 2008 sobre o alendronato na prevenção primária e secundária de fraturas osteoporóticas na pós-menopausa (n= 12.068 mulheres), concluiu que 10 mg/dia proporciona redução, estatisticamente significante, na prevenção secundaria de fraturas vertebrais e não vertebrais (quadril e pulso) e na prevenção primaria de fraturas vertebrais. A utilização de 70 mg em dose única semanal apresenta vantagens relacionadas a comodidade e segurança para o paciente, pois a ingestão do medicamento requer cuidados especiais como a ingestão em jejum e que o paciente fique sentado de forma ereta ou em pé por pelo menos 30 minutos após ingerir o medicamento. Estes cuidados são importantes para evitar o desenvolvimento de reações esofágicas importantes (erosão, ulceração e perfuração). Um estudo de 2008 alerta para o risco aumentado de fibrilação atrial em mulheres que fizeram uso de alendronato7 (ver monografia, página 380).
Carbonato de cálcio + colecalciferol a associação de cálcio mais vitamina D tem beneficio provável na prevenção de fraturas osteoporóticas. Revisão de 2006 (n = 10.376 idosos) verificou que a suplementação de cálcio e vitamina D promoveu redução marginal de fratura de quadril e de outras fraturas não vertebrais à exceção de pacientes com história de fratura prévia de quadril. Houve benefício em pacientes institucionalizados (n = 3.853 idosos) tanto em fratura de quadril quanto em outras não-vertebrais, não demonstrando nos pacientes vivendo em comunidade. Não foi observada eficácia preventiva em fraturas vertebrais (ver monografia, página 447).
Calcitriol em diversos estudos os análogos de vitamina D, alfacalcidol e calcitriol, mostraram-se superiores na prevenção de fraturas vertebrais e não-vertebrais quando comparados ao uso isolado de cálcio ou de vitamina D. Os análogos de vitamina D, alfacalcidol e calcitriol são derivados hidroxilados e devem ser usados nos casos de insuficiência renal grave, pois a vitamina D requer hidroxilação por via renal para ser ativada2 (ver monografia, página 437).
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