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Última revisão: 11/11/2015

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Reproduzido de:

Formulário Terapêutico Nacional 2010: Rename 2010 [Link Livre para o Documento Original]

Série B. Textos Básicos de Saúde

MINISTÉRIO DA SAÚDE

Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos

Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos

Brasília / DF – 2010

 

Paclitaxel

 

Maurício Fábio Gomes

 

Na Rename 2010: Item 6.1.3

 

Apresentação

t Solução injetável 6 mg/mL

 

Indicações

t Câncer de mama (nodo-positivo, ou metastático, ou recorrente).

t Câncer avançado de ovário.

t  Câncer de não-pequenas células de pulmão (não ressecável).

t  Sarcoma de Kaposi associado a Aids (segunda escolha).

 

Contraindicações

t Hipersensibilidade a paclitaxel e a componentes da formulação.

t Dano hepático grave.

t Mielossupressão (contagem de neutrófilos inferior a 1.500 células/mm3 e 1.000 células/mm3 em pacientes com tumores sólidos e sarcoma de Kaposi, respectivamente).

 

Precauções

t Usar com cuidado nos casos de:

       infusão sequencial (risco de mielossupressão; o paclitaxel deve preceder o uso de derivados de platina; monitorar contagens sanguíneas).

       insuficiência hepática.

       idosos (são mais Susceptíveis a Efeitos adversos graves).

       crianças (segurança e eficácia não estão estabelecidas).

       lactação (ver Apêndice B).

t Pré-medicar com dexametasona, difenidramina (ou equivalente) e ranitidina, de 30 a 60 minutos antes da administração, para minimizar a ocorrência de efeitos adversos.

t Atentar para que não ocorra extravasamento durante a administração (o paclitaxel é vesicante).

t  Categoria de risco na gravidez (FDA): D (ver Apêndice A).

 

Esquemas de administração

Adultos

Câncer de mama

t  Adjuvante do tratamento da doença nodo-positivo

       Esquema de dose a cada 3 semanas: paclitaxel 175 mg/m2, por infusão intravenosa, durante 3 horas, a cada 3 semanas, por quatro ciclos, em combinação com quimioterapia padrão contendo doxorrubicina.

       Esquema de dose semanal: paclitaxel 80 mg/m2, por infusão intravenosa, durante 1 hora, uma vez por semana, por 12 semanas, seguido de 4 ciclos de doxorrubicina 60 mg/m2 e ciclofosfamida 600 mg/m2, ambos por via intravenosa, a cada 3 semanas.

t Adjuvante após falha terapêutica de doença metastática ou recorrente.

t Administrar paclitaxel 175 mg/m2, por infusão intravenosa, durante 3 horas, a cada 3 semanas, por quatro ciclos, como monoterapia ou em combinação com quimioterapia padrão.

 

Câncer avançado de ovário

t Tratamento de primeira escolha: paclitaxel 175 mg/m2, por infusão intravenosa, durante 3 horas, ou 135 mg/m2/dia, por infusão intravenosa contínua em 24 horas; seguido de cisplatina 75 mg/m2, por via intravenosa. Repetir a cada 3 semanas. Ou paclitaxel 135 mg/m2, por infusão intravenosa contínua em 24 horas, no dia 1; cisplatina 100 mg/m2, por via intraperitoneal, no dia 2; e paclitaxel 60 mg/m2, por via intraperitoneal no dia 8. Repetir por 6 ciclos.

t  Em pacientes previamente tratados: monoterapia com paclitaxel 135 mg/m2 ou 175 mg/m2, por infusão intravenosa, durante 3 horas. Repetir a cada 3 semanas.

 

Câncer de células não pequenas de pulmão (não ressecável)

t Administrar paclitaxel 135 mg/m2, por infusão intravenosa contínua em 24 horas e cisplatina 75 mg/m2, por via intravenosa. Repetir a cada 3 semanas.

 

Sarcoma de Kaposi associado a Aids (segunda escolha)

t  Administrar paclitaxel 100 mg/m2, por infusão intravenosa, durante 3 horas, a cada 2 semanas.

 

Nota: Se ocorrer extravasamento, parar a infusão; tentar retirar 3 a 5 mL de sangue/fluido para remover o agente; depois instilar 10 a 15 mL de solução fisiológica no cateter para diluir o vesicante.

 

Em insuficiência hepática

t A dose de paclitaxel deve ser ajustada de acordo com os níveis de transaminases e bilirrubina, como mostra a tabela a seguir:

 

 

Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes

t Meia-vida: 5,3 a 17,4 horas.

t Metabolismo: Hepático.

t Excreção: Biliar e renal (1,3% a 12,6%).

 

Efeitos adversos

t Reações alérgicas, anafilaxia (2% a 4%).

t Mielossupressão, anemia (2% a 34%), hemorragia (10% a 14%), neutropenia febril (2% a 55%), leucopenia (90%), trombocitopenia (1% a 17%).

t  Alopecia (55% a 96%) eritema.

t Náusea (9% a 88%), vômitos (9% a 88%), diarreia (16% a 90%), estomatite (5% a 45%), perfuração gastrintestinal (10% a 29%), perda de apetite.

t Alterações nos exames de função hepática.

t Artralgia, mialgia.

t Hipotensão (9% a 17%), bradicardia transitória (3%), cardiotoxicidade, enfarte do miocárdio (raro), fibrilação atrial (raro), arritmia cardíaca (<1%).

t  Neuropatia periférica (<10%).

t Infecções (6% a 38%).

 

Interações de medicamentos

t Cisplatina: pode resultar em mielossupressão. Se o uso concomitante for necessário, monitorar para mieolossupressão. A interação é menor quando paclitaxel é dado antes de cisplatina.

t Doxorrubicina: pode ter suas concentrações plasmáticas e de seu metabólito ativo (doxorrubicinol) aumentadas. Se o uso concomitante for necessário, monitorar para o aumento das concentrações plasmáticas de doxorrubicina.

t Epirrubicina: pode ter sua toxicidade aumentada. Se o uso concomitante for necessário, administrar epirrubicina antes de paclitaxel.

t Erva-de-são-joão (Hypericum perforatum): pode reduzir a efetividade de paclitaxel. O uso concomitante deve ser evitado.

t Fenitoína e fosfenitoína: podem reduzir a efetividade de paclitaxel. Se o uso concomitante for necessário, monitorar para resposta adequada ao paclitaxel e considerar o aumento de sua dose.

t Quinupristina/dalfopristina: podem aumentar o risco de toxicidade pelo paclitaxel. Se o uso concomitante for necessário, considerar a descontinuação temporária do paclitaxel.

t Vacina rotavírus humano G1P1[8] (atenuada): aumento do risco de infecção pela vacina. O uso concomitante é contraindicado.

t Vacinas com vírus vivos: aumento do risco de infecção pela vacina.Se a vacina for necessária, administrar a vacina depois de três meses da descontinuação da quimioterapia.

t Valspodar: pode aumentar a toxicidade do paclitaxel. Pode ser necessário reduzir a dose do paclitaxel em até 50%, durante o uso desta combinação.

 

Orientações ao paciente

t Alertar que este medicamento pode causar alopecia, náusea, vômito, artralgia e mialgia.

t Evitar uso de bebidas alcoólicas.

t Orientar para evitar vacinas, especialmente contra poliovírus, e contato com pessoas próximas que receberam a vacina; se for inevitável o convívio, para usar máscara de proteção.

t Orientar para utilizar contracepção efetiva durante e por até 6 meses após tratamento, tanto homens quanto mulheres.

 

Aspectos farmacêuticos

t Armazenar a temperatura de 15 a 30 oC, em sua embalagem original e protegido da luz.

t Observar orientação específica do produtor quanto a diluição, compatibilidade e estabilidade da solução.

t Diluir em solução de glicose a 5% ou solução de cloreto de sódio 0,9% até concentração final de 0,3 a 1,2 mg/mL. Após diluição, a solução para infusão intravenosa se mantém estável por 27 horas sob temperatura ambiente.

t É compatível com Ringer + lactato.

t Deve ser administrado através de filtro com poros não maiores que 0,22 micra e equipo de polipropileno.

t Refrigeração e congelamento não afetam o produto. Nesses casos, se houver formação de precipitado, o mesmo se dissolverá ao retornar à temperatura ambiente, sob leve agitação.

t Deve ser armazenado em frascos de vidro ou plástico (não PVC).

t É incompatível com anfotericina B, clorpromazina, hidroxizina, metilprednisolona, mitoxantrona, amiodarona, diazepam, digoxina, doxorrubicina, idarrubicina, indometacina, labetalol, fenitoína, propranolol.

t Observar protocolos locais para o manuseio de substâncias citotóxicas.

 

 

Palmitato de Cloranfenicol (ver Cloranfenicol, Palmitato de Cloranfenicol e Succinato Sódico de Cloranfenicol)

 

Palmitato de Retinol

 

Luciana dos Santos

 

Na Rename 2010: item 12

 

Apresentações

t  Cápsula 200.000 UI.

t Solução oleosa oral 150.000 UI/mL.

 

Indicações

t Tratamento de deficiência de retinol.

t Prevenção de complicações (pneumonia e mortalidade) por sarampo em menores de 2 anos

 

Contraindicações

t  Hipersensibilidade ao retinol ou a qualquer componente da fórmula.

t Hipervitaminose A.

t  Gravidez. Categoria de risco na gravidez (FDA): X (ver Apêndice A).

 

Precauções

t Usar com cuidado nos casos de:

       insuficiência renal crônica ou hemodiálise (não é recomendada a suplementação de retinol pelo risco de hipervitaminose A).

       lactação (ver Apêndice B).

t A ingestão de quantidade excessiva pode produzir hipervitaminose A, principalmente em crianças.

 

Esquemas de administração

Crianças

Tratamento da deficiência de retinol

t Menores de 6 meses: 50.000 UI, imediatamente após o diagnóstico, por via oral, repetir a dose no dia seguinte e, novamente, após 2 semanas.

t 6 meses a 1 ano: 100.000 UI, imediatamente após o diagnóstico, por via oral, repetir a dose no dia seguinte e, novamente, após 2 semanas.

t Maiores que 1 ano: 200.000 UI, imediatamente após o diagnóstico, por via oral, repetir a dose no dia seguinte e, novamente, após 2 semanas.

Prevenção de complicações (pneumonia e mortalidade) por sarampo

t Menores de 6 meses: 50.000 UI, por via oral, a cada 24 horas, durante 2 dias. Administrar outra dose após 2 semanas.

t 6 meses a 1 ano: 100.000 UI, por via oral, a cada 24 horas, durante 2 dias. Administrar outra dose após 2 semanas.

t 1 a 2 anos: 200.000 UI, por via oral, a cada 24 horas, durante 2 dias. Administrar outra dose após 2 semanas.

 

Adultos (exceto mulheres em idade fértil)

Tratamento da deficiência de retinol

t 200.000 UI, imediatamente após o diagnóstico, por via oral, repetir a dose no dia seguinte e, novamente, após 2 semanas.

 

Mulheres em idade fértil

Tratamento da deficiência de retinol

t sintoma grave de xeroftalmia: 200.000 UI, imediatamente após o diagnóstico, por via oral, repetir a dose no dia seguinte e, novamente, após 2 semanas.

t sintoma leve de xeroftalmia: 5.000 a 10.000 UI/dia, por via oral, durante pelo menos 4 semanas, ou até 25.000 UI/semana.

 

Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes

t Absorção depende dos lipídios da dieta, no geral é bem absorvido.

t  Metabolismo: hepático (90%).

t Excreção: fezes.

 

Efeitos adversos

t Hipervitaminose A (1% a 10%).

t Irritabilidade, cefaleia, letargia, indisposição, pressão intracraniana aumentada.

t Gengivite.

t  Pele seca ou rachada, alopecia ou cabelos secos, eritema, despigmentação da pele.

t Aumento de cálcio e da fosfatase alcalina.

t Hepatoesplenomegalia, icterícia, cirrose.

t Leucopenia, anemia.

t  Dores ósseas, fechamento prematuro das epífises, osteoporose.

t Edema.

t Diplopia, visão borrada.

 

Interações de medicamentos

t Anticoagulantes (abciximabe, clopidogrel, dicumarol, femprocumona, heparina, varfarina): aumento do risco de sangramento. Monitorar sinais de sangramento excessivo durante uso concomitante do retinol.

t Minociclina: aumento do risco de hipertensão intracraniana benigna. Se possível, evitar administração concomitante e monitorar sintomas como cefaleia intensa, confusão visual, náuseas, vômitos.

t Retinoides (acitretina, bexaroteno, isotretinoína e tretinoína): aumenta o risco de hipervitaminose A e toxicidade retinoide. Evitar a administração concomitante, se possível.

 

Orientações aos pacientes

t Alertar para adotar dieta rica em leite, fígado, frutas e verduras, que são ricos em retinol.

t Orientar para notificar se surgirem reações adversas com o uso do retinol.

t Alertar para notificar se houver gravidez.

t A cápsula pode ser administrada com alimentos, incluindo leite.

 

Aspectos farmacêuticos

t Armazenar à temperatura ambiente, entre 15 e 30 ºC. Manter em recipiente hermético, protegido da luz.

t  0,3 microgramas de retinol = 1 UI (1 mg = 3.333 UI).

 

 

Pamidronato Dissódico

 

Larissa Niro

Rogério Aparecido Minini dos Santos

 

Na Rename 2010: item 6.3

 

Apresentações

t Pó para solução injetável 60 mg e 90 mg

 

Indicações

t Metástase óssea, osteolítica, associada a câncer de mama ou mieloma múltiplo.

t Doença de Paget (moderada a grave).

t Hipercalcemia devido a neoplasia (moderada a grave), com hidratação adequada.

 

Contraindicação

t  Hipersensibilidade ao pamidronato ou a outros bifosfonatos.

 

Precauções

t Usar com cuidado nos casos de:

       lactação.

       insuficiência cardíaca congestiva.

       anemia, leucopenia ou trombocitopenia (monitorar os pacientes nesses casos).

       história de hipoparatireoidismo (risco de hipocalcemia).

       história de cirurgia da tireoide (pode predispor a hipoparatireoidismo e aumento do risco de hipocalcemia).

       fatores de risco concomitantes para osteonecrose da mandíbula, como câncer, quimioterapia, corticoterapia e higiene oral deficiente (considerar um exame odontológico apropriado antes de iniciar o tratamento com bifosfonato).

t Os bifosfonatos associam-se a toxicidade renal, incluindo risco de falência renal.

t Há relatos de glomerulosclerose segmental focal, incluindo o colapso variante, especialmente no tratamento de mieloma múltiplo ou câncer de mama.

t Categoria de risco na gravidez (FDA): D, durante toda a gravidez (ver Apêndice A).

t A eficácia e a segurança do uso do pamidronato dissódico não foram estabelecidas em crianças.

 

Esquema de administração

Adultos

t Metástase óssea, osteolítica, associada a câncer de mama ou mieloma múltiplo: 90 mg, por infusão intravenosa em 2 a 4 horas, a cada 3 a 4 semanas (a duração ótima do tratamento não é conhecida).

t Doença de Paget (moderada a grave): 30 mg, por infusão intravenosa em 4 horas, diariamente, por 3 dias consecutivos (dose total de 90 mg).

t Hipercalcemia devido a neoplasia (moderada a grave), com hidratação adequada: 60 mg a 90 mg, em dose única, por infusão intravenosa, em 2 a 24 horas; a dose pode ser repetida após intervalo mínimo de 7 dias.

 

Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes

t Distribuição: 45% a 53% de uma dose infundida de 60 mg em 24 horas chega aos ossos, preferentemente, nas áreas com maior retorno vascular.

t Pico de efeito: 3 a 7 dias.

t Biotransformação: não é metabolizado.

t Excreção: renal (20% a 55% do fármaco são excretados na urina, em 72 a 120 horas). A depuração renal é mais lenta em pacientes com dano renal grave, o que pode requerer redução da taxa de infusão.

t Meia-vida de eliminação: 21 a 35 horas.

 

Efeitos adversos

t Reação no lugar da injeção, exantema.

t Hipocalcemia, hipopotassemia, hipofosfatemia, hipomagnesemia.

t Perda de apetite, náusea e vômito.

t  Febre, cefaleia, convulsões.

t Hipertensão, hipotensão, síncope, taquicardia, tromboflebite.

t  Anemia, leucopenia.

t Mialgia, artralgia, artropatia, dor óssea, necrólise óssea da mandíbula (rara).

t Afecções oculares.

t  Nefrotoxicidade com deterioração da função renal; infecções no trato urinário.

 

Interações de medicamentos

t Compostos contendo alumínio, cálcio, ferro, ou magnésio, incluindo antiácidos e suplementos minerais e alguns laxantes osmóticos ou calciferol: o uso concomitante pode antagonizar os efeitos do pamidronato no tratamento da hipercalcemia. Monitorar nível plasmático de cálcio.

t  Fármacos  nefrotóxicos:  podem  aumentar  o  risco  de  nefrotoxicidade. Monitorar função renal e, se possível, evitar o uso concomitante.

 

Orientações aos pacientes

t Antes de iniciar o tratamento é importante identificar história prévia de hipersensibilidade a bifosfonatos, gravidez e lactação.

t  Evitar gravidez durante o uso de pamidronato.

t Cuidado ao dirigir veículos ou operar máquinas perigosas, pois o pamidroanto pode causar sonolência.

t Pacientes idosos tendem a ficar hiperidratados quando uma terapia de hidratação é dada em conjunto com o pamidronato.

t Dependendo da doença é possível que seja necessário restringir a ingestão de cálcio e de calciferol, calcifediol ou calcitriol, durante o uso do pamidronato.

 

Aspectos farmacêuticos

t Armazenar o pó para solução injetável à temperatura ambiente, entre 15 ºC e 30 oC.

t Observar orientação específica do produtor quanto a reconstituição, diluição, compatibilidade e estabilidade da solução.

t Reconstituir com 10 mL de água estéril para injeção para obter uma concentração final de 30 mg/10 mL ou 90 mg/10 mL. Certificar-se de que o pó esteja completamente dissolvido antes de usar a solução. O pamidronato reconstituído pode ser guardado sob refrigeração, sob temperaturas entre 2 ºC e 8 ºC, mantendo-se estável por 24 horas.

t  Para hipercalcemia: diluir 60 mg, ou 90 mg, em 1 L de solução injetável de cloreto de sódio 0,9% ou 0,45%, ou glicose 5%.

t  Para doença de Paget: diluir 30 mg em 500 mL de solução injetável de cloreto de sódio 0,9% ou 0,45%, ou glicose 5%.

t  Para metástase óssea, osteolítica, em câncer de mama: diluir 90 mg, em 250 mL de solução injetável de cloreto de sódio 0,9% ou 0,45%, ou glicose 5%.

t  Para lesões osteolíticas associadas a mieloma múltiplo: diluir 90 mg, em 500 mL de solução injetável de cloreto de sódio 0,9% ou 0,45%, ou glicose 5%.

t A solução diluída para infusão permanece estável por 24 horas após o preparo, sob temperatura ambiente (15 ºC a 30 ºC).

t Soluções de Ringer + lactato não devem ser utilizadas para diluição, pois contém cálcio na sua composição.

 

 

Pancurônio (ver Brometo de Pancurônio)

 

Paracetamol

 

Maria Isabel Fischer

 

Na Rename 2010: itens 2.1 e 2.3

 

Apresentações

t  Comprimido 500 mg

t Solução oral 200 mg/mL

 

Indicações

t Dor leve a moderada.

t Febre.

t Enxaqueca.

 

Contraindicação

t Hipersensibilidade ao paracetamol.

 

Precauções

t Usar com cuidado nos casos de:

       insuficiência hepática (ver Apêndice C).

       insuficiência renal (ver Apêndice D).

       alcoolismo.

       pacientes asmáticos com hipersensibilidade ao ácido acetilsalicílico (risco de hipersensibilidade cruzada).

       lactação.

t O paracetamol tem pouco ou nenhum efeito anti-inflamatório ou antirreumático.

t  Categoria de risco na gravidez (FDA): B.

 

Esquema de administração

Crianças até 12 anos

Febre pós-imunização em crianças com 2 a 3 meses

t  Dose única de 60 mg, por via oral; se necessário, administrar segunda dose 4 a 6 horas após a primeira. Procurar orientação médica se a febre persistir após a segunda dose.

 

Febre e dor leve a moderada

t  10 a 15 mg/kg, por via oral, a cada 4 a 6 horas (máximo de 5 doses em 24 horas).

Nota: crianças com menos de 2 anos de idade, ou com menos de 11 kg, requerem orientação médica.

 

Adultos e crianças com mais de 12 anos

Febre, dor leve a moderada e enxaqueca

t  500 mg a 1.000 mg, por via oral, a cada 4 a 6 horas. Dose máxima diária: 4.000 mg.

 

Aspectos farmacocinéticos

t Absorção oral: rápida e incompleta, varia conforme a forma farmacêutica.

t  Biodisponibilidade oral: 60% a 98%.

t  Metabolismo: hepático.

t Pico de concentração plasmática: 10 a 60 minutos.

t  Início de efeito: menos de 1 hora.

t Duração da ação: 4 a 6 horas.

t Excreção: renal, 1% a 4% na forma não alterada.

t Meia-vida de eliminação: neonatos, 2 a 5 horas; adultos, 1 a 4 horas.

 

Efeitos adversos

t  São raros e geralmente brandos em doses terapêuticas.

t Asma.

t Exantema.

t Distúrbios sanguíneos (trombocitopenia, leucopenia, neutropenia, pancitopenia e agranulocitose).

t  Hemorragia gástrica.

t Hepatotoxicidade após dose excessiva ou com uso terapêutico prolongado em pacientes alcoolistas.

t  Aumento da bilirrubina e da fosfatase alcalina.

t  Nefrotoxicidade por uso prolongado ou excessivo.

t Reações de hipersensibilidade, incluindo dispneia, hipotensão, urticária, e angiodemea.

 

Interações de medicamentos

t Anticoagulantes cumarínicos (acenocumarol, varfarina): pode aumentar o risco de sangramento. Pacientes que usam varfarina ou outros anticoagulantes cumarínicos devem ser orientados a diminuir o uso de paracetamol. Considerar o monitoria do tempo de protrombina quando for iniciado ou descontinuado o uso de paracetamol em pacientes sob tratamento anticoagulante. A interação pode ter menor relevância clínica com o uso infrequente ou em baixas doses de paracetamol.

t Carbamazepina: pode aumentar o risco de hepatotoxicidade pelo paracetamol. Em doses terapêuticas usuais dos dois fármacos, não é necessário monitoria especial do paciente.

t Etanol: pode aumentar o risco de hepatotoxicidade. Deve-se ter cuidado com pacientes que ingerem 3 ou mais doses de bebidas alcoólicas por dia e utilizem paracetamol. Pacientes devem ser orientados a não excederem dose diária de 4.000 mg de paracetamol. Alcoolistas crônicos devem evitar o uso de paracetamol.

t Fenitoína: pode diminuir a efetividade do paracetamol e aumentar o risco de hepatotoxicidade. Evitar doses elevadas e/ou uso prolongado de paracetamol. Monitorar o paciente para evidências de hepatotoxicidade. Em doses terapêuticas dos dois fármacos, geralmente não é necessário monitoria do paciente ou ajuste de dose.

t Isoniazida: pode aumentar o risco de hepatotoxicidade. O uso de paracetamol deve ser limitado em pacientes que utilizam isoniazida.

t Zidovudina: pode resultar em neutropenia ou hepatotoxicidade. Evitar uso prolongado e múltiplas doses de paracetamol em pacientes tratados com zidovudina.

 

Orientações ao paciente

t A velocidade de absorção pode ser diminuída quando ingerido com alimentos. Ingerir com alimento se houver desconforto gástrico.

t Não é seguro ingerir dose diária acima de 4.000 mg (4 g). Não exceder a dose diária recomendada pelo risco de hepatotoxicidade.

t Muitas associações medicamentosas de venda livre contêm paracetamol. O uso simultâneo de várias preparações pode resultar em dose excessiva do fármaco.

t  Relatar sinais ou sintomas de hemorragia gastrintestinal, doença hepática (p.ex. pele ou olhos amarelados) ou doença renal.

t  Ingerir o medicamento com um copo cheio de água (cerca de 200 mL).

t Evitar ingestão de álcool enquanto estiver utilizando este medicamento.

t Não deve ser utilizado como automedicação:

       para dor, por mais que 10 dias em adultos e 5 dias em crianças;

       para febre superior a 39,5 ºC, por mais que 3 dias ou febre recorrente;

       para dor de garganta (faringite, laringite), em adultos ou crianças, por mais de 2 dias, a não ser que seja sob orientação médica, pois dor intensa por longo período ou febre recorrente pode indicar condição patológica que requer avaliação médica.

 

Aspectos farmacêuticos

t  Manter à temperatura ambiente, entre 15°C e 30°C. Proteger da luz, calor e umidade.

 

 

Pasta D’água

 

Fernando Genovez de Avelar

Marcela de Andrade Conti

 

Na Rename 2010: item 20.4

 

Apresentação

t Pasta.

 

Indicações

t  Adstringente suave, em irritações cutâneas, eczemas e feridas.

t Assaduras e queimaduras de sol.

 

Contraindicação

t Hipersensibilidade a algum componente da formulação.

 

Precaução

t Evitar contato com olhos e mucosas.

 

Esquemas de administração

Adultos e crianças

t Aplicar sobre a pele limpa, várias vezes ao dia.

 

Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes

t Não há absorção sistêmica relevante.

 

Efeito adverso

t Irritação local.

 

Orientações aos pacientes

t Orientar para evitar contato com olhos e mucosas.

t Orientar para aplicar quantidade suficiente para cobrir a área afetada.

t Orientar para utilização como protetor da pele sensível exposta ao sol como barreira física.

t Orientar para remoção da pasta da pele com água e sabão neutro ou, se necessário, óleo mineral.

 

Aspectos farmacêuticos

t  Conservar sob temperaturas entre 15 e 30 ºC, em recipientes bem fechados.

 

 

Penicilamina (ver Cloridrato de Penicilamina)

 

Pentamidina (ver Isetionato de Pentamidina)

 

 

Permanganato de Potássio

 

Ângela Maria de Souza Ponciano

 

Na Rename 2010: itens 5.7 e 20.2

 

Apresentações

t Pó ou comprimido 100 mg.

 

Indicações

t Limpeza e tratamento de eczemas, úlceras e feridas na pele (solução diluída 1:10.000).

t Tratamento de dermatofitose dos pés (tinha do pé), pênfigo e impetigo (soluçãodiluída1:10.000).

 

Contraindicação

t Curativos oclusivos.

 

Precauções

t  É irritante para membranas mucosas.

t Os cristais secos ou soluções concentradas de permanganato de potássio são altamente corrosivos para tecidos, enquanto que soluções diluídas são altamente irritantes. Contato com a pele provoca irritação, hiperemia, dor e queimaduras; soluções diluídas causam endurecimento da epiderme e podem manchar a pele (cor castanha). A exposição de olho a cristais secos, pó ou soluções concentradas provoca irritação, visão turva, hiperemia, manchas marrons da conjuntiva, inchaço das pálpebras e da conjuntiva e queimadura nas córneas.

t Provoca manchas no vestuário.

 

Esquemas de administração

Adultos e crianças

t Preparar uma solução aquosa concentrada a 0,1% (1:1.000), dissolvendo-se 100 mg de permanganato de potássio em 100 mL de água filtrada ou fervida; diluir 100 mL da solução concentrada para 1.000 mL (1:10), obtendo-se uma solução a 0,01% (1:10.000).

 

Úlceras supurativas e feridas superficiais

t  Aplicar a solução diluída (0,01%), na forma de banhos ou compressas, 2 a 3 vezes ao dia.

 

Impetigo e crostas superficiais

t  Aplicar a solução diluída (0,01%) sobre as áreas afetadas.

 

Lesões graves de tinha do pé

t Mergulhar os pés, a cada 8 horas, em solução diluída (0,01%).

Lesões de tinha do pé, pênfigo e impetigo

t Molhar curativo e aplicar sobre as áreas afetadas.

 

Efeitos adversos

t Irritação local.

t Tingimento da pele.

t Intoxicação se ingerido.

 

Orientações aos pacientes

t O permanganato de potássio é facilmente solúvel em água; soluções aquosas apresentam coloração rosa a violeta.

t A solução de permanganato de potássio pode manchar roupas.

t O tratamento deve ser suspenso quando a pele torna-se seca ou quando cessa a exsudação.

 

Aspectos farmacêuticos

t Armazenar sob temperatura ambiente, em envelopes de papel manteiga, ao abrigo da luz e umidade.

t Incompatibilidades: iodetos, agentes redutores e diversas substâncias orgânicas.

t O permanganato de potássio pode ser explosivo em contato com compostos orgânicos ou com outras substâncias facilmente oxidáveis.

 

Atenção: a ingestão da solução diluída de permanganato de potássio pode causar manchas marrons na boca e na garganta, faringite, disfagia, dor abdominal, diarreia e vômito. A ingestão de cristais secos ou da solução concentrada causa edema ou necrólise na boca, laringe, trato gastrintestinal e trato respiratório superior. Em casos graves, podem se desenvolver: síndrome de transtorno respiratório aguda, coagulopatia, hipotensão, metemoglobinemia, necrólise hepática, pancreatite e falência renal aguda. A dose fatal é de cerca de 10 g, com morte resultante de edema faríngeo e colapso cardiovascular, podendo ocorrer falência múltipla de órgãos. A inalação de permanganato de potássio causa inflamação na garganta, tosse e respiração ofegante.

Tratamento: sintomático. Recomenda-se cautelosa diluição com grande quantidade de água ou leite. Contaminações nos olhos e pele devem ser lavadas com água abundante. Não deve ser feita neutralização ou induzida a êmese. O papel do uso de corticosteroides é controverso e não é comprovada a eficácia da N-acetilcisteína para tratar hepatotoxicidade em intoxicações pelo permanganato de potássio.

 

 

Permetrina

 

Helena Lutéscia Luna Coelho

 

Na Rename 2010: item 20.5

 

Apresentações

t Loção 1% e 5%.

 

Indicações

t Escabiose

t Pediculose corporal e do couro cabeludo.

 

Contraindicações

t Hipersensibilidade à permetrina ou a outras piretrinas, sintéticas ou naturais.

t Crianças com menos de 2 meses de idade.

 

Precauções

t Usar com cuidado nos casos de:

       inflamação ou corte na pele ou escalpo (pode exacerbar prurido, edema e eritema da lesão).

       crianças até 2 anos de idade (usar somente sob supervisão médica).

       pediculose pubiana para menores de 18 anos (uso não recomendado).

t Evitar contato com olhos e mucosas.  

t  Fator de risco na gravidez (FDA): B.

 

Esquemas  de  administração 

Adultos e crianças acima de 2 anos

Escabiose e pediculose corporal

t Aplicar loção a 5% na pele limpa, da cabeça às solas dos pés, deixando em contato por 8 a 12 horas e enxaguar com água abundante. Aplicar novamente nas mãos se as mesmas forem lavadas em menos de 8 horas; repetir a aplicação após 7 dias (pediculose corporal) ou após 14 dias (escabiose).

 

Pediculose do couro cabeludo

t Aplicar loção a 1% nos cabelos, recém-lavados com xampu e ainda úmidos. Saturar o couro cabeludo e o cabelo e deixar agir por 10 minutos. Enxaguar com água abundante e remover as lêndeas com pente fino. Repetir o tratamento após 7 dias.

 

Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes

t Absorção: 2% ou menos.

t Duração da ação: 14 dias.

t  Metabolismo: fígado (rapidamente biotransformada).

t  Eliminação: primariamente renal.

 

Efeitos adversos

t Pouco frequentes: prurido, eritema, queimação local.

t Raros: exantema, edema.

 

Orientações aos pacientes

t Somente para uso externo em pele íntegra, em caso de contato com os olhos, lavar abundantemente com água corrente.

t Usar sabonetes neutros; sabonetes escabicidas aumentam o risco de irritação.

t  Aplicar com cuidado nos espaços interdigitais e não lavar as mãos após a aplicação.

t O tratamento de pediculose do couro cabeludo deve ser acompanhado de uso de pente fino e troca diária de vestuário e de roupas de cama. As roupas devem ser fervidas e passadas a ferro bem quente para não haver reinfestação.

t  É necessário investigar infestação em familiares e pessoas próximas.

t Após o tratamento da escabiose, a prurido pode permanecer por algumas semanas; isso raramente significa falha no tratamento e não é indicativo para repetição do tratamento.

 

Aspectos farmacêuticos

t Conservar à temperatura ambiente, em recipientes bem fechados. Evitar congelamento.

t  Manter ao abrigo de luz, calor e umidade.

t  Agitar a loção antes do uso.

 

 

Peróxido de Benzoíla

 

Cláudia Du Bocage Santos Pinto

Marcela de Andrade Conti

 

Na Rename 2010: item 20.4

 

Apresentações

t Gel 2,5% e 5%.

 

Indicações

t  Acne leve a moderada, em comedões e lesões inflamadas.

t  Acne grave (adjuvante).

 

Contraindicação

t hipersensibilidade a algum componente da formulação.

 

Precauções

t Usar com cuidado nos casos de:

       crianças com menos de 12 anos de idade (segurança e eficácia não estabelecidas).

       lactação.

       gravidez.

t  Categoria de risco na gravidez (FDA): C.

 

Esquemas de administração

Adultos e crianças com idade acima de 12 anos

t Aplicar camada fina sobre a pele previamente lavada com água e sabão, uma vez ao dia, durante três dias. Se necessário, caso não desenvolva irritação local, aplicar duas vezes ao dia. Iniciar com a formulação menos concentrada (2,5%) e usar a de maior concentração (5%) se houver necessidade.

 

Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes

t Absorção: transforma-se em ácido benzoico na pele; 5% do fármaco transformado é sistemicamente absorvido.

t Início da ação: 48 horas.

t Melhora da condição clínica: 4 a 6 semanas.

t Eliminação: urinária.

 

Efeitos adversos

t  Pouco frequentes: irritação local no início do tratamento (pode requerer redução da frequência de aplicações ou suspensão temporária), ressecamento ou descamação da pele, coloração de pêlos e pele.

 

Orientações aos pacientes

t Orientar para lavar a região com sabão neutro 30 minutos antes da aplicação e não voltar a lavar por pelo menos 1 hora.

t   Orientar para não utilizar qualquer produto sobre a pele pelo período de 1 hora antes e 1 hora após a aplicação.

t Alertar para evitar contato com olhos, boca, mucosas e pele sensível, irritada ou inflamada.

t Alertar para evitar exposição ao sol durante o uso deste medicamento.

t Alertar para evitar uso de roupas fechadas sobre o lugar de aplicação. 

t Alertar que o medicamento tem ação alvejante sobre roupas e cabelo.

 

Aspectos farmacêuticos

t  Conservar sob temperaturas entre 15 e 30 ºC, em recipientes bem fechados e ao abrigo da luz.

t A conservação e estabilidade dependem do veículo utilizado; verificar orientação do produtor.

 

 

Pilocarpina (ver Cloridrato de Pilocarpina)

 

Pirazinamida

 

Maria Inês de Toledo e Fernando de Sá Del Fiol

 

Na Rename 2010: item 5.2.2

 

Apresentações

t Comprimido 500 mg.

t Solução oral 30 mg/mL.

 

Indicações

t Tratamento de crianças com menos de 20 kg em qualquer das formas de tuberculose pulmonar e extrapulmonar, incluindo meningoencefalite e pacientes infectados pelo HIV.

t Tratamento de tuberculose quando há intolerância a rifampicina ou a isoniazida ou ao cloridrato de etambutol.

 

Contraindicações

t  Insuficiência hepática grave.

t Porfiria.

t Gota aguda.

 

Precauções

t Usar com cuidado nos casos de:

       diabete melito (a glicemia pode alterar repentinamente; monitorar).

       insuficiência hepática (monitorar função hepática durante o tratamento) (ver Apêndice C).

       insuficiência renal (monitorar função renal durante o tratamento) (ver Apêndice D).

t Atentar para os sintomas prodrômicos de hepatite associada ao fármaco (fadiga, anorexia, mal-estar, náusea e vômito).

t Categoria de risco na gravidez (FDA): C.

 

Esquemas  de  administração

Crianças e adultos

Tratamento de crianças, com menos de 20 kg, em qualquer das formas de tuberculose pulmonar e extrapulmonar, incluindo pacientes infectados pelo HIV

t 35 mg/kg, por via oral, a cada 24 horas, durante 2 meses, combinada a rifampicina e isoniazida, seguido de 4 meses de rifampicina e isoniazida.

 

Tratamento de crianças, com menos de 20 kg, com tuberculose meningoencefálica

t 35 mg/kg, por via oral, a cada 24 horas, durante 2 meses, combinada a rifampicina e isoniazida, seguido de 4 meses de rifampicina e isoniazida.

 

Tratamento de tuberculose quando há intolerância a rifampicina

t 20 a 35 kg: 1.000 mg, por via oral, a cada 24 horas, durante 2 meses, combinada a isoniazida, cloridrato de etambutol e sulfato de estreptomicina, seguido de 10 meses de isoniazida e cloridrato de etambutol.

t 36 a 50 kg: 1.000 mg a 1.500 mg, por via oral, a cada 24 horas, durante 2 meses, combinada a isoniazida, cloridrato de etambutol e sulfato de estreptomicina, seguido de 10 meses de isoniazida e cloridrato de etambutol.

t Acima de 50 kg: 1.500 mg, por via oral, a cada 24 horas, durante 2 meses, combinada a isoniazida, cloridrato de etambutol e sulfato de estreptomicina, seguido de 10 meses de isoniazida e cloridrato de etambutol.

 

Tratamento de tuberculose quando há intolerância a isoniazida

t 20 a 35 kg: 1.000 mg, por via oral, a cada 24 horas, durante 2 meses, combinada a rifampicina, cloridrato de etambutol e sulfato de estreptomicina, seguido de 4 meses de rifampicina e cloridrato de etambutol.

t 36 a 50 kg: 1.000 mg a 1.500 mg, por via oral, a cada 24 horas, durante 2 meses, combinada a rifampicina, cloridrato de etambutol e sulfato de estreptomicina, seguido de 4 meses de rifampicina e cloridrato de etambutol.

t Acima de 50 kg: 1.500 mg, por via oral, a cada 24 horas, durante 2 meses, combinada a rifampicina, cloridrato de etambutol e sulfato de estreptomicina, seguido de 4 meses de rifampicina e cloridrato de etambutol.

 

Tratamento de tuberculose quando há intolerância ao cloridrato de etambutol

t  20 a 35 kg: 1.000 mg, por via oral, a cada 24 horas, durante 2 meses, combinada a rifampicina e isoniazida, seguido de 4 meses de rifampicina e isoniazida.

t 36 a 50 kg: 1.000 mg a 1.500 mg, por via oral, a cada 24 horas, durante 2 meses, combinada a rifampicina e isoniazida, seguido de 4 meses de rifampicina e isoniazida.

t Acima de 50 kg: 1.500 mg, por via oral, a cada 24 horas, durante 2 meses, combinada a rifampicina e isoniazida, seguido de 4 meses de rifampicina e isoniazida.

 

Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes

t Pico de concentração sérica: 2 horas.

t Meia-vida de eliminação: 9 a 23 horas (fármaco) e 15 horas (metabólito ativo). Insuficiência renal crônica: 26 horas (fármaco). Cirrose hepática: 15 horas.

t Excreção: renal (70%; 1% a 14% em forma inalterada).

 

Efeitos adversos

t Hepatotoxicidade, hepatomegalia, icterícia e insuficiência hepática.

t Febre.

t Esplenomegalia.

t  Náusea, vômito, anorexia.

t Artralgia.

t Anemia.

t Exantema, fotossensibilidade.

t Disúria, nefrite intersticial.

t Gota, porfiria.

 

Interações de medicamentos

t Etionamida: pode potencializar hepatotoxicidade. Somente administrar em pacientes cuja função hepática esteja normal no início do tratamento. Avaliar a função hepática regularmente durante o tratamento. Pacientes diabéticos apresentam maiores riscos de hepatotoxicidade e de dificuldades no controle do diabete. Descontinuar a etionamida se houver significante alteração nos testes de função hepática.

t Zidovudina: pode ocorrer redução significativa das concentrações de pirazinamida. Monitorar a concentração de pirazinamida; tratamento antituberculose alternativo deve ser considerado.

t Rifampicina: risco de dano hepático grave. Não usar a combinação por mais de dois meses. Nunca utilizar este esquema em pacientes que: (1) estejam em uso de outros medicamentos associados com dano hepático; (2) consumam excessivamente bebida alcoólica, mesmo que o álcool seja retirado durante o tratamento; (3) tenham doença hepática; (4) tenham histórico de dano hepático associado a tratamento com isoniazida. Em pacientes que utilizem esta combinação, monitorar aminotransferases e bilirrubina no início e após 2, 4, 6 e 8 semanas de tratamento. Monitorar sinais e sintomas de dano hepático durante todo o tratamento. Alertar o paciente sobre o risco de doença hepática e a necessidade de evitar o uso de outros medicamentos com potencial hepatotoxicidade, inclusive os isentos de prescrição, como, por exemplo, paracetamol.

 

Orientações aos pacientes

t Alimento não interfere na absorção.

t Orientar para não interromper o tratamento mesmo que desapareçam os sintomas.

t Avisar o médico antes de iniciar o tratamento caso apresente doença hepática, gravidez, diabete ou gota.

t  Evitar automedicação incluindo fitoterápicos e vitaminas.

t Orientar para suspender o tratamento e notificar ocorrência de náuseas e vômitos persistentes.

 

Aspectos farmacêuticos

t Armazenar à temperatura ambiente, entre 15 e 30 oC, em recipiente fechado e protegido da luz direta.

 

Atenção: como sinonímia para pirazinamida (nome correspondente a Denominação Comum Brasileira) também é empregada a abreviatura Z, entretanto, não se recomenda a prescrição de fármacos por abreviaturas ou siglas.

 

 

Piridoxina (ver Cloridrato de Piridoxina)

 

Pirimetamina

 

Cláudia Du Bocage Santos Pinto

Gabriela Costa Chaves

 

Na Rename 2010: item 5.6.2.3

 

Apresentação

t Comprimido 25 mg.

 

Indicação

t Tratamento de toxoplasmose, em combinação com sulfadiazina ou clindamicina e folinato de cálcio.

 

Contraindicações

t Primeiro trimestre de gravidez. Categoria de risco na gravidez (FDA): C (ver Apêndice A).

t  Insuficiência hepática (ver Apêndice C).

t Insuficiência renal.

t Hipersensibilidade a pirimetamina ou a algum componente da formulação.

t  Anemia megaloblástica por deficiência de ácido fólico.

t Uso concomitante de aurotioglicose.

 

Precauções

t Usar com cuidado nos casos de:

       deficiência de ácido fólico por outras causas, como alcoolismo e síndrome de má-absorção.

       pacientes com distúrbios convulsivos, que necessitem de altas doses de pirimetamina (iniciar o tratamento com doses mais baixas).

       lactação (ver Apêndice B).

t Altas doses de pirimetamina ocasionam deficiência de ácido fólico; esta deve ser corrigida com a suplementação de folinato de cálcio que protege contra a toxicidade medular.

t Monitorar contagem de células sanguíneas, especialmente em tratamento com altas doses.

 

Esquemas de administração

Neonatos e crianças

Toxoplasmose

t 1 mg/kg/dia, por via oral, dividida em 2 doses diárias. Após 2 a 4 dias a dose deve ser reduzida pela metade e continuada por aproximadamente 1 mês (sem manifestação da doença) ou 6 a 12 meses (com manifestação da doença). Os pacientes devem ser tratados também com sulfadiazina (100 mg/kg/ dia, por via oral, divididos em 2 doses diárias).

 

Adultos

t 50 a 75 mg, por via oral, uma vez ao dia, em combinação com 1 a 4 g/dia de sulfadiazina, durante 1 a 3 semanas. Em seguida, as doses de ambos os fármacos devem ser reduzidas à metade e o tratamento continuado por mais 4 a 5 semanas.

 

Pacientes com HIV/Aids e outras imunodeficiências

t Dose de ataque: 200 mg, por via oral, seguidos de 50 a 100 mg, uma vez ao dia, em combinação com sulfadiazina (1 a 1,5 g, por via oral, a cada 6 horas) ou clindamicina (600 mg, por via oral, a cada 6 horas), por 4 a 6 semanas. Adicionar folinato de cálcio (10 a 15 mg), por via oral, diariamente, durante o mesmo período.

t Dose supressiva: 25 a 50 mg/dia, por via oral, uma vez ao dia, em combinação com sulfadiazina (2 a 4 g/dia), por longos períodos.

 

Mulheres grávidas (no segundo trimestre)

t 25 mg, por via oral, uma vez ao dia, durante 3 a 4 semanas. Aspectos   farmacocinéticos   clinicamente   relevantes   3,   4,   8 t Pico de concentração plasmática: 2 a 6 horas.

t Meia-vida: 80 a 95 horas (adultos) e 64 horas (crianças).

t  Metabolismo: hepático.

t Excreção: renal e leite materno.

 

Efeitos adversos

t Anemia megaloblástica, leucopenia, trombocitopenia, pancitopenia.

t Nefrotoxicidade.

t Síndrome de Stevens-Johnson, eritema multiforme, necrólise epidérmica tóxica (raros), exantema, urticária, doença do soro, dermatite exfoliativa, hepatite.

t  Distúrbios gastrintestinais, como vômito e anorexia.

t Insônia, cefaleia, vertigens.

t Alterações no ritmo cardíaco.

 

Interações de medicamentos

t Aurotioglicose: aumento do risco de discrasia sanguínea. O uso concomitante é contraindicado.

t Lorazepam: risco de hepatotoxicidade. Monitorar função hepática regularmente.

t Sulfametoxazol + trimetoprima: aumento do risco de anemia megaloblástica e pancitopenia. Evitar o uso concomitante. Monitorar a contagem de células sanguíneas e observar a ocorrência de equimoses e sangramento excessivo. Considerar a administração de ácido folínico.

 

Orientações aos pacientes

t Orientar para a ingestão do medicamento durante as refeições se surgirem sinais de irritação gástrica.

t Orientar para notificar o surgimento de erupções cutâneas.

t Orientar para o uso durante todo o tempo prescrito, mesmo que haja melhora dos sintomas com as primeiras doses.

 

Aspectos farmacêuticos

t  Manter o medicamento em local seco, ao abrigo da luz e sob temperatura entre 15 a 25 °C.

 

Atenção: administrar ácido folínico (5 a 10 mg/dia) durante tratamento com pirimetamina. Interromper uso de pirimetamina na presença de exantema, dor de garganta, palidez, púrpura e glossite.

 

 

Podofilina

 

Cláudia Du Bocage Santos Pinto

Marcela de Andrade Conti

 

Na Rename 2010: item 20.4

Apresentação

t Soluções 10% a 25%.

 

Indicação

t Condilomas anogenitais externos (condiloma acuminado).

 

Contraindicações

t  Gravidez. Categoria de risco na gravidez (FDA): X (ver Apêndice A).

t  Lactação (ver Apêndice B).

t Crianças.

t Diabete.

t Uso concomitante com esteroides.

t Distúrbios circulatórios ou em verrugas que sangram.

t  Hipersensibilidade à podofilina.

 

Precauções

t  Evitar uso sobre áreas extensas e em mucosas.

t Evitar contato com rosto, olhos, pele normal e feridas abertas.

t Para prevenir contato com a área adjacente (normal), recomenda-se aplicação de vaselina em torno da área afetada antes da aplicação da podofilina; como alternativa, ou de forma conjunta, pode-se aplicar talco sobre a área onde foi aplicada a podofilina.

t  A aplicação deve ser feita por médico.

 

Esquemas de administração

Adultos

t Aplicar, cuidadosamente, apenas sobre as verrugas, evitando contato com a pele normal. Na primeira aplicação, lavar após 30 a 40 minutos, no máximo. Nas aplicações subsequentes, enxaguar após 1 a 4 (máximo de 6) horas. Repetir a aplicação, semanalmente, por até 4 a 6 semanas.

 

Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes

t  Pode ocorrer absorção sistêmica se houver aplicação sobre áreas extensas ou feridas abertas.

 

Efeitos adversos

t Irritação local.

t Efeitos sistêmicos podem ocorrer após aplicações excessivas: náusea, vômito, dor abdominal, diarreia, paralisia do íleo, taquicardia, hipotensão, leucopenia transitória, trombocitopenia, insuficiência renal, hepatotoxicidade, neurotoxicidade tardia, incluindo alucinações visuais e auditivas, desorientação, confusão e delírio.

 

Orientações aos pacientes

t Orientar para lavar a área tratada com bastante água e sabonete após o tratamento.

t Orientar sobre risco de contágio do condiloma acuminado no parceiro sexual.

 

Aspectos farmacêuticos

t  Conservar sob temperaturas entre 15 e 30 ºC, em recipientes de cor âmbar, bem fechados.

 

Atenção: a aplicação de podofilina deve ser realizada por médico, em ambiente hospitalar. Devem-se tratar poucas verrugas ao mesmo tempo, e a permanência do produto sobre a verruga não deve ultrapassar 6 horas, minimizando o risco de toxicidade.

 

 

Poligelina

 

Sheila Silva Monteiro Lodder Lisboa

 

Na Rename 2010: item 15.6

 

Apresentação

t Solução injetável 3,5%.

 

Indicação

t Choque hipovolêmico na diálise e após parecentese de grande volume.

 

Contraindicações

t Insuficiência cardíaca congestiva grave.

t  Hipersensibilidade à poligelina.

t Asma.

t Hipercalcemia.

t  Transtornos hemostáticos.

t Tratamento com digitálicos (as preparações de poligelina contêm íons cálcio).

 

Precauções

t Usar com cuidado nos casos de:

       insuficiência renal (ver Apêndice D).

       pacientes sob risco de desenvolvimento de edema pulmonar e insuficiência cardíaca.

       alergia ou predisposição a doenças alérgicas (risco de reações graves potencialmente letais).

       ocorrência de reações anafilactoides, oligúria e insuficiência renal (ver apêndice D); interromper a infusão de poligelina.

       crianças (controlar risco de sobrecarga de fluido).

       idosos (monitorizar função renal; podem ser necessárias reduções de doses).

       doença hepática crônica (ver Apêndice C).

t Retirar amostras de sangue antes da infusão de poligelina para o teste de cross-matching (pacientes que perderam muito sangue podem requerer transfusão sanguínea).

t A administração de grandes quantidades de poligelina está associada a distúrbios de coagulação (redução de fatores de coagulação) e hemodiluição; evitar que o hematócrito reduza a níveis abaixo de 25% a 30% e todos os pacientes devem ser observados em relação a sinais precoces de complicações sanguíneas.

t  No início da infusão, monitorizar pressão venosa central.

t Monitorizar surgimento de reações de hipersensibilidade.

 

Esquema de administração

Crianças

t  5 a 10 mL/kg, por infusão intravenosa, em velocidade e dose que dependem da quantidade de sangue perdida e de parâmetros hemodinâmicos

 

Adultos

t 500 a 1.000 mL/dia (máximo de 2.500 mL/dia), por infusão intravenosa, em velocidade que normalmente não excede a 500 mL/hora.

 

Nota: Se o volume de fluido requerido exceder a dose máxima recomendada do coloide, podem ser também administrados cristaloides; pode ser necessário administrar concentrado de hemácias.

 

Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes

t Latência: 15 minutos.

t Duração da ação: 4 a 6 horas (dose única).

t Excreção comprometida em caso de função renal reduzida.

t Meia-vida: 3 a 8 horas; aumenta para 16 horas em pacientes com função renal reduzida.

 

Efeitos adversos

t Reações de hipersensibilidade, incluindo urticária, e reações anafilactoides graves.

t Aumento transitório no tempo de coagulação. Mesmo baixas doses diminuem a reabsorção tubular de proteínas de baixo peso molecular, levando a proteinúria.

 

Interações de medicamentos

t Gentamicina: maior risco de insuficiência renal. Monitorar função renal durante a infusão da solução de poligelina em pacientes que também fazem uso de gentamicina.

 

Aspectos farmacêuticos

t Manter à temperatura ambiente, de 13 a 30 ºC.

t Incompatibilidade: preparações intravenosas de poligelina contêm íons cálcio e são incompatíveis com sangue contendo citrato.

Polivitamínicos

 

Rogério Hoefler

 

Na Rename 2010: item 10.1

 

Apresentações

t Solução injetável para uso adulto, contendo: retinol (3.300 a 3.500 UI), colecalciferol (200 a 220 UI), acetato de dextroalfatocoferol (10 a 11,2 UI), tiamina (3 a 3,51 mg), riboflavina (3,6 a 4,14 mg), nicotinamida (40 a 46 mg), dexpantenol/ácido pantotênico (15 a 17,25 mg), piridoxina (4 a 6 mg), ácido ascórbico (100 a 200 mg), fitomenadiona (0 a 150 microgramas), biotina (60 a 69 microgramas), ácido fólico (400 a 600 microgramas), hidroxocobalamina (5 a 6 microgramas).

t Solução injetável para uso pediátrico, contendo: retinol (2.300 a 2.327,27 UI), colecalciferol (400 UI), acetato de dextroalfatocoferol (7 UI), tiamina (1,2 mg), riboflavina (1,4 mg), nicotinamida (17 mg), dexpantenol (5 mg), piridoxina (1 mg), ácido ascórbico (80 mg), fitomenadiona (0 a 200 microgramas), biotina (20 microgramas), ácido fólico (140 microgramas), hidroxocobalamina (1 micrograma).

 

Indicação

t Nutrição parenteral total.

 

Contraindicações

t Hipersensibilidade a qualquer dos componentes da formulação.

t  Hipervitaminose pré-existente.

t Uso em neonato antes de colher amostra de sangue para detecção de anemia megaloblástica; o ácido fólico e a hidroxocobalamina contidos na formulação podem mascarar deficiências séricas dos mesmos.

t Gravidez, para doses de retinol acima de 2.500 UI. Categoria de risco na gravidez (FDA): X (ver Apêndice A).

 

Precauções

t Usar com cuidado nos casos de deficiências vitamínicas específicas de relevância (podem requerer suplementações individualizadas).

t Uso hospitalar e restrito para prescrição apenas por especialista.

t O polivitamínico pode conter alumínio, que pode alcançar níveis tóxicos com o uso prolongado se houver disfunção renal. Neonatos prematuros apresentam maior risco devido à imaturidade renal e por requererem quantidades elevadas de soluções de cálcio e fosfato, que também contêm alumínio.

t Monitorar concentrações de vitaminas no sangue, periodicamente, para detectar o desenvolvimento de eventuais deficiências ou excessos.

 

Esquemas de administração

t As doses de polivitamínico devem ser estabelecidas com base nas necessidades de cada paciente e na composição do produto utilizado.

t Não administrar os polivitamínicos por injeção intravenosa direta; eles devem ser previamente diluídos e administrados exclusivamente por infusão intravenosa.

t A solução para uso adulto deve ser diluída em pelo menos 500 mL de uma solução intravenosa compatível, mas recomenda-se 1.000 mL. A solução para uso pediátrico deve ser diluída em pelo menos 100 mL de uma solução intravenosa compatível.

 

Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes

t Biotransformação hepática é significativa para ácido fólico, colecalciferol, dextroalfatocoferol, nicotinamida e piridoxina.

t Eliminação por via biliar é significativa para ácido fólico, colecalciferol, dextroalfatocoferol e riboflavina. Por via renal, é significativa para ácido ascórbico, ácido fólico, ácido pantotênico, fitomenadiona, hidroxocobalamina, nicotinamida, piridoxina, riboflavina e tiamina.

 

Efeitos adversos

t Reações anafilactoides (raras) em doses elevadas de tiamina, que são minimizadas pela associação a outras vitaminas do grupo B.

t  Exantema, eritema, prurido (raros).

t Cefaleia, tontura, agitação, ansiedade (raros).

t Diplopia (raro).

t  Urticária, edema periorbital e digital (raros).

 

Interações de medicamentos

t  Anticoagulantes (dicumarol, varfarina): dextroalfatocoferol e retinol podem aumentar o risco de hemorragias; monitorar sinais e sintomas de sangramento e ajustar dose do anticoagulante se necessário. A fitomenadiona pode alterar o tempo de protrombina; pacientes usando anticoagulante oral não devem receber fitomenadiona, exceto em casos de sangramento agudo devido a efeito anticoagulante excessivo.

t Anticonvulsivantes (barbituratos, fenitoína): pode ocorrer redução dos níveis séricos de ácido fólico ou da efetividade do anticonvulsivante. Monitorar paciente para eventual diminuição do controle das convulsões e ajustar dose do anticonvulsivante conforme necessidade.

t Carbamazepina: a nicotinamida pode aumentar o risco de toxicidade por carbamazepina (ataxia, nistagmo, diplopia, cefaleia, vômito, apneia, convulsões e coma). Monitorar as concentrações plasmáticas de carbamazepina e ajustar a dose conforme necessidade.

t Indinavir: ácido ascórbico pode diminuir as concentrações plasmáticas de indinavir. Evitar doses de ácido ascórbico acima da dose diária recomendada (15 a 50 mg/dia: 0 a 8 anos de idade; 45 a 90 mg/dia: idade a partir de 9 anos).

t Levodopa: piridoxina pode reduzir a efetividade da levodopa. Monitorar eventual redução da eficácia da levodopa. A piridoxina não interfere negativamente em pacientes que usam a associação levodopa + carbidopa.

t Minociclina: retinol pode aumentar o risco de hipertensão intracraniana benigna (pseudotumor cerebri). Se a associação for inevitável, monitorar pacientes para sinais e sintomas como papiledema, cefaleia grave, náusea, vômito e distúrbios visuais.

t Pirimetamina: o ácido fólico pode reduzir a eficácia da pirimetamina. O ácido fólico é ineficaz para prevenir anemia megaloblástica por pirimetamina. Usar ácido folínico.

t Retinoides (acitretina, etretinato, isotretinoína, tretinoína): risco de intoxicação por retinol. Evitar administração excessiva de retinol.

 

Aspectos farmacêuticos

t Sinonímia: retinol (vitamina A), colecalciferol (vitamina D), acetato de dex-troalfatocoferol (vitamina E), tiamina (vitamina B1), riboflavina (vitamina B2), nicotinamida (vitamina B3), dexpantenol/ácido pantotênico (vitamina B5), piridoxina (vitamina B6), ácido ascórbico (vitamina C), fitomenadiona (vitamina K1), biotina (vitamina B7), ácido fólico (vitamina M), hidroxocobalamina (vitamina B12).

t Armazenar sob refrigeração e ao abrigo da luz.

t Observar orientação específica do produtor quanto a diluição, compatibilidade e estabilidade da solução.

t O retinol é adsorvido por PVC e a administração desta vitamina pode ser inadequada se for utilizado bolsa ou equipo de PVC.

t Os polivitamínicos são compatíveis com soluções de glicose 5% e 10%, cloreto de sódio 0,9%, Ringer + lactato, emulsão lipídica e solução para nutrição parenteral; são incompatíveis com meropenem e pantoprazol.

 

 

Potássio (ver Cloreto de Potássio e Fosfato de Potássio Monobásico + Fosfato de Potássio Dibásico)

 

Pralidoxima (ver Mesilato de Pralidoxima)

 

 

Praziquantel

 

César Augusto Braum

 

Na Rename 2010: item 5.6.1

 

Apresentação

t  Comprimidos de 150 mg e 600 mg.

 

Indicações

t Infecções por trematódios (Schistosoma mansoni).

t Infecções por cestódios (Taenia saginata, Taenia solium, Hymenolepis nana).

Contraindicações

t  Hipersensibilidade ao fármaco.

t Cisticercose ocular (risco de lesões oftálmicas irreversíveis).

 

Precauções

t Usar com cuidado nos casos de:

       tratamento de Schistosoma mansoni combinada a neurocisticercose (requer hospitalização do paciente).

       neurocisticercose.

       uso concomitante de fármaco inibidor ou indutor das enzimas do citocromo p-450 (pode alterar a concentração sérica do praziquantel).

       insuficiência hepática (ver Apêndice C).

       distúrbios cardíacos (monitorar).

       lactação (ver Apêndice B).

t  Fator de risco na gravidez (FDA): B.

 

Esquemas de administração

Nota: a segurança ainda não está estabelecida para crianças com menos de 4 anos de idade.

 

Adultos e crianças a partir de 4 anos

Esquistossomose (Schistosoma mansoni)

t  40 mg/kg, por via oral, em dose única, ou 20 mg/kg, por via oral, 3 vezes durante um dia, em intervalos de 4 a 6 horas.

 

Cisticercose e neurocisticercose

t 50 mg/kg/dia, dividido em 3 doses diárias, durante 14 dias, juntamente com prednisolona (ou corticosteroide semelhante).

 

Infecções intestinais por Taenia saginata e Taenia solium

t  5 a 10 mg/kg, por via oral, em dose única.

 

Infecção por Hymenolepis nana

t  15 a 25 mg/kg, por via oral, em dose única.

 

Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes

t Absorção oral: rápida.

t  Biodisponibilidade: aproximadamente 80%.

t Pico de concentração sérica: 1 a 3 horas.

t  Metabolismo: hepático.

t Excreção: renal (aproximadamente 80%).

t Meia-vida: 0,8 horas a 1,5 horas. O tempo pode aumentar no caso de dano hepático.

 

Efeitos adversos

t  Disritimias cardíacas.

t Desconforto abdominal, náusea, vômito, diarreia, anorexia.

t Febre, urticária, prurido, eosinofilia, erupções cutâneas.

t Artralgia, mialgia.

t  Cefaleia, cansaço, tontura, sonolência, astenia, convulsões.

t Em tratamento de neurocisticercose podem ocorrer cefaleia, convulsões, hipertermia, hipertensão intracraniana.

 

Interações de medicamentos

t Carbamazepina, cloroquina, fenitoína, fosfenitoína: pode resultar em redução da biodisponibilidade e efetividade do praziquantel. Considerar aumento da dose do praziquantel.

t Cetoconazol: pode resultar em aumento da concentração do praziquantel. Monitorar sinais e sintomas de toxicidade do praziquantel (sonolência, tonturas, náuseas, vômitos) e ajustar dose.

t Rifampicina: pode resultar em redução da biodisponibilidade e efetividade do praziquantel. Evitar o uso concomitante.

 

Orientações aos pacientes

t  Orientar para ingerir o comprimido sem mastigar, com 250 mL de água, para evitar gosto amargo que pode causar náusea e vômito.

t Em caso de esquecimento de dose, contatar o serviço de saúde.

t  Orientar para evitar atividades que exijam atenção, como dirigir e operar máquinas, até um dia após o término do tratamento.

 

Aspectos farmacêuticos

t  Armazenar à temperatura ambiente, entre 15 e 30oC, em local fechado, ao abrigo da umidade e da luz.

 

 

Prednisolona (ver Fosfato Sódico de Prednisolona)

 

Prednisona

 

Ângela Maria de Souza Ponciano

 

Na Rename 2010: itens 3.2, 3.3, 4, 5.2.3, 5.4, 6.3, 7.1 e 17.1.

 

Apresentações

t  Comprimido de 5 mg e 20 mg

 

Indicações

t Adjuvante em processos inflamatórios do sistema musculoesquelético

t Processos alérgicos e adjuvante em anafilaxia.

t Adjuvante no tratamento da hanseníase.

t Adjuvante no tratamento de pneumonia pneumocística moderada ou grave.

t  Adjuvante no tratamento com antineoplásico.

t Imunossupressão em doença autoimune.

t Asma grave persistente e asma aguda grave

 

Contraindicações

t Hipersensibilidade ao fármaco ou a algum dos componentes da formulação.

t Infecções sistêmicas.

t Uso concomitante com vacinas de vírus vivos (ex.: varíola), pois a resposta imune pode estar diminuída.

t Varicela.

 

Precauções

t Usar com cuidado nos casos de:

       úlcera péptica, diabete melito, insuficiência hepática e renal (ver Apêndice D), hipertensão arterial, psicose, insuficiência cardíaca congestiva, herpes simples, osteoporose, hipotireoidismo, glaucoma, miastenia gravis, transtornos  tromboembólicos.

       imunodeficiência.

       crianças e adolescentes (retardo no crescimento).

       idosos (utilizar doses mínimas necessárias, pelo menor tempo possível).

       diverticulite e colite ulcerativa.

       infecção fúngica sistêmica (pode exacerbar a infecção).

       lúpus eritematoso sistêmico (evitar o uso).

t Monitorar o peso corporal, a pressão arterial, o balanço de fluidos e eletrólitos e a concentração de glicose sanguínea durante o tratamento.

t Aumenta a susceptibilidade a infecções e a gravidade de infecções virais, como varicela e sarampo; ativa ou exacerba tuberculose, amebíase e estrongiloidíase.

t  Fator de risco na gravidez (FDA): C (prednisolona); ADEC: A (ver Apêndice A).

t  Supressão da reação de teste cutâneo.

 

Esquemas de administração

Nota: recomenda-se a administração oral de corticoides em dose única pela manhã para diminuir a interferência sobre a secreção circadiana de cortisol. A dose deve ser ajustada sempre para a mínima suficiente para controlar os sintomas.

t As indicações e dosagem de prednisona por via oral são exatamente as mesmas que para prednisolona.

 

Crianças

Adjuvante em processos inflamatórios do sistema musculoesquelético

t  5 a 60 mg/dia, por via oral.

 

Processos alérgicos e adjuvante em anafilaxia.

t  5 a 60 mg/dia, por via oral.

 

Adjuvante no tratamento de pneumonia pneumocística moderada ou grave.

t  Iniciar o uso da prednisona o mais cedo possível e dentro de 72 horas do tratamento  antibacteriano.

t abaixo de 12 anos:

       1 mg/kg, por via oral, a cada 12 horas, nos dias 1 a 5.

       0,5 mg/kg, por via oral, a cada 12 horas, nos dias 6 a 10.

       0,5 mg/kg, por via oral, a cada 24 horas, nos dias 11 a 21.

t acima de 12 anos:

       40 mg, por via oral, a cada 12 horas, nos dias 1 a 5.

       40 mg, por via oral, a cada 24 horas, nos dias 6 a 10.

       20 mg, por via oral, a cada 24 horas, nos dias 11 a 21.

 

Adjuvante no tratamento com antineoplásico.

Terapia paliativa da leucemia aguda

t  5 a 60 mg/dia, por via oral.

 

Leucemias e linfomas

t  Até 1 ano: 25 mg e gradualmente reduzir para 5 a 10 mg/dia.

t  2 a 7 anos: 50 mg e gradualmente reduzir para 10 a 20 mg/dia.

t  8 a 12 anos: 75 mg e gradualmente reduzir para 15 a 30 mg/dia.

 

Imunossupressão em doença autoimune

t  0,2 a 1 mg/kg/dia ou 6 a 30 mg/m2/dia, por via oral, divididas a cada 6 ou 12 horas.

 

Asma grave persistente

t  0,25 a 2 mg/kg/dia, por via oral, pela manhã ou conforme necessário para controle.

 

Asma aguda grave

t 1 a 2 mg/kg/dia, por via oral, dividida a cada 12 horas. Dose máxima: 40 mg/ dia (para criança de 5 a 15 anos) e 20 mg/dia (para criança de 1 a 4 anos). Até pico de fluxo expiratório alcançar 70% do previsto.

 

Adultos

Adjuvante em processos inflamatórios do sistema musculoesquelético

t 5 a 60 mg/dia, por via oral, divididos em 1 a 4 vezes ao dia, durante até 7 dias

 

Processos alérgicos e adjuvante em anafilaxia

t  5 a 60 mg/dia, por via oral, em dose única no período da manhã, durante 5 a 10 dias.

 

Adjuvante no tratamento da hanseníase

t controle da reação tipo  1: 1 a 2 mg/kg/dia, conforme avaliação clínica. Manter a dose até regressão clínica do quadro reacional. Reduzir a dose em intervalo e quantidade fixos até a dose mínima necessária para manter o paciente sem a reação.

 

Adjuvante no tratamento de pneumonia pneumocística moderada ou grave.

t  Iniciar o uso da prednisona o mais cedo possível e dentro de 72 horas do tratamento  antibacteriano.

t  40 mg, por via oral, a cada 12 horas, nos dias 1 a 5.

t  40 mg, por via oral, a cada 24 horas, nos dias 6 a 10.

t  20 mg, por via oral, a cada 24 horas, nos dias 11 a 21.

 

Adjuvante no tratamento antineoplásico

Carcinoma de próstata

t  5 mg, por via oral, a cada 12 horas, em associação ao docetaxel (75 mg/m2, por infusão intravenosa durante 1 hora, a cada 3 semanas).

t  Terapia paliativa da leucemia.

t  5 a 60 mg/dia, por via oral.

 

Terapia paliativa de leucemias e linfomas em adultos

t  5 a 60 mg/dia, por via oral.

 

Imunossupressão em doença autoimune

t 100 mg/dia, reduzir gradualmente quando possível para 20 a 40 mg/dia.

 

Asma grave persistente

t  7,5 a 60 mg/dia, por via oral, pela manhã a cada 24 ou 48 horas, conforme necessário para controle.

 

Asma aguda grave

t 40 a 80 mg/dia, por via oral, dividida a cada 12 ou a cada 24 horas, até pico de fluxo expiratório alcançar 70% do previsto.

 

Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes

t Absorção: rápida

t  Biodisponibilidade: 92%.

t Pico de concentração plasmática: 1 a 2 horas.

t  Biotransformação: hepática (metabólito ativo: prednisolona).

t Excreção: renal.

t Meia-vida plasmática: 2 a 3 horas.

 

Efeitos adversos

t Catarata (frequência: 2,5% a 60%), glaucoma, coriorretinopatia serosa central, papiloedema ou hipertensão intracraniana (< 2%).

t Síndrome de Cushing (obesidade do tronco, “face de lua”, comprometimento na cicatrização de feridas, estrias, edema, “corcova de búfalo”).

t Hiperglicemia, aumento do colesterol total associado ao aumento dos níveis de LDL e diminuição do HDL, aumento dos níveis de triglicerídeos; insuficiência adrenocortical, aumento de peso e apetite.

t Irregularidades menstruais e amenorreia.

t Infecções por bactérias, parasitas, fungos (dermatomicoses: entre 16% e 43%) e vírus; disseminação do vírus Varicella-Zoster; aspergilose (10% a 20% dos pacientes asmáticos).

t Tuberculose pulmonar, abscesso pulmonar, soluços.

t Diminuição do crescimento corporal de crianças que fazem uso prolongado (frequente).

t  Euforia (1% a 10%), depressão (1% a 10%), alucinações (1% a 10%), insônia (1% a 10%), desorientação (1% a 10%); dificuldade para dormir, inquietação, nervosismo.

t Diminuição da função cardiovascular, necrólise do miocárdio, hipertensão.

t Acne (comum), afinamento da pele, equimoses e contusões fáceis são frequentes em pacientes idosos, eritema facial, hirsutismo, sudorese, telangiectasia, síndrome de pele escaldada estafilocócica (< 1% é grave e requer hospitalização), comprometimento na cicatrização.

t Irritação e úlcera no trato gastrintestinal, pancreatite aguda, superinfecção gastrintestinal, megacólon tóxico, náusea.

t Artralgias, mialgias, miopatia proximal, ruptura de tendão, osteoporose, necrólise asséptica óssea, fratura de vértebras e de ossos longos.

t Agranulocitose e diminuições na contagem de linfócitos e monócitos, trombocitose, leucocitose.

t Reações de hipersensibilidade.

t Mal-estar, cefaleia e vertigem.

t Retenção de fluidos e sódio, síndrome hipopotassêmica, proteinúria.

t Porfiria.

 

Interações de medicamentos

t Ácido acetilsalicílico: aumento do risco de ulceração gastrintestinal e de concentrações subterapêuticas de ácido acetilsalicílico no sangue.

t Alcaçuz: pode aumentar o risco de Efeitos adversos da prednisona.

t Alcurônio, atracúrio, pancurônio e vecurônio: diminuição da efetividade desses relaxantes musculares; prolongamento de fraqueza muscular e miopatia.

t Alfafa: pode reduzir a efetividade da prednisona.

t Barbitúricos (ex.: amobarbital): podem reduzir a efetividade da prednisona.

t  Cetoconazol, itraconazol: aumento das concentrações séricas de prednisona e do risco de seus efeitos adversos.

t  Claritromicina: aumento do risco de sintomas psicóticos.

t Fenitoína e fosfenitoína: podem reduzir a efetividade da prednisona.

t Fluconazol: diminui a biotransformação e aumenta a eficácia da prednisona.

t Fluoroquinolonas (ex.: ciprofloxacino): aumento do risco de ruptura de tendões.

t Gatifloxacino: aumento da glicose sanguínea e do risco de hiperglicemia. Se for necessário o uso concomitante de gatifloxacino e prednisona, monitorar atentamente a glicemia. Tratamento de emergência de um episódio hiperglicêmico pode ser necessário.

t Montelucaste: risco de edema periférico grave.

t Primidona: pode reduzir a efetividade da prednisona.

t Quetiapina: diminuição das concentrações sanguíneas de quetiapina. Cautela quando quetiapina for administrada com glicocorticoides ou outros indutores do citocromo P450 3A.

t Rifampicina, rifapentina: pode haver redução da efetividade da prednisona.

t Ritonavir: aumento das concentrações séricas de prednisona e do risco de seus efeitos adversos.

t Vacina contra rotavírus: aumento do risco de infecção pelo vírus da vacina. A vacinação de pacientes imunossuprimidos por corticoides sistêmicos é contraindicada.

t Varfarina: diminuição do efeito anticoagulante; ou aumento do risco de sangramento.

 

Orientações aos pacientes

t  Se houver irritação gástrica, tomar com alimento ou leite.

t  Não tomar qualquer tipo de vacina sem consultar um médico.

t Evitar contato com qualquer pessoa que tome a vacina oral contra poliomielite e com pessoas acometidas de infecções como sarampo e varicela.

t Evitar medicamentos de venda sem prescrição e uso de bebidas alcoólicas.

t Não suspender abruptamente este medicamento após uso prolongado (acima 14 dias). Após longo período de uso, a prednisona deverá ser retirada de forma gradual.

t Restringir a ingestão de sódio, suplementar a de potássio e restringir alimentos calóricos.

t Caso a condição clínica do paciente permita, administrar cálcio, calciferol, e praticar atividade física regular durante a terapia prolongada para evitar osteoporose.

t Cautela nos testes cutâneos de sensibilidade.

 

Aspectos farmacêuticos

t Armazenar à temperatura ambiente, de 15 a 30 ºC, em recipientes bem fechados e ao abrigo de luz, calor e umidade.

 

Atenção: este fármaco apresenta um número elevado de Efeitos adversos , por isso deve ser realizada uma pesquisa específica sobre este aspecto antes de introduzir ou descontinuar a prednisona ou outros medicamentos no esquema do paciente. O uso deste medicamento não deve ser suspenso sem orientação médica. Após uso prolongado (acima de 14 dias), a retirada do fármaco deve ser lenta e gradual, para evitar o risco de supressão suprarrenal de reversão demorada 2-4, 10.

 

 

Preservativo Masculino

 

Paula Pimenta de Souza

Rachel Magarinos-Torres

 

Na Rename 2010: item 23

 

Apresentações

t 170 mm X 49 mm.

t 180 mm X 52 mm.

 

Indicações

t Prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, incluindo infecção por HIV.

t  Contracepção.

 

Contraindicações

t Anomalias do pênis.

t  Hipersensibilidade a látex.

 

Precauções

t Utilização concomitante com vaselina ou óleos (óleo para uso infantil, óleo de massagem, óleo de bronzeamento) pode danificar preservativos de látex, comprometendo sua efetividade.

t Utilizar lubrificantes à base de água.

t Observar técnica de colocação.

t Espermicidas não devem ser usados concomitantemente.

t Cremes vaginais à base de clotrimazol danificam os preservativos masculinos; empregar outro método contraceptivo durante o uso desses cremes.

 

Efeito adverso

t Irritação local.

 

Orientações aos pacientes

t Utilizar preservativo novo a cada relação e somente um preservativo por vez.

t Observar a data de validade.

t Não utilizar preservativos há muito tempo guardados em locais abafados, como bolsos de calça, carteiras ou porta-luvas de carro.

t Ensinar a técnica de colocação: o preservativo deve ser colocado antes de qualquer contato do pênis com a genitália da parceira. Abrir a embalagem primária com cuidado, nunca com os dentes ou outros objetos que possam danificá-la. Desenrolar o preservativo sobre o pênis ereto até a base, deixando um espaço da extremidade sem ar, para o sêmen. Após a ejaculação, retirar o pênis, ainda ereto, da vagina, pressionando as bordas do preservativo com dois dedos durante a retirada para evitar que o sêmen extravase ou que o preservativo se desprenda e fique na vagina. O pênis não deve ter contato com a área vaginal depois que o preservativo for retirado.

t Orientar para o usuário dar um nó no preservativo após o uso e descartá-lo em seguida.

 

Aspectos farmacêuticos

t O preservativo masculino é produto de certificação de qualidade obrigatória.

No Brasil, todos os preservativos devem ter selo de aprovação do Inmetro. O látex é sensível a calor, umidade e luz. As embalagens do preservativo devem ser impermeáveis, opacas e protegidas por folha metálica no seu interior. Os preservativos devem ser guardados em locais frescos e secos, ao abrigo de luz direta.

t A frequência de ruptura ao ser usado depende da qualidade do preservativo e da técnica de colocação.

 

Atenção: a utilização regular de preservativo é recomendada a todas as pessoas sexualmente ativas. O preservativo pode ser utilizado isoladamente ou em conjunto com outros métodos (contraceptivo oral ou DIU) na prevenção da gravidez, mas é o único método eficaz na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis.

 

 

Prilocaína (ver Cloridrato de Prilocaína + Felipressina)

 

Primaquina (ver Difosfato de Primaquina)

 

Prometazina (ver Cloridrato de Prometazina)

 

Propafenona (ver Cloridrato de Propafenona)

 

 

Propiltiouracila

 

Cláudia Du Bocage Santos Pinto

Marcela de Andrade Conti

 

Na Rename 2010: item 18.2

 

Apresentações

t  Comprimido 50 mg e 100 mg.

Indicações

t  Hipertireoidismo.

 

Contraindicação

t  Hipersensibilidade à propiltiouracila.

 

Precauções

t Usar com cuidado nos casos de:

       pacientes com idade acima de 40 anos (risco de hipoprotrombinemia e sangramento; iniciar o tratamento com doses diárias menores, entre 150 mg e 300 mg, e monitorar o tempo de protrombina durante o tratamento).

       uso concomitante de fármaco indutor de agranulocitose.

       sinais de infecção (podem ser indicativos de neutropenia ou agranulocitose).

       crianças com menos de 6 anos de idade (segurança e eficácia não foram estabelecidas).

       lactação (ver Apêndice B).

       insuficiência hepática (ver Apêndice C).

       insuficiência renal (ver Apêndice D).

t  Categoria de risco na gravidez (FDA): D (ver Apêndice A).

 

Esquemas de administração

Crianças com idade de 6 a 10 anos

t  Dose inicial: 50 a 150 mg/dia, por via oral, divididos a cada 6 a 8 horas.

 

Crianças com mais de 10 e menos de 12 anos

t Dose inicial: 150 a 300 mg/dia, por via oral, divididos a cada 6 a 8 horas.

 

Adultos e crianças a partir de 12 anos

t  Dose inicial: 100 mg, por via oral, três vezes ao dia (300 mg/dia), ajustando-se a dose, a cada 4 a 6 semanas, até alcançar eutireoidismo. Ajustar então para dose que varia de 50 a 150 mg/dia. Alguns casos de hiperfunção tireoidiana grave podem requerer dose inicial acima de 600 mg/dia.

 

Idosos

t 150 a 300 mg/dia, por via oral, fracionados em três doses.

 

Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes

t  Biodisponibilidade: 55% a 75%.

t Início de ação: 24 a 36 horas.

t Pico de ação terapêutica: 17 semanas.

t Duração de efeito: 2 a 3 horas.

t Pode atravessar a barreira placentária ou atingir o leite materno, em pequenas quantidades.

t Meia-vida plasmática: 1 a 2 horas.

 

Efeitos adversos

t  Febre leve e transitória, náusea, cefaleia.

t Erupção cutânea, alopecia, vasculite cutânea, exantema, síndrome de Stevens-Johnson, urticaria.

t Leucopenia, trombocitopenia, anemia aplástica, agranulocitose (0,3%), hipoprotrombinemia, eosinofilia, discrasias sanguíneas, anemia hemolítica, leucemia, distúrbios da coagulação.

t Hepatite, icterícia, necrólise hepática, hepatotoxicidade, encefalopatia.

t  Nefrite ou vasculite renal, nefrotoxicidade.

t Síndrome semelhante a lúpus eritematoso sistêmico, artralgia, osteomielite, artrite reumatoide, polimiosite.

t Distúrbios da tireoide, puberdade precoce, porfiria, galactorreia.

t  Ototoxicidade, perda de audição.

t Pneumonia intersticial, dispneia, hipoxemia, pneumonia, dano alveolar difuso, síndrome da angústia respiratória.

 

Interações de medicamentos

t Anticoagulantes orais podem ter seu efeito diminuído pela propiltiouracila. Em pacientes usuários de anticoagulantes orais, o tempo de protrombina deve ser cuidadosamente monitorado por ocasião da introdução ou descontinuação da propiltiouracila, bem como durante o tratamento com a mesma. O aumento da dose do anticoagulante pode ser necessário.

t  Broncodilatadores,  betabloqueadores  e  glicosídeos  digitálicos  podem  ter seus efeitos aumentados, podendo requerer redução de doses.

 

Orientações aos pacientes

t Alertar para a possibilidade de ocorrência de dor orofaríngea, úlceras bucais, contusões, febre.

t Tomar o medicamento fora do horário das refeições, pois os alimentos podem interferir na absorção e resultar em concentrações alteradas do medicamento.

t Contatar o médico antes de usar qualquer vacina. Evitar ficar perto de pessoas com doenças infectocontagiosas. Lavar as mãos com frequência.

t Escovar os dentes com cautela.

t O início do efeito pode ser demorado; o paciente não deve parar de usar o medicamento sem falar com o médico.

 

Aspectos farmacêuticos

t Armazenar sob temperatura ambiente, entre 15 e 30 ºC, em recipientes bem fechados. Proteger da luz.

 

Atenção: possíveis infecções durante o uso de propiltiouracila podem ser indicativas de depressão da medula óssea. Nesses casos, deve-se realizar avaliação hematológica e, se houver neutropenia ou agranulocitose, o tratamento deverá ser interrompido imediatamente.

 

 

Propofol

 

Thais Furtado de Souza

 

Na Rename 2010: item 1.1.2

 

Apresentação

t Emulsão injetável 10 mg/mL.

 

Indicações

t  Indução e manutenção de anestesia geral para procedimentos cirúrgicos de curta duração.

t Tratamento de agitação em pacientes intubados e em ventilação mecânica.

 

Contraindicações

t  Hipersensibilidade ao fármaco.

t  Situações que contraindiquem anestesia geral ou sedação.

t Idade inferior a 17 anos quando intubados e em ventilação mecânica.

 

Precauções

t Usar com cuidado nos casos de:

       idosos e enfraquecidos (ajustar a dose apropriadamente).

       hiperlipidemia, hiperlipoproteinemia, hipotensão, hipovolemia, doença cardíaca grave e doença respiratória (monitorar lipidemia, efeitos respiratórios, arritmias e hipotensão.

       diabetes melito, pancreatite, doença hepática grave, falência renal, epilepsia, convulsão e pressão intracraniana aumentada.

       obstetrícia (uso não recomendado).

       interrupção da infusão (deve ser lenta; se for abrupta, pode ocasionar rápido despertar, ansiedade, agitação, tremor e irritabilidade).

       idade inferior a 16 anos (sedação não é indicada).

       lactação.

t Uso pediátrico é aprovado para pacientes acima de 3 anos de idade (indução anestésica) e acima de 2 meses (manutenção anestésica).

t  Propofol não induz analgesia; se necessário, associar um analgésico.

t A administração intravenosa rápida pode ocasionar depressão cardiorrespiratória, principalmente, em pacientes idosos, enfraquecidos ou hipovolêmicos.

t A infusão prolongada, de doses superiores a 5 mg/kg/hora, pode ocasionar acidose metabólica, hiperpotassemia, insuficiência cardíaca, distonia e discinesia.

t  Categoria de risco na gravidez (FDA): B (ver Apêndice A).

 

Esquemas de administração

Crianças

Indução da anestesia

t  Criança acima de 3 anos: 2,5 a 3,5 mg/kg, por via intravenosa lenta, por 20 a 30 segundos.

 

Manutenção da anestesia

t Crianças acima de 2 meses: 7,5 a 18 mg/kg/hora, por infusão intravenosa.

 

Sedação em procedimento diagnóstico ou cirúrgico

t Dose inicial: 0,5 a 1 mg/kg, por infusão intravenosa durante 1 a 5 minutos. Manutenção: infusão intravenosa a velocidade de 1,5 a 4,5 mg/kg/hora.

 

Adultos

Indução da anestesia

t 2 a 2,5 mg/kg, por via intravenosa. Ou: 20 a 40 mg por via intravenosa a cada 10 segundos até obtenção de resposta.

t Pacientes idosos, enfraquecidos ou hipovolêmicos: 1 a 1,5 mg/kg, por via intravenosa, aproximadamente 20 mg a cada 10 segundos, até obtenção de resposta.

 

Manutenção da anestesia

t 6 a 12 mg/kg/hora, por infusão intravenosa. Ou: 20 a 50 mg, por via intravenosa; repetir de acordo com a resposta.

t Pacientes idosos, enfraquecidos ou hipovolêmicos: 3 a 6 mg/kg/hora, por infusão intravenosa.

 

Sedação em tratamento intensivo

t  0,3 a 4 mg/kg/hora, por infusão intravenosa.

 

Sedação em procedimento diagnóstico ou cirúrgico

t Dose inicial: 0,5 a 1 mg/kg, por infusão intravenosa durante 1 a 5 minutos. Manutenção: infusão intravenosa a velocidade de 1,5 a 4,5 mg/kg/hora. Pacientes acima de 55 anos requerem doses menores.

 

Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes

t  Início da ação: 10 a 50 segundos.

t Duração de ação: 3 a 10 minutos.

t  Metabolismo: hepático.

t Excreção: renal.

t Meia-vida: 1,5 a 12,4 horas; até 3 dias quando uso prolongado por 10 dias.

 

Efeitos adversos

t Apneia (frequente).

t Arritmias; hipotensão (17% em crianças, 3% a 10% em adultos).

t  Movimentos coreiformes.

t Queimação ou dor no local de injeção (até 28,5%); exantema, prurido.

t Hiperlipidemia (1% a 10%).

t Acidose respiratória e acidose metabólica (inferior a 1%).

t Pancreatite pós-operatória (rara, porém grave).

t Anafilaxia.

 

Interações de medicamentos

t Bupivacaína e lidocaína: aumentam o efeito hipnótico de propofol, a dose de propofol deve ser ajustada.

t Erva-de-são-joão (Hypericum perforatum): pode resultar em colapso cardiovascular. O uso de erva-de-são-joão deve ser descontinuado 5 dias antes da utilização do anestésico.

t Suxametônio: pode resultar em bradicardia. Monitorizar a função cardíaca. Pré-tratamento com atropina pode prevenir bradicardia.

 

Orientação aos pacientes

t Alertar para evitar atividades que requeiram atenção e coordenação motora durante o período de 24 horas pós-anestesia.

t Reforçar a necessidade de evitar o uso de bebida alcoólica e depressores do SNC durante o período de 24 horas pós-anestesia.

t Orientar para ficar atento para sinais e sintomas de efeitos adversos, especialmente pancreatite.

 

Aspectos farmacêuticos

t Armazenar sob temperatura de 4 a 22 °C. Evitar congelamento. Proteger da luz.

t Agitar antes de usar. Não utilizar se as fases de emulsão estiverem separadas.

t Observar orientação específica do produtor quanto a diluição, compatibilidade e estabilidade da solução.

t Não precisa ser diluído. Entretanto, caso a diluição seja necessária, utilizar glicose 5%. A concentração mínima de propofol deve ser 0,2%, na qual é estável por até 8 horas, sob temperatura ambiente.

t Após abertura do frasco original, a administração deve ser realizada dentro do período de 12 horas. Se for transferido do seu frasco original, a administração deve ser realizada dentro do período de 6 horas. Desprezar as porções não utilizadas.

t Incompatível com aminoglicosídeos, anfotericina B coloidal, tosilato de bretílio, cloreto de cálcio, ciprofloxacino, diazepam, cloridrato de doxorrubicina, cloridrato de verapamil, fenitoína sódica, cloridrato de mitoxantrona, cloridrato de minociclina, cloridrato de metoclopramida, succinato sódico de metilprednisolona, metotrexato sódico, cloridrato de remifentanila.

t Compatível com solução fisiológica, solução de glicose a 5%, Ringer + lactato e cloridrato de lidocaína.

 

 

Propranolol (ver Cloridrato de Propranolol)

 

Protamina (ver Cloridrato de Protamina)

 

Proximetacaína (ver Cloridrato de Proximetacaína)

 

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