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Eletrocardiograma 6

Última revisão: 19/04/2010

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Quadro Clínico

Paciente em 5o PO de troca de valva aórtica, assintomático

Eletrocardiograma do paciente

 

Ver diagnóstico abaixo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Interpretação

1-Ritmo taquicárdico – 99 bpm

2-Eixo alem de - 30 ° (negativo)

3- QRS com duração maior de 120 ms e morfologia rSR´ = Bloqueio de Ramo direito;

4-Bloqueio da divisão ântero-superior (BDAS) – S DIII > S DII + eixo negativo >30°;

5-QTc-420ms

 

Diagnóstico

Ritmo juncional com despolarização simultânea dos átrios e ventrículos (sem onda P visível) – Taquicardia Juncional. Este paciente foi tratado com amiodarona devido à fibrilação atrial no pós-operatório imediato. Evoluiu com ritmo juncional e posteriormente bloqueio atrioventricular total (ECG 2 abaixo) com implante de marcapasso definitivo.

 


Critérios no ECG

 
Bloqueio do ramo direito

QRS > 120 ms e

Ondas S empastadas em D1 , aVL , V5 e V6

Ondas qR em aVR com R empastada

rSR’ ou rsR’ em V1 com R’ espessado .

SÂQRS variável, tendendo para a direita

T assimétrica em oposição ao retardo final de QRS

 

Bloqueio divisional ântero-superior esquerdo (BDASE)

SÂQRS igual ou além de - 45°

rS em D2 , D3 e aVF com S3 > S2

QRS com duração < 120 ms

qR em D1 e aVL com tempo de início da deflexão intrinsecóide

(TIDI) > 45 ms ou qRs com "s" mínima em D1

qR em aVR com R empastado

Diminuição de " r " de V1 até V3 e presença de s de V4 a V6.

 

Comentário

            O ritmo juncional se origina no nó AV ou no feixe de HIS. A forma mais comum de taquicardia juncional, chamada não paroxística, tem freqüência cardíaca entre 70 e 120bpm e está associada a condições clínicas que podem ser sérias, como intoxicação digitálica, pós-operatório de cirurgia cardíaca, hipocalemia, isquemia miocárdica, doença pulmonar obstrutiva crônica e miocardite. Há geralmente associação AV um para um; quando há toxicidade digitálica, bloqueios da condução AV podem ocorrer. A forma incomum de taquicardia juncional (focal) é mais rápida, apresentando-se com freqüência cardíaca entre 100 e 250bpm. Nestes casos, a dissociação atrioventricular (onda P desconectada do complexo QRS) está freqüentemente presente. Às vezes, a taquicardia juncional focal pode ter ritmo irregular, o que confunde com fibrilação atrial. Esta forma mais rara de taquicardia juncional ocorre com maior freqüência em adultos jovens com coração estruturalmente normal ou com cardiopatias congênitas, como CIA ou CIV.

 

Arritmias no Pós-operatório

            As arritmias cardíacas são achados comuns após cirurgia cardíaca. São causas de retardo na evolução clínica em decorrência dos distúrbios hemodinâmicos que acarretam. Taquicardias rápidas aumentam o consumo de oxigênio miocárdico e provocam baixo débito, cuja gravidade dependerá do grau de disfunção ventricular. A fibrilação atrial é a taquiarritmia mais comum e as complicações mais freqüentes são a freqüência cardíaca elevada e os fenômenos tromboembólicos. Seu tratamento baseia-se na reversão ao ritmo sinusal ou no controle da resposta ventricular. A falta de estudos prospectivos, contudo, impede que uma conduta definitiva seja estabelecida. Alguns autores têm focalizado a atenção na prevenção medicamentosa, particularmente a amiodarona, ou na utilização de marcapassos para estimulação atrial contínua. O risco de tromboembolismo deve ser considerado e a tendência atual é que os pacientes sejam anticoagulados quando a arritmia tem duração igual ou maior que 48 horas.

            Outras arritmias menos freqüentes são "flutter" atrial, taquicardia atrial e taquicardia juncional não-paroxística, cuja duração costuma ser mais curta e a repercussão clínica menor que a fibrilação atrial. A taquicardia e a fibrilação ventriculares são pouco freqüentes, têm alto potencial de malignidade e suas causas estão relacionadas à cardiopatia subjacente, isquemia, infarto transoperatório ou, ainda, tônus autonômico no pós-operatório.            Além da cardioversão ou da desfibrilação cardíaca, a prevenção de recorrências e de morte súbita após a alta é a etapa mais importante. Nesses casos, a administração empírica de amiodarona ou desfibrilador automático deverá ser considerada em casos selecionados.

            Deve-se ter cuidado no tratamento de arritmias em pacientes com troca valvar recente, pois podem evoluir para bloqueio atrioventricular total devido a manipulação cirúrgica (no anel mitro-aórtico há a transição dos feixes atrioventriculares).

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