Autores:
Cristiano Guedes Bezerra
Residente de Cardiologia do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP
Leonardo Vieira da Rosa
Médico Cardiologista pelo Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Médico Assistente da Unidade de Terapia Intensiva do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Doutorando em Cardiologia do InCor-HC-FMUSP. Médico Cardiologista da Unidade Coronariana do Hospital Sírio Libanês.
Ricardo Casalino Sanches de Moraes
Especialista em Cardiologia pelo Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP
Médico Colaborador do Grupo de Válvula do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP
Última revisão: 01/04/2019
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Paciente de 47 anos com dor torácica há 3 horas.
Ver diagnóstico abaixo
Infarto inferior (inferobasal) e infarto lateral – “antigo infarto de parede posterior” por Obstrução da Artéria Circunflexa
Identificação da artéria culpada no IAM
IAM inferobasal
Acreditava-se que o segmento basal da parede em contato com o diafragma fazia uma curva em direção cranial e esta porção era denominada posterior. Como isto explicava o RS em v1(equivalente a onda Q) o infarto do miocárdio era dividido em 3 zonas:inferior (DII, DIII, aVF), posterior (v1 e v2) e lateral (Q patológico em derivações laterais). Os infartos envolvendo 2 destas áreas recebiam o nome correspondente (inferoposterior, inferolateral, posterolateral). Na denominação nova, RS é explicado por IAM lateral e infarto do segmento inferobasal da parede inferior (previamente conhecida como posterior). Desta forma infarto inferolateral se divide em 3 grupos:inferior(Q em DII, DIII, aVF), lateral (RS em V1 e/ou ondas Q patológicas em derivações laterais), e inferolateral(os dois padrões). Somado a isso, devemos admitir que por décadas erramos tanto na anatomia como na eletrofisiologia. Demonstrou-se que zonas correspondendo a parede posterior, agora inferobasal ou segmento 4, são despolarizadas após 30-40 mseg, e assim não podem gerar Q (ou R como imagem espelho em v1-v2) porque o QRS já havia começado a se inscrever. Em todo caso a modificação da segunda metade do QRS faria uma distorção do QRS e/ou redução de voltagem. Descobriu-se que morfolgia RS é muito especifica em v1 para infarto lateral (100%), ainda que não muito sensível, pois é sabido que infarto lateral geralmente acontece com nenhuma ou discreta manifestação ECG (qr ou pequeno r em DI, aVL, v5 e v6).
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