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Derrame Pericárdico

Autor:

Lucas Santos Zambon

Doutorado pela Disciplina de Emergências Clínicas Faculdade de Medicina da USP; Médico e Especialista em Clínica Médica pelo HC-FMUSP; Diretor Científico do Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente (IBSP); Membro da Academia Brasileira de Medicina Hospitalar (ABMH); Assessor da Diretoria Médica do Hospital Samaritano de São Paulo.

Última revisão: 19/07/2017

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Quadro Clínico

 

Paciente masculino, 17 anos, procurou o pronto-socorro queixando-se de dor torácica há 2 dias, com febre baixa associada. Ao exame físico, estava em bom estado geral, corado, hidratado, febril ao toque, com: frequência cardíaca (FC): 120bpm; frequência respiratória (FR), 22RPM; pressão arterial (PA), 128x76mmHg; saturação de oxigênio, 95%; Escala de Coma de Glasgow (ECG) 15; temperatura, 38,2ºC, MV+sem RA, BCRNF 2t sem sopros, abdome normal ao exame físico. Foram realizados exames que levaram ao diagnóstico de pericardite com derrame pericárdico, o qual podemos visualizar na Figura 1, no lado esquerdo da imagem.

 

ECO: Ecocardiograma.

Figura 1 - Detalhe do ECO.

 

Discussão

 

Considera-se que um derrame pericárdico está presente quando o líquido acumulado dentro do saco excede a pequena quantidade que está normalmente presente.

Os derrames pericárdicos podem ocorrer como um componente de quase qualquer desordem pericárdica, mas a maioria resulta de uma das seguintes condições:

         Pericardite aguda (viral, bacteriana, tuberculosa ou idiopática)

         Doença autoimune

         Pós-infarto agudo do miocárdio

         Pós-operatório de cirurgia cardíaca

         Traumatismo torácico agudo ou contuso, incluindo procedimento cardíaco de diagnóstico ou intervenção

         Malignidade, particularmente disseminação metastática de tumores primários não cardíacos

         Radiação mediastinal

         Insuficiência renal com uremia

         Mixedema

         Dissecção aórtica que se estende até o pericárdio

         Medicamentos

A presença de derrame pericárdico pode ser suspeitada a partir da história, do exame físico, do eletrocardiograma (ECG) e da radiografia de tórax. Os achados eletrocardiográficos mais comuns (ECG) em pacientes com derrame pericárdico são taquicardia sinusal, baixa tensão QRS e alternância elétrica.

Os achados na radiografia de tórax são variáveis, dependendo da etiologia e do tamanho do derrame pericárdico e comorbidades subjacentes. Efeitos pequenos a moderados (menos de 200 a 300mL) podem não resultar em achados significativos na radiografia de tórax, enquanto que os derrames pericárdicos maiores apresentam tipicamente uma silhueta cardíaca aumentada com campos pulmonares limpos.

 

Bibliografia

 

Corey GR, Campbell PT, Van Trigt P, et al. Etiology of large pericardial effusions. Am J Med 1993; 95:209. ?

Adler Y, Charron P, Imazio M, et al. 2015 ESC Guidelines for the diagnosis and management of pericardial diseases: The Task Force for the Diagnosis and Management of Pericardial Diseases of the European Society of Cardiology (ESC)Endorsed by: The European Association for Cardio­Thoracic Surgery (EACTS). Eur Heart J 2015; 36:2921.

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