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Adenocarcinoma de Cardia

Autor:

Rodrigo Antonio Brandão Neto

Médico Assistente da Disciplina de Emergências Clínicas do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP

Última revisão: 31/07/2017

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Quadro Clínico

 

Paciente masculino, 67 anos, está sendo investigado por emagrecimento e desconforto retroesternal há 6 meses. Durante sua investigação, foi solicitada uma endoscopia digestiva alta. Na Figura 1, observa-se um detalhe, que é a presença de lesão ulcerada infiltrando a cárdia. Após a biópsia, ficou configurado um adenocarcinoma de cárdia.

 

 Figura 1 - Detalhe da endoscopia.

 

Discussão

 

Os adenocarcinomas da junção esôfago-gástrica (JEG) vêm aumentando quanto à incidência em países do ocidente. Os tumores envolvendo a JEG com o epicentro tumoral não mais de 2m no estômago proximal são encarados como tumores esofágicos. Em contraste, os tumores de JEG com seu epicentro localizado a mais de 2cm no estômago proximal são considerados cânceres de estômago, assim como todos os cânceres de cárdia não envolvendo a JEG.

O diagnóstico de carcinoma de JEG ou carcinoma gástrico de cárdia é, em geral, estabelecido por biópsia endoscópica. A avaliação de estadiamento costuma começar com uma tomografia computadorizada (TC) helicoidal contrastada. Pacientes sem evidência de doença metastática podem ser submetidos à ultrassonografia endoscópica (USE) para estadiamento locorregional.

Também é possível realizar uma tomografia de emissão de pósitrons (PET) para detectar doença metastática oculta em pacientes que, de outra forma, seriam considerados candidatos cirúrgicos após TC convencional e USE. Os achados de PET suspeitos devem ser confirmados com biópsia antes de excluir um paciente da possibilidade cirúrgica.

Embora a ressecção cirúrgica completa seja um pré-requisito para a cura, os resultados a longo prazo não são satisfatórios com a ressecção isolada, mesmo se microscopicamente completa (R0). O tratamento multimodal melhora os desfechos e se tornou uma abordagem padrão para pacientes com estadiamento T2 e superior ou adenocarcinoma ganglionar positivo da JEG.

 

Bibliografia

 

1.             Mönig SP, Hölscher AH. Clinical classification systems of adenocarcinoma of the esophagogastric junction. Recent Results Cancer Res 2010; 182:19

 2.             Misumi A, Murakami A, Harada K, et al. Definition of carcinoma of the gastric cardia. Langenbecks Arch Chir 1989; 374:221.

 

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