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Meningites Virais

Última revisão: 31/01/2011

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Reproduzido de:

DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS – GUIA DE BOLSO – 8ª edição revista [Link Livre para o Documento Original]

MINISTÉRIO DA SAÚDE

Secretaria de Vigilância em Saúde

Departamento de Vigilância Epidemiológica

8ª edição revista

BRASÍLIA / DF – 2010

 

Meningites Virais

 

CID 10: A87

 

ASPECTOS CLÍNICOS E EPIDEMIOLÓGICOS

Descrição

As Meningites Virais são também chamadas assépticas ou serosas. O sistema nervoso central pode ser infectado por um variado conjunto de vírus, mas, independente do agente viral, o quadro clínico caracteriza-se por aparição súbita de cefaleia, fotofobia, rigidez de nuca, nauseas, vomitos e febre. Ao exame físico, destaca-se o bom estado geral do paciente e a presença de sinais de irritação meníngea. Em geral, a evolução é rápida e benigna, sem complicações – exceto nos casos de indivíduos com imunodeficiências. Quando a etiologia refere-se a enterovírus, o quadro pode ser acompanhado ou antecedido de manifestações gastrintestinais, respiratórias e, ainda, mialgia e erupção cutânea.

 

Agente Etiológico

Os principais vírus que podem causar Meningite Viral são: enterovírus (Echovírus e Coxsackievírus), arbovírus (com destaque para o vírus da febre do Nilo Ocidental), vírus do Sarampo, vírus da caxumba, vírus da coriomeningite linfocítica, HIV-1, adenovírus e vírus do grupo herpes (Herpes Simples tipo 1 e tipo 2, Varicela zoster, Epstein-Barr, citomegalovírus).

 

Reservatório, Modo de Transmissão, Período de Incubação e de Transmissibilidade

Variam de acordo com o agente infeccioso.

 

Complicações

Em geral, os casos evoluem sem complicações.

 

Diagnóstico

Clínico-epidemiológico e laboratorial. A realização de punção para exame do líquor cefalorraquidiano é fundamental. Ele se apresenta com aspecto límpido, incolor ou opalescente, cloretos e glicose normais, proteínas ligeiramente elevadas, celularidade aumentada (entre 5 a 500, podendo chegar a 1.000 células), geralmente com predominância de linfócitos (às vezes, no inicio, encontra-se predomínio de polimorfonucleares), bactérias ausentes. Pode-se identificar o agente específico por meio de técnicas de cultivo celular. A história clínica e epidemiológica do paciente pode orientar o diagnóstico etiológico (caxumba, Sarampo, Varicela, quadro gastrintestinal, etc.).

 

Diagnóstico Diferencial

Meningites e meningoencefalites causadas por outros agentes infecciosos, rickettsioses e doença de Lyme.

 

Tratamento

Indica-se apenas o tratamento de suporte, com a adequada avaliação e monitoramento clínico. Existem drogas antivirais específicas, indicadas para casos mais graves, como os de Meningite Herpética (HSV 1 e 2 e VZV), com Aciclovir endovenoso. Na caxumba, a globulina específica hiperimune pode diminuir a incidência de orquite, porém não melhora a síndrome neurológica.

 

Características Epidemiológicas

Tem distribuição universal. A frequência de casos se eleva no final do verão e começo do outono. Podem ocorrer casos associados às epidemias de varicela, sarampo, caxumba e ainda relacionados a eventos adversos pós-vacinais.

 

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

Objetivos

Monitorar a ocorrência da doença, incluindo a detecção e controle de surtos e a identificação dos principais agentes etiológicos das Meningites Virais.

 

Notificação

É de notificação obrigatória, assim como as demais meningites.

 

Definição de Caso

     Suspeito - Maiores de 1 ano e adultos com febre, cefaleia intensa, vomito em jato, rigidez de nuca, sinais de irritação meníngea e convulsões. Em menores de 1 ano, considerar irritabilidade, choro persistente e abaulamento de fontanela.

     Confirmado

-      - Clínico-laboratorial: caso suspeito com isolamento de vírus nas fezes, identificação de material genético por PCR ou sorologia pareada positiva.

-      - Clínico-epidemiológico: caso suspeito comunicante de caso de Meningite Viral confirmado laboratorialmente. O período entre a exposição ao caso e o aparecimento dos sintomas deve corresponder ao período máximo de incubação da doença.

 

MEDIDAS DE CONTROLE

O diagnóstico e tratamento precoces dos casos são medidas que contribuem para o controle da doença. As medidas de controle específicas relacionam-se com o agente etiológico. Em situações de surto, a população deve ser orientada sobre os sinais e sintomas da doença, medidas gerais de higiene e, ainda, medidas de prevenção específicas, conforme o agente etiológico identificado.

 

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