Última revisão: 16/09/2015
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Reproduzido de:
Formulário Terapêutico Nacional 2010: Rename 2010 [Link Livre para o Documento Original]
Série B. Textos Básicos de Saúde
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos
Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos
Brasília / DF – 2010
A terapia antirretroviral combinada resultou em significativas melhoras dos índices da eficácia farmacológica (carga viral e contagem de células CD4+) e da expectativa de vida entre pacientes HIV positivos. Um esquema ideal deve apresentar eficácia sustentada e ser bem tolerado pelo paciente, sem efeitos adversos e interações de medicamentos que representem risco significativo. Atualmente dispõe-se de mais de 20 fármacos antirretrovirais em seis classes de mecanismos de ação, sendo a maioria dos fármacos ativos por inibir enzimas envolvidas na replicação (transcriptase reversa) ou na maturação viral (protease do HIV). Embora a erradicação do vírus ainda não seja possível, o grande número de combinações possíveis permite à maioria dos pacientes dispor de alternativas em caso de surgimento de resistência ou de reações adversas graves13. A diversidade dos pacientes em relação ao estado de saúde, idade, história de tratamento, resistência a fármacos, polimedicação, entre outros fatores, torna bastante complexas as decisões sobre o esquema de tratamento, que deve ser avaliado para cada paciente. Mesmo que muitos dos efeitos adversos mais comuns não sejam de extrema gravidade, eles podem afetar a qualidade de vida do paciente e sua motivação para aderir ao esquema terapêutico. Por outro lado, a manifestação de resistência a múltiplos fármacos e a transmissão de cepas de HIV resistentes pode limitar a eficácia clínica em certos casos, o que faz com que a busca de novos fármacos se mantenha como um desafio premente. Em curto prazo, esforços para prevenir a transmissão do vírus e para melhorar a adesão dos pacientes ao tratamento continuam sendo objetivos de fundamental importância14. Esquemas combinando dois inibidores da transcriptase reversa análogos de nucleosídeos (ITRN) e um terceiro agente selecionado entre inibidores da transcriptase reversa não análogos de nucleosídeos (ITRNN) ou inibidores de protease (IP) continuam sendo terapia de primeira linha, pela diminuição da manifestação de resistência, e pela contínua redução de morbidade e mortalidade15. Desde que este padrão foi adotado, tenta-se simplificar os esquemas de administração por meio de combinações em doses fixas ou formulações que permitam reduzir o número de doses unitárias por dia, com vistas a melhorar a adesão por parte dos pacientes. Variantes de esquemas com quatro ou mais fármacos podem incluir inibidores de protease associados a ritonavir como adjuvante farmacológico. De modo geral, os fármacos de introdução mais recente (pertencentes ou não a novas classes terapêuticas) devem ser reservados para pacientes cujas opções são limitadas pelo perfil de resistência ou intolerância a outros antirretrovirais. A questão de quando iniciar a terapia antirretroviral tem sido revista, havendo evidências de que a antecipação do início da terapia possa trazer benefício no sentido de reduzir danos potencialmente irreversíveis no sistema imunológico15.
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