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Entenda o BPR-Guia de Remédios

O BPR – Guia de Remédios tem por objetivo facilitar o entendimento dos remédios pela população leiga e servir como fonte rápida de consulta para os profissionais da saúde.

Analisamos e selecionamos informações publicadas pelos fabricantes de medicamentos bem como aquelas provenientes das principais obras de referências internacionais, adaptando-as a uma linguagem de melhor compreensão. Sendo o BPR – Guia de Remédios uma seleção de informações, ele não visa substituir outras fontes de referências, não pretende substituir as informações provenientes dos fabricantes de medicamentos e nem ser entendido como fonte suficiente de informação farmacológica para os profissionais da saúde.

 

Entenda o significado dos itens do bpr – Guia de remédios

Substância ativa

Substância ativa é a substância que exerce a ação principal do medicamento. O nome da substância ativa é o primeiro item da ficha e está grafado em vermelho. A substância ativa é conhecida por um nome genérico descrito a seguir.

 

Nome genérico

Como os medicamentos costumam ter nomes muito longos e complicados, órgãos internacionais definem um nome mais curto e simplificado para a substância ativa: é o nome genérico.

Se um medicamento se chama cloridrato de vancomicina, o nome abreviado da substância ativa (nome genérico) é vancomicina; se um medicamento se chama ceftriaxona sódica, o nome abreviado é ceftriaxona; se um medicamento se chama cloridrato de cefepima, o nome abreviado é cefepima; se um medicamento se chama sulfato de tobramicina, o nome abreviado é tobramicina.

O BPR – Guia de Remédios apresenta suas fichas em ordem alfabética, destacando inicialmente os nomes simplificados das substâncias ativas (nomes genéricos).

 

Referência

É o medicamento detentor da patente de descoberta; esse medicamento é frequententemente comercializado através de uma marca comercial, que passa a ser a marca de referência.

Como o BPR – Guia de Remédios procura facilitar a disponibilização de informação, quando nas listas oficiais não aparece um produto de referência, o nosso guia adota um produto tradicional do mercado como referência, como sugestão de contato sempre que se quiser informações adicionais sobre o referido produto.

 

Genérico

É o medicamento comercializado apenas com o NOME GENÉRICO, em conformidade com a Lei 9.787/99. O medicamento genérico não traz na sua embalagem uma marca comercial (nome fantasia) e só é liberado para comercialização depois de vencido o direito de patente do medicamento de referência. O medicamento genérico traz grafado na sua embalagem a letra G.

Para ser considerado medicamento genérico, um produto precisa passar por teste denominado de “equivalência farmacêutica” e muitas vezes também por teste denominado de “biodisponibilidade”, ambos executados em comparação com o medicamento de referência em laboratórios autorizados pelas autoridades de saúde.

Similar

É o medicamento comercializado através de uma marca comercial (nome fantasia), mas essa marca não

éo medicamento detentor da patente de descoberta.

As marcas de referência e as marcas de similares são citadas no BPR – Guia de Remédios apenas como exemplos de produtos comercializados. A inclusão dessas marcas comerciais não representa endosso aos respectivos Laboratórios, assim como a não inclusão de uma marca não significa censura ao respectivo Laboratório.

 

Apresentações e Concentrações

Apresentações são as formas como os medicamentos são disponibilizados para uso: comprimidos, gotas, injetável, pomada etc.

Fornecemos neste guia apenas as principais formas de apresentação dos principais produtos e as concentrações que eles contêm. Por exemplo: comprimido 100 mg; comprimido 200 mg, injetável (solução) 30 mg/5 mL. Nas farmácias existem revistas especializadas, atualizadas mensalmente, com as listas completas das apresentações dos produtos que são comercializados.

A concentração de um produto deve ser expressa em termos da parte da substância que será utilizada para cálculo das doses. Traduzindo através de exemplos: para a vancomicina, precisamos saber quantos mg de vancomicina existem no produto (porque as doses de vancomicina são expressas em termos de mg de vancomicina e não de cloridrato de vancomicina); para a ceftriaxona, precisamos saber quantos mg de ceftriaxona existem no produto (porque as doses de ceftriaxona são expressas em termos de mg de ceftriaxona e não de ceftriaxona sódica); para a cefepima, precisamos saber quantos mg de cefepima existem no produto (porque as doses de cefepima são expressas em termos de mg de cefepima e não de cloridrato de cefepima); para a morfina, precisamos saber quantos mg de sulfato de morfina existem no produto (porque nestes casos as doses são expressas em termos de mg de sulfato de morfina). Entenda, também através de exemplos, o significado técnico das frases que descrevem as concentrações dos produtos: quando dizemos cloridrato de cefepima equivalente a 1 g de cefepima isto quer dizer que o produto contém 1 g de cefepima (para ter 1 g de cefepima o produto contém mais que 1 g de cloridrato de cefepima); quando dizemos sulfato de morfina 10 mg/1 mL (observem que aqui não usamos o termo equivalente) isto quer dizer que o produto contém realmente 10 mg de sulfato de morfina em 1 mL.

Assim, antecipamos um termo que aparece nas doses dos produtos: dizemos que as doses são em termos de cefepima (no caso do cloridrato de cefepima) e as doses são em termos de sulfato de morfina (no caso do sulfato de morfina).

 

O que é

É a classe medicamentosa a que pertence o medicamento (antibacteriano; anti-inflamatório;broncodilatador; diurético etc).

Entre colchetes [ ] colocamos algumas características técnicas do medicamento, para servir de orientação para os profissionais da saúde e também para o paciente, particularmente se este for alérgico a algum produto com característica técnica semelhante. Exemplos de características técnicas que aparecem entre colchetes: betabloqueador seletivo; inibidor dos receptores H1 da histamina; glicopeptídeo.

 

Para que serve

Fornecemos as indicações principais do medicamento. Um medicamento pode ter muitas indicações, inclusive indicações não mencionadas neste Guia. Os profissionais às vezes utilizam os medicamentos em indicações particulares, de acordo com a sua experiência clínica e com base em evidências comprovadas.

 

Como age

Damos informações resumidas do mecanismo de ação do medicamento.

 

Como se usa

Fornecemos as doses usuais do medicamento, as principais vias de administração, assim como alguns cuidados de utilização. Sempre que possível, procuramos dar as doses em função do peso corporal e também da indicação. Para os produtos injetáveis, fornecemos os dados de estabilidade, reconstituição e diluição, considerando particularmente, quando apropriados, os principais diluentes (Água Estéril para Injeção, Cloreto de Sódio 0,9% e Glicose 5%). Para saber se o produto é compatível com outro diluente deve-se consultar a bula ou contatar o fabricante.

 

Cuidados especiais

Risco na gravidez

Veja na página 8 deste Guia a classificação de Risco na gravidez do FDA – Food and Drug Administration (departamento que cuida dos medicamentos e alimentos nos Estados Unidos).

Os riscos são classificados em cinco categorias: A, B, C, D e X.

Medicamentos com Risco X são definitivamente proibidos durante a gravidez.

Medicamentos com Risco D também são proibidos durante a gravidez; eles somente são utilizados na total ausência de outra possibilidade terapêutica e exigem todas as explicações por parte do profissional da saúde, assim como a concordância, por parte da eventual usuária, de assumir os riscos.

Qualquer medicamento, mesmo os medicamentos considerados permitidos, só deve ser utilizado durante a gravidez se estritamente necessário, avaliando-se sempre os riscos e benefícios dessa utilização.

 

Amamentação

Quando um medicamento pode ter alguma implicação documentada ou suspeitada negativa para a criança, optamos por inserir a informação não amamentar. Evitamos a denominação não usar para evitar que algum medicamento realmente imprescindível para a mãe não seja utilizado. A utilização de medicamentos por mulheres que amamentam deve ser discutida com o médico.

 

Não usar o produto

São as “contraindicações” do produto.

A primeira contraindicação é a alergia ao próprio produto ou à classe a que ele pertence. Ela é regra para qualquer produto (não apenas medicamento). O paciente deve procurar lembrar se já teve alergia a esse produto ou a algum outro dessa mesma classe que se pretende utilizar.

Alguns indivíduos podem apresentar alergia aos excipientes (substâncias não ativas que entram na composição dos medicamentos). Particularmente, os indivíduos sabidamente alérgicos devem ler muito bem as instruções que acompanham os medicamentos (os Laboratórios geralmente relacionam essas substâncias inativas que entram na composição do medicamento).

As demais contraindicações são descritas em função do conhecimento que se teve com a utilização prévia desse produto em testes clínicos, ou pela experiência já acumulada com a utilização de produtos dessa mesma classe.

 

Avaliar riscos x Benefícios

São condições que exigem cuidados extras, com acompanhamento profissional constante, exames laboratoriais, e também considerando a relação risco x benefício dessa utilização. No entanto, não são condições que impeçam o uso do produto, respeitados os cuidados mencionados.

 

Reações que podem ocorrer

São as denominadas reações adversas, efeitos colaterais ou efeitos secundários.

Quase nunca sabemos antecipadamente qual a chance que um indivíduo tem de sofrer alguma dessas reações desagradáveis.

Se um indivíduo é alérgico a uma determinada substância, ele pode eventualmente apresentar alergia a toda a classe a que ela pertence ou está relacionada. Se, por exemplo, alguém é alérgico a um anti-inflamatórionão esteroide ele pode eventualmente apresentar alergia a qualquer outro anti-inflamatório não esteroide. Assim, frente a um paciente alérgico, precisamos redobrar os cuidados com a prescrição de medicamentos.

Quase todos os medicamentos podem ter inúmeras reações desagradáveis, alguns medicamentos podem mesmo apresentar dezenas dessas reações.

As reações adversas são documentadas a partir de informações estatísticas provenientes de muitos casos de utilização do medicamento, expressando o que pode acontecer quando consideramos um grande número de usuários. Algumas reações são mais frequentes e outras extremamente raras.

O BPR – Guia de Remédios lista apenas as principais reações dos medicamentos; para conhecimento das demais reações deve-se consultar a bula do produto.

As autoridades de saúde têm estimulado a notificação de reações adversas.

Quando uma reclamação de eventual reação adversa é comunicada ela deve vir acompanhada de informações completas de como esse produto foi utilizado: informações sobre o paciente (idade, sexo, condições de saúde, alergias prévias, uso de outros medicamentos associados), motivos da indicação (diagnóstico comprovado ou sugerido), apresentação e concentração do produto, dose e tempo de utilização.

Comunicar uma eventual reação adversa sem fornecer informações sobre o estado do paciente e sem especificar as condições de utilização do medicamento nada esclarece e, sem elas, não se pode esperar nenhuma resposta consistente de um Laboratório Farmacêutico.

 

Reações alérgicas graves

Reações alérgicas com coceiras intensas, vermelhidão no corpo, inchaços, formigamentos e dificuldade de respiração, são geralmente muito graves e necessitam de atendimento médico imediato. O paciente não deve hesitar, nem ser tentado a procurar resolver o problema em casa. Deve procurar imediatamente um hospital ou pronto-socorro.

Nas reações alérgicas graves, os serviços médicos costumam empregar a epinefrina (adrenalina), por via subcutânea, na concentração 1:1.000

adultos: 0,2 a 0,5 mL crianças: 0,1 a 0,3 mL

Se o paciente estiver com queda de pressão, a epinefrina (adrenalina) é utilizada por via intravenosa na concentração mais diluída (1:10.000)

adultos: 0,3 a 0,5 mL (em aplicação lenta, durante 5 minutos, repetindo a dose, se houver necessidade, a cada 15 minutos);

crianças: 0,1 a 0,2 mL (em aplicação lenta, durante 5 minutos, repetindo a dose, se houver necessidade, a cada 30 minutos).

Medidas específicas de urgência (ventilação, entubação, traqueostomia) podem ser necessárias para garantir a vida do paciente.

 

Atenção ao utilizar outros produtos

São descritas algumas possíveis principais interações medicamentosas (ação de um medicamento associado a outro medicamento, ou associação de um medicamento a algum alimento ou bebida). Para uma lista mais ampla, consulte a bula dos produtos.

Alguns medicamentos não podem ser associados por incompatibilidade, por antagonismo de ação, ou por aumentar os riscos de reações adversas. Outros medicamentos necessitam de acertos de doses para poderem ser utilizados juntos. As interações neste guia não estão cruzadas entre medicamentos, porque isto demandaria um livro específico. Assim, as interações podem aparecer na ficha de um medicamento e não aparecer na ficha do outro medicamento que com ele interage. Para sua segurança, leia as informações de interações de todos os medicamentos que serão utilizados. Por exemplo: se quisermos associar um produto contendo dipirona com outro contendo captopril, devemos ler as informações de interações na ficha da dipirona e também na ficha do captopril.

A lista das interações, muitas vezes, ao invés de mencionar um produto isolado, menciona uma classe de medicamentos (aminoglicosídeo, antidepressivo tricíclico, sulfonamida etc). Alguns medicamentos citados nas interações podem ainda não ser comercializados no país.

 

Outras considerações importantes

São recomendações ou dados adicionais que podem ajudar a conduzir melhor o tratamento.

Não carregamos no BPR – Guia de Remédios, salvo para os medicamentos injetáveis, informações de armazenamento dos produtos. Elas devem ser obtidas nas embalagens ou bulas dos laboratórios fabricantes.

 

Medicamento – Associações

A utilização de associações de substâncias ativas num mesmo medicamento tem sido desaconselhada. Essas associações, salvo algumas exceções, geralmente dificultam acertos de doses e raramente conseguem comprovar suas vantagens frente à utilização isolada das substâncias ativas.

O BPR – Guia de Remédios descreve, com algumas exceções, apenas medicamentos que utilizam uma só substância ativa e dá apenas informações resumidas das principais marcas comerciais de medicamentos com substâncias ativas associadas.

Para medicamentos que possuam mais que uma substância ativa, procure se há no BPR – Guia de Remédios as fichas das outras substâncias que compõem esse medicamento. Leia também todas as informações provenientes dos fabricantes.

A maior parte dos medicamentos descritos no BPR – Guia de Remédios contém informações que preenchem todos os itens aqui mencionados. As exceções ocorreram quando as informações consultadas não abordavam todos esses tópicos, não foram consideradas relevantes, ou não tiveram referências adequadas.

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