Reproduzido de:
Guia para o Uso de Hemocomponentes
Série A. Normas e Manuais Técnicos [Link Livre para o Documento Original]
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Atenção à Saúde
Departamento de Atenção Especializada
Brasília / DF – 2008
O Comitê Transfusional (CT) é um grupo de profissionais de diferentes especialidades responsável pela definição e avaliação contínua da prática hemoterápica e pela hemovigilância, num serviço de saúde.
Melhorar as práticas hemoterápicas da instituição;
Aumentar a segurança transfusional;
Otimizar o uso dos hemocomponentes;
Reduzir os erros transfusionais;
Estreitar a relação do serviço de hemoterapia e os diversos serviços do hospital e criar um programa efetivo de revisão da utilização de hemocomponentes;
Promover educação e atualização continuadas em hemoterapia;
Atender à exigência legal.
O Comitê Transfusional deve ser:
Cada instituição – hospital público ou privado, ambulatório, núcleo hemoterápico, hemocentro – deverá ter o seu Comitê Transfusional.
Amplamente divulgado: o CT deverá divulgar, para toda a comunidade hospitalar, as suas funções, área de atuação, composição, rotina e como os profissionais poderão acessá-lo (fluxo de informações dentro de cada instituição).
Informativo, educativo e atualizado: o CT tem a obrigação de se manter atualizado nos temas pertinentes à hemoterapia e à hemovigilância e deve constituir-se num fórum educativo e não-punitivo.
Confidencial: a necessidade de assinatura de termos de confidencialidade para os assuntos do CT deve ficar a critério de seus membros.
A estrutura organizacional do CT deve considerar a complexidade, as características e as normas de cada instituição e se adequar às mudanças que podem ocorrer na mesma.
O CT deve relatar as suas atividades à Diretoria Clínica do Hospital.
O CT pode ser permanente ou ter uma política de renovação periódica de todos ou parte de seus membros, incluindo o seu coordenador.
Deve ser indicado pelo Diretor Clínico do Hospital.
Preferencialmente, deve ser um médico com suficiente conhecimento em hemoterapia.
O coordenador ou um membro do serviço de hemoterapia deve ser um membro do CT, mas não necessariamente e não desejavelmente deverá ser o seu coordenador, para evitar conflito de interesse.
Para ser efetivo, o CT deve contar com: representantes médicos e/ou enfermeiros dos principais serviços que compõem o hospital e que freqüentemente prescrevem transfusão de hemocomponentes, um representante técnico do laboratório, um funcionário administrativo, um representante do serviço hemoterápico. Representantes de setores educacionais (ex: residência médica) também podem participar do CT.
Sugere-se que cada CT realize reuniões periódicas documentadas em ata.
Fazer a revisão crítica da prática hemoterápica na instituição, tendo como objetivo final o uso seguro e racional do sangue. Tal ação poderá ser realizada por meio de um dos seguintes métodos:
- Auditoria prospectiva: análise das solicitações de hemocomponentes antes da sua liberação para uso;
- Auditoria concorrente: revisão das solicitações de hemocomponentes um ou dois dias após a liberação;
- Auditoria retrospectiva: revisão das solicitações dias ou semanas após a transfusão.
Acompanhar a monitoração, investigação e notificação dos incidentes transfusionais imediatos e tardios.
Desenvolver ou validar protocolos para unificação de condutas relativas à hemoterapia e hemovigilância.
Promover a educação continuada nos aspectos principais da hemoterapia e hemovigilância.
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