Reproduzido de:
Formulário Terapêutico Nacional 2008: Rename 2006 [Link Livre para o Documento Original]
Série B. Textos Básicos de Saúde
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos
Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos
Brasília / DF – 2008
Maurício Fábio Gomes
Na Rename 2006: item 6.1.4
• Pó para solução injetável 15 U.
• Carcinoma de células escamosas de cabeça e pescoço, nasofaringe, colo do útero, pênis e vulva.
• Carcinoma testicular.
• Carcinoma epidermóide de esôfago.
• Derrame pleural neoplásico.
• Doença de Hodgkin e linfoma não-Hodgkin (adjuvante para cirurgia e radioterapia em tratamento paliativo).
• Melanoma.
• Neoplasia trofoblástica gestacional.
• Osteossarcoma.
• Sarcoma de Kaposi relacionado a aids.
• Carcinoma de tireóide.
• Doença pulmonar grave.
• Hipersensibilidade ou reações idiossincráticas a bleomicina.
• Idosos, fumantes e pacientes submetidos a radioterapia prévia são mais suscetíveis a fibrose pulmonar.
• Doses totais maiores que 400 U podem causar dificuldade respiratória e fibrose pulmonar (10%). Recomendam-se doses cumulativas máximas de 300 U para pacientes entre 60 e 69 anos, 200 U para pacientes entre 70 e 79 anos e 100 U para pacientes com mais de 80 anos.
• Tem potencial carcinogênico.
• Em 1% dos pacientes com linfomas pode ocorrer reação idiossincrásica após primeira ou segunda doses, caracterizada por hipotensão, confusão mental, febre, dores e dispnéia.
• Categoria de risco na gravidez (FDA): D (ver apêndice A).
A correspondência da potência da bleomicina é de 1 mg para cada 1, 5 a 2,0 U.
• 10-20 U/m2 (0,25 a 0,5 U/kg), por vias intravenosa, intramuscular ou subcutânea, 1-2 vezes por semana.
• 10 mg/m²/dia, por via intravenosa, no dia 3, após a administração de cisplatina (3 mg/kg, em infusão intravenosa rápida); seguidos de 10 mg/m²/dia, em infusão intravenosa, nos dias 4 a 6.
• 60 U, em injeção única em bolus por via intrapleural.
• Regime MOPP/ABV (clormetina, vincristina, procarbazina, prednisona/doxorrubicina, bleomicina e vimblastina: 10 U/m2, por via intravenosa, no 8o dia; manutenção: 1 U/dia ou 5 U/semana, por vias intravenosa, intramuscular ou subcutânea.
• 10-20 U/m2 (0,25 a 0,5 U/kg), por vias intramuscular ou subcutânea, 1-2 vezes por semana.
• Administração intralesional de acordo com o volume do tumor, combinada com eletroquimioterapia: 0,5 U para 100 mm3; 0,75 U para 100-150 mm3; 1 U para 150-500 mm3; 1,5 U para 500-1.000 mm3; 2 U para 1.000-2.000 mm3; 2,5 U para 2.000-3.000 mm3; 3 U para 3.000-4.000 mm3; 3,5 U para 4.000- 5.000 mm3 e 4 U para volumes acima de 5.000 mm3. Lidocaína a 1% com vasoconstritor deve ser aplicada em torno do local.
• 10 mg/m²/dia, por via intravenosa, por 4 dias no regime PEBA (cisplatina, etoposídeo, bleomicina, doxorrubicina), a cada 3 semanas, por 6 a 8 cursos.
• 30 mg/dia, em infusão intravenosa contínua, por 3 dias, no regime BAP (bleomicina, doxorrubicina, cisplatina), a cada 3-4 semanas.
Observações:
• Devido ao risco de reações idiossincráticas em pacientes com linfoma, uma dose teste de 1 ou 2 U ou menos deve ser administrada de 2 a 4 horas antes de iniciar o tratamento efetivo.
• A administração intravenosa deve ser feita durante 10 minutos.
• A administração por vias intramuscular e subcutânea causa dor no local da injeção.
Reajuste de dose em insuficiência renal
• Depuração da creatinina endógena entre 10-50 mL/minuto: 75% da dose usual.
• Depuração da creatinina endógena inferior a 10 mL/minuto: 50% da dose usual.
• Pico sérico: 30 minutos (intramuscular).
• Metabolismo: parede intestinal, fígado, sangue, rins, pele e pulmões.
• Excreção: renal (50 a 70%, em forma inalterada).
• Meia-vida de eliminação: 1 a 9 horas (intravenosa), 4 horas (subcutânea), 2 a 30 horas (insuficiência renal).
• Alopecia, perda das unhas, hiperceratose palmar e plantar, eritema, erupção cutânea (8%), estrias, vesiculação, hiperpigmentação (50%), dor à palpação no local da administração intramuscular.
• Tremor, confusão mental, febre (25-50%).
• Náusea, vômitos, estomatite, anorexia, perda de peso, mucosite (30%).
• Hipotensão, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, síndrome de Raynaud.
• Mielossupressão (raro).
• Hepatotoxicidade.
• Nefrotoxicidade.
• Taquipnéia, tosse, dispnéia, estertores, pneumonite, fibrose pulmonar (5-10%), hipoxia e morte (1%).
• Reações anafiláticas.
• Aumento de efeito/toxicidade de bleomicina: lomustina, cisplatina.
• Bleomicina reduz efeito de fenitoína e digoxina.
• Orientar para evitar uso de tabaco, sob risco de desenvolvimento de fibrose pulmonar.
• Alertar para notificar qualquer sinal de problemas respiratórios, como tosse ou falta de ar.
• Alertar para evitar imunizações (vacinas) durante o uso de bleomicina.
• 1 U (USP) corresponde a 2.000 UI (UI unidades internacionais).
• Preparo para administração intravenosa: reconstituir o frasco com 15 U em 5 mL de solução injetável de cloreto de sódio 0,9%. Soluções para infusões prolongadas devem ser preparadas e administradas em frascos de vidro.
• Preparo para administração intramuscular e subcutânea: reconstituir o frasco com 15 U com 1-5 mL de água para injeção ou solução injetável de cloreto de sódio 0,9%.
• Preparo para administração intrapleural: dissolver o frasco com 15 U em 50-100 mL de solução injetável de cloreto de sódio 0,9%.
• Solução reconstituída permanece estável por 24 horas.
• Soluções não utilizadas em 24 horas devem ser descartadas.
• Estocar o produto sob refrigeração (2 a 8°C) e ao abrigo da luz, o que mantém a estabilidade por 24 meses.
• Incompatibilidades: peróxido de hidrogênio, soluções de aminoácidos essenciais, riboflavina, dexametasona, furosemida, carbenicilina, cefazolina, cefalotina sódica, nafcilina sódica, benzilpenicilina sódica, metotrexato, mitomicina, succinato sódico de hidrocortisona, aminofilina, ácido ascórbico, terbutalina, soluções injetáveis de glicose a 5%.
ATENÇÃO: fibrose pulmonar é a forma de toxicidade mais grave associada à bleomicina. Sua ocorrência é maior em pacientes idosos que recebem doses totais acima de 400 U.
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