Reproduzido de:
Formulário Terapêutico Nacional 2010: Rename 2010 [Link Livre para o Documento Original]
Série B. Textos Básicos de Saúde
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos
Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos
Brasília / DF – 2010
Vanessa Rocha Machado
Na Rename 2010: item 5.5.1
t Pó para solução injetável 546 mg (equivalente a 500 mg ganciclovir).
t Infecção por citomegalovírus (prevenção e tratamento da doença em pacientes imuncomprometidos – HIV/Aids e transplantados em uso de imunossupressores).
t Hipersensibilidade ao ganciclovir ou aciclovir.
t Neutropenia e trombocitopenia graves.
t Usar com cuidado nos casos de:
– citopenias preexistentes ou história de reações citopênicas (muitas vezes exige substituição do antiviral).
– crianças (segurança e eficácia do gangiclovir não foram estabelecidas em crianças; o uso requer extrema cautela devido ao potencial de promover carcinogênese e toxicidade reprodutiva de longo prazo).
– lactação.
– insuficiência renal (ver Apêndice D).
t Monitoramento por hemograma deve ser realizado a cada 2 dias, durante o tratamento intravenoso, e uma semana após o término do mesmo
t Categoria de risco na gravidez (FDA): C.
t Indução: 5 mg/kg, por via intravenosa, a cada 12 horas (podendo aumentar até o máximo de 7,5 mg/kg a cada 12 horas) durante 2 a 3 semanas.
t Manutenção (supressão crônica): 5 mg/kg/dia, por via intravenosa, semanalmente por 5 a 7 dias, com duração mínima de 6 meses. Após este período a supressão pode ser descontinuada se a contagem de CD4 específica para a idade permanecer estável.
t 5 mg/kg, por via intravenosa, a cada 12 horas em combinação com 60 mg/kg de foscarnete, por via intravenosa, a cada 8 horas até melhora dos sintomas. Seguir supressão crônica com 5 mg/kg/dia, por via intravenosa, semanalmente por 5 a 7 dias, com duração mínima de 6 meses. Após este período a supressão pode ser descontinuada se a contagem de CD4 específica para a idade permanecer estável.
t 6 mg/kg, por via intravenosa, a cada 12 horas, por 6 semanas.
Nota: segurança e eficácia do uso de ganciclovir em crianças não estão bem estabelecidas. Devido ao potencial carcinogênico e de toxicidade reprodutiva, o uso prolongado deve ser feito com extrema cautela e avaliação cuidadosa.
t Indução: 5 mg/kg, por infusão intravenosa, por 1 hora, a cada 12 horas, durante 2 a 3 semanas.
t Manutenção (supressão crônica): 5 mg/kg/dia, por infusão intravenosa, por 1 hora, 7 dias por semana ou 6 mg/kg/dia, por infusão intravenosa, por 1 hora, 5 dias por semana. Manter enquanto a contagem de CD4 permanecer maior que 100 células/microlitros, em resposta a terapia antirretroviral, por pelo menos 3 a 6 meses.
t Indução: 5 mg/kg, por infusão intravenosa, por 1 hora, a cada 12 horas, durante 2 a 4 semanas ou até resolução de sinais e sintomas. Terapia de manutenção geralmente não é necessária, mas deve ser considerada no caso de recorrência.
t 5 mg/kg, por infusão intravenosa, por 1 hora, a cada 12 horas em combinação com 60 mg/kg de foscarnete, por via intravenosa, a cada 8 horas ou 90 mg/kg, a cada 12 horas, até melhora dos sintomas. A manutenção deve ser feita, por tempo indeterminado, com valganciclovir oral em combinação com foscarnete intravenoso, salvo se surgirem evidências de recuperação imunológica.
t 5 mg/kg, por infusão intravenosa, por 1 hora, a cada 12 horas, durante 1 a 2 semanas, seguidos por 5 mg/kg/dia, por infusão intravenosa, por 1 hora, 7 dias por semana ou 6 mg/kg/dia, por infusão intravenosa, por 1 hora, 5 dias por semana. A duração da profilaxia deve ser estabelecida com base no grau e duração da imunossupressão.
t Meia-vida: 2,5 a 5 horas, 5 a 28 horas (em insuficiência renal).
t Excreção: renal (81% a 100%, como fármaco inalterado).
t Granulocitopenia, anemia (47%), neutropenia (65%) (48-54%), leucopenia (41%), trombocitopenia (3-6%) (20%), pancitopenia (1%).
t Náusea (25-33%), vômito (11-13%), diarreia (42-44%), dispepsia (19-21%), anorexia (14-16%), flatulência (3-11%).
t Febre 48%.
t Sepse (15%).
t Neuropatia (8-21%), parestesias (6-10%), cefaleia (4%) e astenia (6%), mania, psicose, tremor, amnésia, agitação, tontura, depressão, euforia, insônia, sonolência, pesadelos (5%).
t Arritmias, hipertensão, hipotensão.
t Prurido (5-10%), sudorese (11-14%), alopecia, acne, urticária, ressecamento da pele, edema, hemorragia (1%).
t Dor, flebite. edema, hemorragia e abscesso no sítio da injeção (1%).
t Hepatotoxicidade (1%), elevação das enzimas hepáticas (23%).
t Mialgia, miastenia e hipertonia (1%).
t Dispneia e tosse (1%), pneumonia (6-8%).
t Nefrotoxicidade (1%)
t Herpes simples (1%), celulite (1%).
t Didanosina: uso concomitante aumenta o risco de toxicidade pela didanosina. Controlar hemogramas e monitorar sinais e sintomas de neuropatia periférica, diarreia e pancreatite. Reduzir a dose de didanosina, se necessário.
t Imipeném + cilastatina: aumenta o risco de neurotoxicidade (convulsões). Deve-se considerar a relação risco-benefício antes de iniciar a combinação com ganciclovir.
t Zidovudina aumenta o risco de hematotoxicidade (neutropenia, anemia). Caso seja necessário o uso concomitante, monitorar através de hemogramas. Para pacientes com citomegalovírus considerar terapias alternativa de foscarnete com zidovudina ou ganciclovir com didanosina.
t Esclarecer que a terapia com ganciclovir não cura a infecção por citomegalo-vírus, requerendo manutenção e acompanhamento clínico indefinidamente.
t Caso duas ou mais doses sejam esquecidas contatar a Unidade de Saúde para instruções.
t Orientar para o uso durante todo o tempo prescrito, mesmo que haja melhora dos sintomas com as primeiras doses.
t Alertar para notificar se houver suspeita de gravidez.
t Orientar para a realização regular de exames hematológicos e oftalmológicos.
t Armazenar o pó liofilizado à temperatura ambiente, entre 15 e 30 ºC.
t Evitar o contato com a pele e os olhos durante a reconstituição da solução injetável, devido ao elevado pH da solução e ao risco de carcinogenicidade.
t Observar orientação específica do produtor quanto a reconstituição, diluição, compatibilidade e estabilidade da solução.
t A reconstituição deve ser feita em água estéril para injeção na concentração de 50 mg/mL, tendo estabilidade de 12 horas sob temperatura ambiente. A solução não deve ser refrigerada.
t A solução reconstituída pode ser diluída em cloreto de sódio 0,9%, Ringer + lactato e glicose 5%, tendo estabilidade por 24 horas e podendo ser refrigerada.
t A solução de infusão não pode exceder a concentração de 10 mg/mL.
t Incompatibilidades: água bacteriostática para injeção contendo parabenos, foscarnete, aztreonam, piperacilina sódica/tazobactam, tartarato de vinorelbina.
Karen Luise Lang
Na Rename 2010: item 18.3
t Comprimido 5 mg.
t Tratamento de diabete melito tipo 2.
t Cetoacidose.
t Diabete melito tipo 1 (dependente de insulina).
t Porfiria.
t Insuficiência hepática grave (ver Apêndice C).
t Insuficiência renal grave (ver Apêndice D).
t Tratamento simultâneo com bosentana.
t Hipersensibilidade ao fármaco ou a outras sulfonilureias.
t Usar com cuidado nos casos de:
– idosos e pacientes com insuficiência suprarrenal ou hipofisária (maior risco de hipoglicemia).
– obesidade (preferência por metformina).
– períodos de estresse (risco de descontrole glicêmico).
– lactação (ver Apêndice B).
t Categoria de risco na gravidez (FDA): B (ADEC): C (ver Apêndice A).
t Dose inicial: 2,5 a 5 mg/dia, no café da manhã; elevar a dose em 2,5 a 5 mg/semana até atingir dose de manutenção de 1,25 a 15 mg/dia. Doses acima de 10 mg podem requerer duas administrações.
t Início da ação: 30 minutos.
t Duração da ação: 24 horas.
t Meia-vida: 5 a 10 horas.
t Pico de ação: 2 a 3 horas.
t Metabolismo: preponderantemente hepático.
t Eliminação renal (50%) e fecal (50%).
t Hipoglicemia (1,6%), particularmente em pacientes idosos.
t Distúrbios gastrintestinais (1,8%).
t Cefaleia.
t Reações cutâneas (1,5%), como eritema multiforme, dermatite esfoliativa, prurido e urticária.
t Distúrbios hepáticos.
t Reações de hipersensibilidade podem ocorrer nas seis primeiras semanas de tratamento.
t Alterações hematológicas (inferior a 1%).
t Ácido acetilsalicílico e outros anti-inflamatórios não-esteroides (AINE): pode haver aumento no risco de hipoglicemia. Intensificar o controle da glicemia durante o uso concomitante com AINE, pois pode ser necessário reduzir a dose do hipoglicemiante quando um anti-inflamatório for adicionado ao esquema do paciente. Monitorar também ao descontinuar o uso do anti-inflamatório.
t Álcool: o uso de etanol com hipoglicemiantes orais pode provocar hipoglicemia e reação semelhante à do dissulfiram. Pacientes devem ser orientados a não ingerir bebidas alcoólicas.
t Bloqueadores beta-adrenérgicos podem alterar o metabolismo glicêmico causando hiperglicemia, hipoglicemia e hipertensão. Se a associação for necessária, monitorar glicose sanguínea periodicamente. Bloqueadores cardioprevalentes tendem a causar menos distúrbios glicêmicos e menor risco de mascarar sintomas de hipoglicemia.
t Bosentana: pode elevar a concentração de enzimas hepáticas. O uso concomitante com glibenclamida é contraindicado, devendo ser avaliada a utilização de outro hipoglicemiante oral.
t Ciclosporina: pode aumentar a toxicidade do imunossupressor, causando disfunção renal, colestase e parestesia. Avaliar ajuste da dose de ciclosporina.
t Claritromicina: pode haver aumento das concentrações da glibenclamida, com aumento do risco de hipoglicemia. Cautela se for administrada claritromicina a paciente usuário de glibenclamida. Considerar monitoria adicional da glicose e educar o paciente para reconhecer sinais e sintomas de hipoglicemia.
t Disopiramida: o uso em associação pode levar a hipoglicemia. É recomendada cautela em caso de uso concomitante.
t Fluoroquinolonas como o ciprofloxacino podem alterar o metabolismo glicêmico, causando hipoglicemia ou hiperglicemia. Quando for necessária a terapia concomitante com glibenclamida, monitorar a glicose sanguínea; a alteração da dose do hipoglicemiante pode ser necessária.
t Glucomanano pode diminuir a absorção da glibenclamida. É recomendada a administração dos medicamentos em diferentes períodos do dia.
t Inibidores de monoamina oxidase (IMAO) podem estimular a secreção de insulina causando hipoglicemia, depressão do sistema nervoso central e vertigens. Monitorar glicose sanguínea quando um IMAO for adicionado ou retirado da terapia. Avaliar redução da dose de glibenclamida.
t Genfibrozila, sulfametoxazol, voriconazol podem inibir o metabolismo hepático de glibenclamida, causando hipoglicemia. Monitorar glicose sanguínea e avaliar redução da dose do hipoglicemiante durante o tratamento conjunto.
t Plantas como Psyllium (nome utilizado em inglês para designar algumas espécies do gênero Plantago; no Brasil, espécies deste gênero são conhecidas como tansagem), melão-de-são-caetano (Momordica charantia), erva-de-são-joão (Hypericum perforatum) e feno-grego (Trigonella foenu mgraecum) ou fitoterápicos derivados destas espécies podem aumentar o risco de hipoglicemia. Se a associação for necessária, monitorar glicose sanguínea periodicamente.
t Rifapentina e rifampicina podem provocar redução do efeito hipoglicemiante por indução do metabolismo hepático. Monitorar glicose sanguínea e avaliar ajuste da dose de glibenclamida durante o tratamento associado.
t Varfarina: o uso concomitante pode potencializar o efeito do anticoagulante, aumentando o risco de hemorragias. Monitorar o tempo de protrombina e avaliar ajuste da dose de varfarina.
t Orientar para a administração do medicamento com a primeira refeição do dia.
t Orientar para o caso de esquecimento de uma dose, ingerir assim que possível, desde que o horário da dose seguinte não esteja próximo. Alertar para não duplicar a dose.
t Proteger a pele do sol com uso de protetor solar.
t Evitar uso de bebidas alcoólicas.
t Ensinar a reconhecer sinais de hipoglicemia (palpitações, sudorese, fome, vertigem, confusão mental) e ingerir um pouco de açúcar ou mel (colocados entre gengiva e bochecha). Procurar um serviço de saúde se não houver melhora.
t Armazenar à temperatura ambiente, entre 15 a 30 ºC. Manter ao abrigo do ar e luz.
Atenção: como sinonímia para a glibenclamida (Denominação Comum Brasileira) é utilizado ocasionalmente o nome gliburida. Entretanto, não se recomenda a prescrição de fármacos por outros nomes que não a denominação oficial no país.
Fabiana Wahl Hennigen
Na Rename 2010: item 16.5
t Enema 120 mg/mL
t Supositório (FN)
t 1 g (lactentes)
t 1,5 a 2 g (crianças)
t 2,5 a 3 g (adultos)
t Obstipação.
t Hipersensibilidade ao glicerol ou a outro componente da formulação.
t Anúria bem estabelecida.
t Edema pulmonar agudo.
t Desidratação grave.
t Descompensação cardíaca grave.
t Usar com cuidado nos casos de:
– doença cardíaca, renal ou hepática.
– diabete melito.
– anemia hemolítica.
t Não usar em presença de sangramento retal.
t Categoria de risco na gravidez (FDA): C.
t 0,5 mL/kg/dose do enema, por via retal.
t 1 supositório de 1 g ou 0,5 mL/kg/dose do enema, por via retal
t 1 supositório de 1,5 a 2 g ou 2 a 5 mL do enema, por via retal.
t 1 supositório de 2,5 a 3 g ou 5 a 15 mL do enema, por via retal, em dose única ou em intervalos não frequentes.
t Absorção: baixa.
t Início de ação: 15 a 30 minutos
t Reações adversas ocorrem raramente após administração retal.
t Pode produzir desconforto retal, tenesmo, dor com cãibras, ardência ou irritação local.
t Hiperemia da mucosa retal com hemorragia e liberação de muco também podem ocorrer.
t Medicamento para uso retal, não usar por via oral.
t Orientar para a necessidade de lavar as mãos com água e sabão antes e após o uso.
t Informar que a evacuação deverá ocorrer entre 15 e 60 minutos após a administração e para suspender o uso e procurar o serviço de saúde se não houver movimentos intestinais.
t Orientar para o prazo máximo de uma semana de uso.
t Alertar para notificar se tiver usado outro laxativo por mais de uma semana antes do uso do glicerol.
t Administração do supositório: deitar o paciente sobre o lado esquerdo com a perna esquerda esticada ou levemente inclinada e o joelho direito inclinado para cima. Introduzir o supositório no reto pela extremidade afilada, após ser umedecido com água, e orientar para ficar deitado por 15 minutos.
t Administração do enema: deitar o paciente sobre o lado esquerdo ou sobre os joelhos. Inserir suavemente a haste do frasco de enema com pressão firme, com a ponta para o umbigo e apertar até que o conteúdo tenha sido quase totalmente liberado.
t Manter os supositórios à temperatura de 2 a 8 oC para facilitar a administração. Pode ser mantido à temperatura ambiente. Não congelar. Proteger do calor.
t Manter o enema à temperatura ambiente de 15 a 30 oC.
Karen Luise Lang
Na Rename 2010: item 18.3
t Comprimido 30 mg (liberação controlada)
t Comprimido 80 mg.
t Tratamento de diabete melito tipo 2.
t Diabete melito tipo 1.
t Cetoacidose.
t Hipersensibilidade ao fármaco e outras sulfonilureias.
t Porfiria.
t Insuficiência hepática grave (ver Apêndice C).
t Insuficiência renal grave (ver Apêndice D).
t Gravidez (ver Apêndice A). Categoria de risco na gravidez (ADEC): C.
t lactação (ver Apêndice B).
t Usar com cuidado nos casos de:
– idosos (risco de hipoglicemia).
– obesidade (preferência por metformina).
– períodos de estresse (risco de descontrole glicêmico).
t 80 mg/dia (liberação imediata), por via oral, no café da manhã. Ajustar a dose de acordo com a resposta do paciente. Dose acima de 160 mg podem requerer duas administrações ao dia. Dose máxima: 320 mg/dia.
t 30 mg/dia (liberação controlada), por via oral, uma vez ao dia.
t Início da ação: 2 a 3 horas.
t Pico de ação: 4 a 6 horas.
t Duração da ação: 24 horas.
t Meia-vida: 8 a 12 horas.
t Metabolismo é preponderantemente hepático.
t Eliminação renal (80%) e fecal (20%).
t Mais frequentes: hipoglicemia (5%), particularmente em pacientes idosos, distúrbios gastrintestinais (menos de 5%).
t Menos frequentes: distúrbios hepáticos e reações de hipersensibilidade podem ocorrer nas seis primeiras semanas de tratamento, reações cutâneas como exantema e prurido (inferior a 1%).
t Anti-inflamatórios não-esteroides (AINE) inibem o metabolismo hepático de gliclazida, com aumento do efeito hipoglicemiante. Monitorar glicose sanguínea e avaliar redução da dose de gliclazida durante o tratamento com um AINE.
t Bloqueadores beta-adrenérgicos podem alterar o metabolismo glicêmico, causando hiperglicemia, hipoglicemia e hipertensão. Se a associação for necessária, monitorar glicose sanguínea periodicamente. Bloqueadores cardioprevalentes tendem a causar menos distúrbios glicêmicos e o risco de mascarar sintomas hipoglicêmicos, como tremor, é reduzido.
t Ciprofloxacino e demais fluoroquinolonas podem alterar o metabolismo glicêmico, causando hipoglicemia ou hiperglicemia. Se a associação for necessária, monitorar glicose sanguínea periodicamente e avaliar redução da dose de gliclazida.
t Inibidores de monoamina oxidase (IMAO) estimulam a secreção de insulina, causando hipoglicemia, depressão do sistema nervoso central e vertigens. Monitorar níveis sanguíneos de glicose quando um IMAO for adicionado ou retirado da terapia e avaliar redução da dose de gliclazida.
t Rifampicina induz o metabolismo hepático de gliclazida, com redução do efeito hipoglicemiante. Monitorar glicose sanguínea e avaliar ajuste da dose de gliclazida durante o tratamento com rifampicina.
t Álcool pode provocar hipoglicemia e efeito semelhante ao do dissulfiram. Recomendar a redução do consumo de álcool, sempre acompanhado de alimentos, a fim de amenizar o efeito hipoglicemiante do álcool.
t Orientar para a necessidade de administrar o medicamento com a primeira refeição do dia.
t Ingerir com alimento.
t Ensinar a reconhecer sinais de hipoglicemia (palpitações, sudorese, fome, tontura, confusão mental) e ingestão de um pouco de açúcar ou mel (colocados entre gengiva e bochecha). Procurar um serviço de saúde se não houver melhora.
t Armazenar à temperatura ambiente, de 15 a 30 ºC. Manter ao abrigo do ar e luz.
Rachel Magarinos-Torres
Na Rename 2010: itens 9, 10.3
t Solução injetável 10% (0,45 mEq/mL)
t Nutrição parenteral total.
t Tratamento de hipocalcemia.
t Tetania hipocalcêmica.
t Condições associadas a hipercalcemia e hipercalciúria.
t Cálculo renal.
t Hipofosfatemia.
t Risco de intoxicação digitálica.
t Usar com cuidado nos casos de:
– idosos, histórico de nefrolitíase, uso de digitálicos, hiperfosfatemia grave, sarcoidose, insuficiência respiratória, acidose e hipercoagulabilidade sanguínea.
– insuficiência renal (ver Apêndice D).
– lactação.
t Evitar administração intravenosa rápida e extravasamento.
t Pode produzir parada cardíaca, se administrado em velocidade superior à indicada.
t Monitorar o cálcio sérico em idosos ou quando em uso de altas doses de vitamina D.
t Manter o paciente em repouso após a administração intravenosa a fim de evitar tontura.
t Não utilizar por vias intramuscular, intracardíaca ou subcutânea.
t Categoria de risco na gravidez (FDA): C.
t 0,5 mL/kg da solução injetável de gliconato de cálcio a 10% (50 mg/kg), por injeção intravenosa lenta (100 mg/minuto), repetindo, caso necessário, até 20 mL/dia (2 g de gliconato de cálcio).
t As doses devem ser estabelecidas com base nas necessidades de cada paciente.
t 5 a 20 mL da solução injetável de gliconato de cálcio a 10% (500 mg a 2 g de gliconato de cálcio), por injeção intravenosa lenta (100 mg/minuto), repetindo, caso necessário, por administração intravenosa lenta ou infusão intravenosa contínua, até 40 mL/dia (4 g de gliconato de cálcio).
t As doses devem ser estabelecidas com base nas necessidades de cada paciente.
t Atravessa a placenta e distribui-se no leite materno.
t Excreção: renal (20%) e fecal (cálcio não-absorvido).
t Relacionados a hipercalcemia: anorexia, náuseas, vômitos, obstipação, dor abdominal, fraqueza muscular, poliúria, nefrocalcinose, cálculos renais, arritmia cardíaca, bradicardia e coma.
t Reação no local da administração: dor, irritação cutânea, formação de abscesso e necrólise (especialmente quando ocorre extravasamento).
t Vasodilatação periférica, hipotensão.
t A partir de 2 a 2,5 g de cálcio por dia aumentam as possibilidades de eventos adversos.
t Bifosfonatos, fluoretos, fluoroquinolonas (como ciprofloxacino, esparfloxacino, levofloacino, norfloxacino), itraconazol e tetraciclinas podem ter sua absorção reduzida. Administrar com pelo menos três horas de intervalo e monitorar os pacientes.
t Ceftriaxona: a utilização concomitante pode resultar em formação de precipitados de ceftriaxona na forma de sal cálcico e é contraindicada em recém-nascidos.
t Digitoxina: aumento de efeito/toxicidade. Risco de cardiotoxicidade, arritmia e colapso cardiovascular. Administrar lentamente e monitorar os pacientes.
t Diuréticos tiazídicos diminuem a excreção urinária de cálcio, ocorrendo risco de hipercalcemia.
t Ticlopidina: pode ter sua efetividade reduzida. Se não for possível evitar a associação, administrar a ticlopidina no mínimo 2 horas antes do gliconato de cálcio.
t Vitamina D aumenta a absorção gastrintestinal de cálcio, com risco de hipercalcemia.
t Zalcitabina: pode ter sua eficácia reduzida. Administrar a zalcitabina com o maior intervalo possível em relação a sais de cálcio.
t Armazenar a temperatura entre 15 e 30 ºC, ao abrigo da luz. Evitar o congelamento.
t 10 mL da solução injetável a 10% ou 1 g de gliconato de cálcio correspondem a 2,25 mmol de cálcio.
t Observar orientação específica do produtor quanto a diluição, compatibilidade e estabilidade da solução.
t A solução pode ser diluída com glicose 5% ou cloreto de sódio.
t A solução é estável por 24 horas à temperatura ambiente.
t Solubilidade aumenta em meio ácido.
t Administrar somente soluções límpidas. Havendo cristais, solubilizar novamente por aquecimento de 30 a 40oC.
Atenção: gliconato de cálcio eleva a temperatura corporal momentaneamente após a administração. Em caso de hipercalcemia, suspender a administração intravenosa de gliconato de cálcio, reidratar com solução de cloreto de sódio 0,9%, aumentar a diurese com furosemida, monitorar concentrações de potássio e magnésio.
Ângela Maria de Souza Ponciano
Na Rename 2010: itens 5.7, 20.2
t Solução degermante 2% a 4%.
t Solução bucal 0,12%.
t Limpeza, antissepsia e desinfecção de pele antes de procedimento cirúrgico e no tratamento de feridas.
t Limpeza e antissepsia das mãos de cirurgiões e outros profissionais da saúde.
t Antissepsia da mucosa oral no tratamento de gengivites.
t Hipersensibilidade a algum dos componentes da formulação.
t Não aplicar na pele de neonatos.
t Não aplicar a solução degermante em pele de bebês, salvo sob indicação médica.
t Usar com cuidado nos casos de:
– soluções aquosas (Susceptíveis à contaminação microbiana).
– soluções alcoólicas (são inflamáveis).
– antes de diatermia (soluções aquosas não são adequadas para este uso).
t Segurança e eficácia não foram estabelecidas em indivíduos com menos de 18 anos de idade.
t Evitar o uso na preparação pré-operatória da pele da cabeça e face
t Evitar contato com meninges, cérebro, olhos e ouvidos.
t Evitar contato da solução degermante com a boca e mucosas.
t Não aplicar a solução degermante nas cavidades do corpo.
t Seringas e agulhas que foram imersas em soluções de clorexidina devem ser completamente limpas com água ou soro fisiológico estéreis, antes do uso.
t Não realizar procedimentos de eletrocauterização antes que a solução seque.
t Evitar a aplicação em áreas com pelos, pois a solução pode demorar para secar.
t Categoria de risco na gravidez (FDA): C.
t Utilizar 15 mL de solução bucal a 0,12%, em bochechos de 30 segundos, 2 vezes ao dia, após escovação e uso de fio dental.
t Limpeza de próteses bucais removíveis: após escovação, enxaguar a prótese com solução bucal a 0,12%, 2 vezes ao dia, após a escovação bucal.
Nota: a solução bucal deve ser utilizada pelo menos 30 minutos após a escovação, não deve ser diluída nem deglutida. Não beber ou comer por algumas horas após o uso.
t Limpeza da pele e feridas em geral: lavar com água a área a ser limpa, aplicar o mínimo necessário da solução a 4% para cobrir a área, limpar suavemente e enxaguar novamente com água.
t Limpeza da pele no pré-operatório e outros procedimentos invasivos: aplicar a solução a 4% e esfregar por pelo menos 2 minutos, secar com toalha esterilizada e repetir o processo por mais 2 minutos.
t Limpeza das mãos de cirurgiões: aplicar nas mãos 5 mL da solução degermante 4%, esfregar durante 3 minutos, enxaguar completamente com água morna, repetir o processo e secar.
t Limpeza das mãos de auxiliares médicos: lavar com 5 mL da solução degermante 4% durante 15 segundos, enxaguar e secar.
t Absorção (oral e tópica): mínima.
t Biodisponibilidade (oral e tópica): pouca ou nenhuma.
t Biotransformação: mínima.
t Eliminação: 90% fecal
t Excreção renal: aproximadamente 10% do fármaco absorvido
t Alteração no paladar, aumento de tártaro nos dentes, manchas nos dentes, boca, língua, obturações e dentaduras, irritação na boca ou na ponta da língua; descamação da mucosa oral (suspender o uso, diluir com água 50% ou utilizar de maneira menos vigorosa), sensação de queimação da língua, irritação nas mucosas.
t Glândulas parótidas inchadas na face e no pescoço.
t Hipersensibilidade cutânea.
t Redução temporária da capacidade olfativa.
t Lesão química na córnea, dano na córnea.
t Surdez.
t Anafilaxia (raro).
t Este medicamento pode causar manchas em tecidos quando em contato com cloro. A lavagem de tecidos deve ser feita com produtos sem cloro.
t Alguns produtos podem conter álcool na formulação, cuidado na utilização.
t Conservar à temperatura ambiente, em recipientes bem fechados. Manter ao abrigo de luz, calor e umidade. Não congelar.
Rogério Hoefler
Na Rename 2010: item 10
t Solução injetável 50 mg/mL (5%).
t Solução injetável 100 mg/mL (10%).
t Solução injetável 500 mg/mL (50%).
t Reposição hídrica sem perda significativa de eletrólitos.
t Hipoglicemia.
t Fonte de calorias em nutrição parenteral total.
t Veículo para administração intravenosa de medicamentos.
t Solução mais concentrada (50%):
t Anúria.
t Coma diabético ou hiperglicemia.
t Hemorragia intracraniana ou intraespinhal.
t Delírio de abstinência alcoólica em pacientes desidratados.
t Uso hospitalar.
t Usar com cuidado no caso de diabete melito e hiperglicemia (pode ser necessário aumentar a dose de insulina).
t Categoria de risco na gravidez (FDA): C.
t As condições clínicas do paciente devem ser avaliadas para estabelecer volume e velocidade de reposição.
t 250 a 500 mg/kg/dose, com solução de glicose 50%, por infusão intravenosa em veia de grande calibre, à velocidade de 3 mL/minuto.
t As condições clínicas do paciente devem ser avaliadas para estabelecer volume e velocidade de reposição.
t 25 mL da solução de glicose 50%, por infusão intravenosa em veia de grande calibre, à velocidade de 3 mL/minuto.
t Soluções hipertônicas apresentam pH baixo, causando irritação venosa e tromboflebite.
t Distúrbios hídricos e eletrolíticos.
t Intoxicação por água ou edema, em administração prolongada ou infusão rápida de grandes volumes.
t Hiperglicemia, em administrações prolongadas de soluções hipertônicas.
t Armazenar à temperatura ambiente, de 15 a 30 oC. Não congelar.
t Não utilizar soluções turvas e descartar porções não utilizadas.
t Observar orientação específica do produtor quanto a compatibilidade e estabilidade da solução.
t Incompatível com: ampicilina.
Letícia Figueira Freitas
Rachel Magarinos Torres
Na Rename 2010: item 5.7
t Solução 2%.
t Desinfecção e esterilização de instrumentos (artigos metálicos, plásticos,
borrachas, lentes, hemodialisadores e endoscópios).
t Proteger a pele e evitar inalação de vapor.
t Materiais porosos (como látex), inadequadamente enxaguados, podem reter o glutaral e provocar problemas no trato gastrintestinal em pacientes submetidos à colonoscopia e sigmoidoscopia.
t Não deve ser utilizado em limpeza de superfícies abertas.
t Limpar os materiais antes de colocá-los em solução. Glutaral não penetra em matéria orgânica (sangue, saliva, pus, gordura, etc.) e cristaliza resíduos orgânicos, tornando mais difícil sua remoção.
t Secar previamente os materiais.
t Pode haver risco de corrosão quando se misturam instrumentos de aço com outros materiais, metálicos ou não.
t Utilizar máscara com filtro de carvão ativado e luvas no manuseio da solução.
t Imergir os instrumentos limpos na solução 2%, durante 10 a 30 minutos até 3 horas, dependendo da possibilidade de contaminação do instrumento. Enxaguar exaustivamente com água estéril ou álcool após desinfecção. Secar os materiais com compressa estéril.
t Imergir totalmente os instrumentos limpos na solução 2%, durante 10 horas (o tempo de imersão pode variar para cada tipo de material). Enxaguar exaustivamente com água estéril ou álcool após desinfecção. Secar os materiais com compressa estéril.
t Decorrentes de exposição ocupacional: obstrução das vias aéreas, asma, rinite, irritação nos olhos, náuseas, vômito, cefaleia, dermatite e descoloração da pele.
t Armazenar, antes e depois de preparado, à temperatura ambiente, preferentemente a 25 ºC. A temperatura máxima de armazenamento não deve exceder 40 ºC. Proteger da luz.
t Após preparo, manter em recipientes de plástico, fechados e protegidos da luz, identificando o prazo de validade (se 14 ou 28 dias, a depender do produtor).
t Efetivo contra bactérias gram positivas e gram negativas. Também é efetivo contra o Mycobacterium tuberculosis, alguns fungos e vírus, incluindo o vírus da hepatite B e HIV. Possui baixa efetividade contra esporos de bactérias.
t Exala vapores irritantes. O risco de inalação torna-se maior em climas mais quentes. Usar equipamento de proteção individual ao manipular.
t A solução com pH entre 7,5 e 8,5 apresenta ótima atividade, permanecendo estável por 14 dias.
t No caso de alterações, descartar a solução, mesmo dentro do prazo de validade.
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