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Eletrocardiograma 9

Quadro clínico

Homem de 32 anos com dispnéia

 

Eletrocardiograma do paciente

 

Ver diagnóstico abaixo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Interpretação

1 - Ritmo sinusal com Frequência Cardíaca de 100 bpm

2 - Sobrecarga de átrio direito – P em DII = 3mm (normal <2,5mm )- “ P Pulmonale”

3 – Intervalo PR- 0,20 s (normal)

4 – Morfologia do complexo QRS = Bloqueio de Ramo direito – QRS>120ms, qR em V1 e V2,  S profunda em V5 e V6;

5- Padrão de Sobrecarga ventricular direita com Eixo QRS em +120 graus (desvio para direita) e desvio para frente (R ampla em V1)

6- Alteração da repolarização ventricular secundária a sobrecarga ventricular direita – padrão “strain” em derivações precordiais

 

Diagnóstico

                Este eletrocardiograma é compatível com Hipertensão Pulmonar, onde se observa Sobrecarga importante de Camâras Direitas. Veja também o ECG no. 7 em que ocorrem também tais alterações porém de menor intensidade.

 

Comentários

            Hipertensão arterial pulmonar (HP) ocorre quando os níveis de pressão da artéria pulmonar são desproporcionalmente elevados para um dado nível de fluxo sanguíneo pulmonar. Valores de pressão arterial pulmonar média superiores a 25mmHg em repouso ou 30mmHg em exercício permitem o diagnóstico de HP. A HP sustentada ou crônica pode ser secundária a doenças conhecidas, principalmente de natureza cardíaca ou pulmonar, ou ser uma anormalidade primária da circulação pulmonar, com ou sem identificação de condições associadas. Clínicos podem enfrentar casos de HP como conseqüência de pneumopatias ou como achados de investigações de dispnéia. Independente de sua etiologia, a HP representa uma anormalidade definida que afeta o ventrículo direito e tem conseqüências potencialmente fatais para os pacientes acometidos.

            A HP é geralmente classificada em secundária quando está relacionada com doenças que podem desenvolver mecanismos reconhecidos de produção de hipertensão e em primária quando são excluídas causas secundárias responsáveis. Essa última, dita também idiopática, pode estar associada a diversas situações clínicas predisponentes.

 

 

            Os sintomas e sinais de HP são inespecíficos e podem ser confundidos com diversas doenças. Uma vez evidenciada a HP, o desafio do diagnóstico é encontrar uma causa secundária que explique a hipertensão, ou reconhecer uma condição associada. Chega-se ao diagnóstico de hipertensão pulmonar primária por exclusão.