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Eletrocardiograma 21

Quadro Clínico

Paciente de 63 anos evoluindo com dor torácica há 3 horas.

Eletrocardiograma do paciente

 

 Ver diagnóstico abaixo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Interpretação

1-     Ritmo regular, FC = 115

2-     Intervalo PR-0,20ms

3-     Morfologia da onda P = aumento de amplitude, entalhada e bífida nas derivações inferiores (sobrecarga atrial esquerda), positiva em DI/DII/aVF, precedendo cada complexo QRS.

4-     QRS de duração e orientação normal

5-     Supra-Desnivelamento do segmento ST de V2-V5, DI e AVL, e Infra-desnivelamento de ST em DII,DIII,AVF

6-     Ritmo = Sinusal

 

Diagnóstico

Infarto Agudo do Miocárdio (corrente de lesão subepicárdica) na parede anterior (extenso) devido a obstrução da artéria descendente anterior proximal (artéria culpada). Encaminhado para cinecoronariografia de urgência com angioplastia com stent da DA com sucesso.

 

Comentários

O eletrocardiograma é exame que muda conduta no tratamento das sindromes coronarianas agudas, pois:

         diferencia angina instável/ infarto sem supra de infarto com supra.

         nos infartos com supra identifica a parede acometida e possível artéria culpada.

         identifica arritmias e bloqueios.

 

Identificação do segmento acometido no IAM

 

         Parede Anterior:

ü  Septal ou antero-septal: V1, V2, V3.

ü  Anterior : V1 a V4.

ü  Antero-Lateral: V4,V5, V6, DI e avL.

ü  Lateral alta: DI e aVL, ocasionalmente V2 e V3.

ü  Anterior Extensa:: V1 a V6.

 

         Parede Inferior: (sempre realizar V7/V8/V3R/V4R)

ü  Inferior propriamente dito: DII, DIII, aVF.

ü  Ínfero-lateral: DII, DII, aVF, V5 e V6.

ü  Ínfero-látero-dorsal: DI, DII, DIII, aVL, aVF, V5, V6, V7 e V8 (ou infradesnivelamento de ST  em V1 e V2).

ü  Ínfero-ântero-septal : DII, DIII, aVF, V1 e V2.

ü  Ventrículo Direito : V3r e V4r.

 

         Parede Dorsal (aumento de R em V1 e V2):

ü  Dorsal propriamente dito: V7 e V8.

ü  Ínfero-dorsal: DII, DIII, aVF, V7 e V8 ( ou infradesnivelamento ST  em V1 e V2).

ü  Látero-dorsal: DI, aVL, V5, V6, V7 e V8.

 

Identificação da artéria culpada no IAM

 

         IAM inferior, lateral ou dorsal

ü  Supra ST em DIII> DII é indicativo de  oclusão de Artéria Coronária Direita (ACD).

ü  Infra ST em aVL indica oclusão de ACD.

ü  Supra ST na parede inferior sem infradesnível em aVL sugere oclusão proximal de Artéria Circunflexa (ACX).

ü  Razão Infra V3/Supra DIII = 1,2 indica oclusão de ACX; se < 0,5 sugere oclusão proximal da ACD. Entre 0,5 e 1,2 sugere oclusão do terço médio de ACD.

ü  Ausência de infra ST em V1 e V2 exclui ACX.

ü  Supra ST de V7-V9 associado a infra em V4R indica oclusão de ACX.

ü  Supra ST em V7 a V9 tem maior especificidade para o diagnóstico de IAM dorsal.

 

         IAM anterior (supradesnível de V1 a V4)

ü  Supra ST em aVL e infra em DII, DIII e aVF simultâneos ao IAM anterior reforça a relação com obstrução da Artéria Descendente Anterior (ADA) proximal.

ü  Supra ST em aVR, desaparecimento de Q nas derivações laterais, infra ST em V5  e BRD indicam oclusão da ADA ao nível da primeira septal.

ü  Q em V4 -V6 com aumento de R indicam lesão distal de ADA.

ü  Em 7% dos casos, o Supra ST de V1 a V4 pode representar oclusão de ACD.

ü  Supra ST de V1 a V6, DI e aVL indicam oclusão de ADA ao nível da primeira diagonal.

ü  Supra ST em aVL, V2, com infra em DIII, aVF ou V4 orientam para oclusão da primeira diagonal.

ü  Supra ST em DI e aVL, com infradesnível em V2 indica oclusão da primeira artéria marginal.