Mulher 74 anos com dispnéia progressiva, ortopnéia e edema de membros inferiores.
Ver diagnóstico abaixo
1 - ritmo sinusal
2 - Frequência cardíaca – 76 bpm
3 - PR – 0,20 segundos
4 - Bloqueio do ramo esquerdo(BRE): duração QRS 120 ms; ausência de "q" em D1, aVL, V5 e V6; ondas R alargadas e com empastamentos médio-terminais em D1, aVL, V5 e V6; onda " r" com crescimento lento em V1e V2; ondas S alargadas com espessamentos em V1 e V2.
5- Eixo- negativo 20° graus
6- Qtc de 400ms
7- Alterações difusas da repolarização ventricular – infradesnivelamento do ponto J > 5mm em derivações precordiais ( V3,V4 e V5)
Eletrocardiograma compatível com alterações isquêmicas agudas (subendocárdicas) na presença de Bloqueio de Ramo Esquerdo.
A presença de BRE na maioria das vezes dificulta o reconhecimento de alterações isquêmicas agudas. Desnivelamentos do segmento ST podem nos permitir a identificação de infarto do miocárdio, sendo os seguintes os critérios, definidos por Sgarbossa e cols: (N Engl J Med, 22 Feb,334(8):481-7,1996)
Supradesnivelamento do segmento ST 1,0 mm em concordância com o QRS/T 5 pontos
Infradesnivelamento do segmento ST 1,0 mm em V1, V2 e V3. 3 pontos
Supradesnivelamento do segmento ST 5,0 mm em discordância com o QRS/T. 2 pontos
Também a identificação de áreas eletricamente inativas é dificultada pelo BRE, podendo-se reconhecer estas situações quando:
Presença de ondas R importantes em V1 e V2, bem como de Q em V5 e V6 e/ou em D1 e aVL, sugere área eletricamente inativa ântero-septal
Presença de ondas S importantes, em V5 e V6, sugere área eletricamente inativa ântero-lateral
Em 1996, Sgarbossa e colegas publicaram o algoritmo que contemplava alterações isquêmicas agudas na presença de BRE com sensibilidade de 78% e especificidade de 90% para o diagnóstico de infarto agudo do miocárdio. De acordo com esse algoritmo, o ECG é considerado positivo se o score apresenta o mínimo de 3 pontos.