Homem 42 anos com episódio de dor torácica e sudorese ao repouso.
Ver diagnóstico abaixo
A) Frequência = 74 Regular;
B) Morfologia da onda P = normal, positiva em DI/DII/aVF, precedendo cada complexo QRS;
C) Intervalo PR = 0,16 s,
D) Morfologia QRS = eixo +30 graus, duração normal;
E) Morfologia segmento ST = supradesnível 1mm em V2 e V3;
F) Morfologia onda T = aumento de amplitude em V2 e V3, inversão nas derivações inferiores (DII/DIII/AVF);
G) Ritmo sinusal.
Logo abaixo, ECG basal prévio em que não ocorrem tais alterações.
Infarto agudo do miocárdio com alterações da onda T hiperagudas e supradesnível de ST parede anteroseptal. Este paciente chegou ao PS com 30 minutos de dor, sendo encaminhado para estudo hemodinâmico que mostrou obstrução de 100% em artéria descendente anterior proximal.
As alterações de onda T nas síndromes coronárias agudas têm menos estudos ou descrições que as alterações do segmento ST. Entretanto, pode fornecer dados importantes para o diagnóstico.
Uma onda T com aumento de amplitude num quadro de dor anginosa pode ser o mais precoce sinal de IAM com supra. A onda T hiperaguda é uma onda T com aumento de amplitude e efêmera, evoluindo rapidamente para supradesnivel de ST. Como neste caso, pode aparecer dentro de 30 minutos da oclusão da artéria coronária, de onde vem o termo hiperaguda. Sua apresentação pode ser variável, mas geralmente é alargada e assimétrica.
O diagnóstico diferencial para ondas T proeminentes inclui hipercalemia, repolarização precoce, pericardite aguda e sobrecarga de ventrículo esquerdo.
Quando há ondas T invertidas (em relação à orientação do QRS) deve-se pensar em : síndromes coronárias agudas (angina instável e IAM sem supra), padrão de strain, miocardite, uso de digitálicos, eventos no sistema nervoso central como hemorragias, tromboembolismo pulmonar e variantes da normalidade como padrão juvenil persistente ou repolarização precoce.