Paciente de 72 anos com insuficiência cardíaca em tratamento com queixa de fadiga.
Ver diagnóstico abaixo
Taquicardia Atrial com condução atrioventricular variável por Intoxicação digitálica. A presença de taquicardia atrial com condução variável é o achado mais comum na toxicidade por digitais.
O uso de digoxina pode ser visualizado através de achados ao eletrocardiograma como alterações difusas da repolarização ou infradesnível do ST.
Eletrocardiograma mostrando o efeito digital (T em colher)
A intoxicação digitálica acontece com freqüência, já que o intervalo entre os níveis terapêuticos e tóxicos é muito pequeno. A toxicidade pelo digital tornou-se menos comum pelo uso de doses mais baixas, maior previsibilidade da biodisponibilidade e surgimento de novas drogas para tratamento da insuficiência cardíaca e taquicardia supraventricular, porém ainda ocorre em nosso meio.
A mortalidade em diferentes estudos varia de
Os sintomas clínicos mais comuns de superdosagem são anorexia, náusea e vômitos, visão embaçada e desorientação. A manifestação miocárdica mais importante e comum da intoxicação digitálica é a arritmia cardíaca. Freqüentemente, o diagnóstico clínico de intoxicação digitálica torna-se difícil em pacientes com patologias cardíacas graves, pois a maioria das manifestações pode ser causada pela doença ou por drogas. Por isso, a dosagem de digoxina sérica é especialmente útil na interpretação de arritmias nos pacientes que fazem uso de digital.
ü inespecífico.
ü fadiga.
ü visão turva.
ü distúrbio de percepção da cor.
ü náusea e vômitos.
ü diarréia e dor abdominal.
ü cefaléia, vertigem.
ü confusão, delirium.
ü arritmias.
ü Insuficiência renal.
ü Fatores metabólicos (hipocalemia, hipomagnesemia, hipernatremia, hipercalcemia, hipoxemia ,distúrbio ácido-basico e hipertireoidismo).
ü Fármacos: quinidina, ciclosporina - reduzem excreção de digoxina; tiazídicos e diuréticos de alça - predispoem a intoxicação por hipopotassemia; espironalactona - aumenta sua meia-vida; cimetidina - inibe metabolismo.
ü Aumento de sensibilidade: idosos, isquemia ativa, miocardites, cardiomiopatia, amiloidose cardíaca, cor pulmonale.
As maiores causas de intoxicação digitálica são a depleção de potássio e a diminuição da função renal com a idade. Alterações da função renal, hipercalcemia, alcalose, mixedema, hipomagnesemia, infarto do miocárdio recente, hipóxia e hipocalemia podem aumentar a sensibilidade aos efeitos tóxicos da digoxina. O uso de drogas como quinidina, verapamil, amiodarona, ciclosporina, espironolactona, entre outras, pode aumentar os níveis séricos por diminuição do clearance da digoxina.
ü Taquicardia atrial com condução variável. Pode ocorrer bloqueio atrioventricular e aumento do automatismo atrial, juncional ou ventricular.
ü O bloqueio na condução AV pode ocorrer devido a efeito vagotônico e mecanismo celular direto do digital.
ü Há também efeito na bomba de sódio-potássio com aumento da concentração do sódio intracelular e maior saída de cálcio.
ü Taquicardia atrial: arritmia mais freqüente, associada à freqüência ventricular baixa devido a bloqueio AV.
ü Fibrilação atrial e Flutter atrial
ü Bloqueio AV 2º grau: freqüentemente Mobitz I.
ü Taquicardia Juncional: excitabilidade do tecido juncional.
ü Extrassístole ventricular: excitabilidade do sistema His-Purkinje.
ü Taquicardia e Fibrilação ventricular: excitabilidade ventricular.
ü identificação da intoxicação.
ü intervenção precoce.
ü Lavagem gástrica se ingestão há menos de 1 hora.
ü carvão ativado – 6-8hs.
ü corrigir distúrbios eletrolíticos.
ü bradiarritmias: atropina, marcapasso.
ü taquiarritmias : controle de frequência cardíaca ou cardioversão
ü a hemodialise não diminue o nível sérico de digoxina.
ü em algumas situações tais como ingestão de mais de 10mg, nível sérico maior que 6ng/ml, bradicardia progressiva e bloqueio atrioventricular total e taquicardia ventricular pode-se utilizar o anticorpo digoxina-específico.