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Paciente de 59 Anos de Idade Sexo Masculino e dor Abdominal

Paciente de 59 anos de idade, sexo masculino, etilista importante. Quadro de dor abdominal há 7 dias com náuseas e vômitos, chegou ao departamento de emergência hipotenso sem resposta à reposição volêmica, com evolução com instabilidade hemodinâmica e necessidade de drogas vasoativas. Realizou dosagem de amilase e lipase com resultados muito elevados. Assim, foi realizado diagnóstico de pancreatite aguda. Apresentava as seguintes lesões cutâneas:

 

Podemos verificar a presença de alterações na pele características de livedo reticular, indicando má perfusão periférica. Devido à instabilidade clínica, o paciente não foi transferido para a radiologia para realizar TC de abdome a fim de avaliar pancreatite aguda. Independentemente disso, já temos elementos clínicos suficientes para o diagnóstico de pancreatite aguda, pois temos dois dos seguintes critérios diagnósticos:

 

1.             dor abdominal em porção superior do abdome;

2.             aumento de enzimas pancreáticas séricas (> 3 vezes o limite superior da normalidade);

3.             exame de imagem evidenciando alterações sugestivas de pancreatite aguda.

Apesar de a TC de abdome ser o exame de imagem mais sensível, pode ser realizada a ultrassonografia de abdome, que pode detectar inflamação pancreática e apresenta alta sensibilidade para cálculos biliares (95%), com sensibilidade de 60% para cálculos de colédoco.

Com a evolução com instabilidade hemodinâmica, sinais de hipoperfusão tecidual como livedo reticular podem aparecer e indicam mau prognóstico. Pacientes com instabilidade persistente irão, após estabilização clínica, necessitar de TC de abdome para avaliar presença de abscessos e necrose infectada.