Enquanto o debate sobre as doenças transmitidas pelo Aedes (principalmente Zika e Dengue) e o H1N1 continua solto, parece que carecemos de pensar no futuro. E o futuro está batendo na porta do sistema de saúde.
Estamos evoluindo como sociedade, e isso traz um impacto inevitável. Estamos conseguindo ficar mais velhos. E como um efeito dominó, isso nos dá a oportunidade de adoecermos mais.
Mais pessoas com mais doenças. Uma equação simples e catastrófica para o sistema de saúde no Brasil. E não só o público, como muitos podem pensar, mas também o privado. As consequências são gerais.
Conquistamos o envelhecimento, mas não nos planejamos para envelhecer. Não pensamos em prevenção primária, não comemos direito, não nos exercitamos, não modificamos hábitos de vida que possam nos ajudar a envelhecer com funcionalidade e qualidade.
E o resultado já está dentro dos hospitais. Nós, envelhecidos e cheios de doenças, hospitalizados por meses a fio, em uma fila interminável de outros tantos idosos precisando de leitos da mesma forma.
O sistema já não está dando conta. Desospitalizar se torna um caos. Quem irá cuidar? Que família tem estrutura e finanças para garantir isso? O estado deve prover suporte? E o sistema privado, que não tem obrigação legal com isso?
São muitas questões ainda sem resposta. Mas a realidade é dura e já entrou na nossa sala, se apossou do nosso quarto, divide a convivência de forma dura. Mas ainda há mais pela frente. E quando iremos começar a pensar no futuro?
Os Editores