Teorias administrativas na área da saúde

No último século, bem como nas últimas décadas, tem-se o surgimento das teorias da administração, cada qual em um momento diferente da história. Considerando que essas teorias não são nem acabadas nem excludentes, observa-se que há resquícios de todas elas permeando as áreas industrial e de serviços, incluindo a da saúde.

Na avaliação de um hospital, por exemplo, pode-se ver a influência dessas teorias ? desde as mais contemporâneas até as primordiais, como a de Taylor e Fayol. Há diversas linhas de produção em andamento dentro de um hospital, incluindo as filas de pacientes no pronto-socorro ou no centro cirúrgico e as filas de produção de alimentação ou dispensação de medicamentos e materiais. A propósito, nota-se que ainda há bases tayloristas regendo essas filas, com padronização, manuais e procedimentos norteando a cadeia de trabalho.

Observa-se, também, muito da teoria clássica na organização da área da saúde, o que se pode ver pela hierarquia e pela divisão de trabalho estruturada, bem como pela cadeia de responsabilização e centralização da autoridade em “lideranças”, conforme a nomenclatura atual. Além disso, há influências da teoria neoclássica e a administração por objetivos fundamentando o andamento institucional ? basta analisar qualquer planejamento estratégico (uma ferramenta moderna) para constatar o papel considerável dessa teoria nas instituições da área da saúde.

Também se pode evidenciar a influência da Teoria da Qualidade Total, que mais recentemente foi incorporada ao contexto de saúde, promovendo mais participação da operação na melhoria contínua dos hospitais e criando cases de sucesso frente aos desafios da necessidade de entregar qualidade (a despeito de ainda não se ter esse conceito absolutamente definido na saúde) ao paciente (entendido como consumidor do processo assistencial).

A partir dessas considerações, pode-se concluir que um dos desafios atuais é a modernização dos processos hospitalares, os quais devem incorporar insights de outras áreas de serviço e da indústria, que estão em patamares mais modernos que os modelos administrativos da área da saúde, sobretudo no âmbito hospitalar.

Os Editores.

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