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Editorial MedicinaNET - Junho - 2017

Potencializando as Redes de Atenção à Saúde

 

Primeiramente, destaca-se que as Redes de Atenção à Saúde (RAS) devem ter seus esforços concentrados em prevenção primária, bem como uma forte estruturação na camada básica de atenção, sobretudo em relação às doenças crônicas. Caso contrário, continuará a ter o ônus terrível de tratar apenas das consequências, em vez de se concentrar na prevenção.

Em um modelo de cuidado adequado para uma RAS, recomenda-se não focar nas queixas isoladamente e, então, pensar em planos integrais de cuidado ? daí a necessidade de médicos mais generalistas nas portas de entrada, formados de maneira adequada; deve-se abandonar a atenção centrada na doença para um modelo focado no indivíduo e na sua família.

Dessa forma, isto é, saindo de um contexto de ações primordialmente médicas para um contexto de atuação multiprofissional, a expertise das diferentes profissões da saúde pode ser explorada, dando autonomia para a sua atuação, sem depender de prescrição médica, mas, sim, com base em protocolos de atuação.

É importante, também, equilibrar o uso de generalistas e especialistas, favorecendo os primeiros na abordagem e na resolutividade, criando metodologias de incentivo como pagamento pelo seu desempenho e utilizando-se de indicadores clínicos e de resolução (e não de produtividade, já que podem trazer consequências nefastas ao sistema). Por fim, é fundamental fortalecer o autocuidado e a autonomia do paciente.

 

Atenciosamente, Os Editores.