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Editorial MedicinaNET - Dezembro - 2017

O modelo Fee-for-service

 

Os principais modelos de remuneração no sistema de saúde são o Fee-for-service, o Bundled-payment e o DRG, mas existem também o Capitation e o Pay-for-performance. O Fee-for-service é o mais comum no atual cenário do sistema de saúde tanto em serviços públicos quanto em privados (equivalendo a mais de 90% dos contratos na saúde suplementar). É também conhecido como “pagamento por serviços” ou, ainda, como “pós-pagamento por ato”.

Considerado o mais tradicional dos modelos de pagamento de cuidados de saúde, o Fee-for-service foi criado na década de 1930 nos EUA. Nesse modelo, exige-se que pacientes ou fontes pagadoras reembolsem o prestador de cuidados de saúde para cada serviço prestado. Essa remuneração dos prestadores de serviços pode ter livre negociação ou segue tabelas que predefinem valores para cada procedimento ou material.

Em suma, no modelo Fee-for-service, todo o risco é assumido pela fonte pagadora. A satisfação do cliente tende a ser alta, pois não há, em teoria, limitação de acesso aos recursos. Porém, a possibilidade de contenção de custos é a mais baixa dentre os modelos de remuneração, havendo excessos na realização de serviços e maior chance de fraudes. Isso gera imprevisibilidade orçamentária e necessidade de muito investimento em administração de gastos e sistemas de controles. Além disso, nesse modelo há pouco ou nenhum incentivo para a realização de cuidados preventivos, ou ainda contenção de internações hospitalares desnecessárias ou regulação da permanência hospitalar.

 

Os Editores.