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Soluções Hidreletrolíticas e Corretoras do Equilíbrio Ácido-Básico

Última revisão: 16/09/2015

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Reproduzido de:

Formulário Terapêutico Nacional 2010: Rename 2010 [Link Livre para o Documento Original]

Série B. Textos Básicos de Saúde

MINISTÉRIO DA SAÚDE

Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos

Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos

Brasília / DF – 2010

 

9 Soluções Intravenosas para Reposição Hidreletrolítica e Correção do Equilíbrio Ácido-Básico

Rogério Hoefler

 

Soluções eletrolíticas de administração intravenosa são empregadas para suprir necessidades normais de fluidos e eletrólitos, bem como para compensar deficiências importantes ou depleções contínuas, em pacientes incapazes de ingerir suplementos minerais por vários motivos, como êmese, por exemplo.

As necessidades de fluidos devem ser avaliadas antes, durante e depois de cirurgias de grande porte. A reposição deve corresponder ao mais próximo possível em volume e composição da depleção. Misturas isotônicas de glicose e cloreto de sódio são preferidas em crianças, mas o uso não criterioso de tais fluidos pode causar hiponatremia por diluição, especialmente em condições que aumentam a secreção de hormônios antidiuréticos.

Quando a depleção de volume é superior a 15% do sangue circulante, a transfusão sanguínea torna-se indispensável para restaurar a capacidade de transporte de oxigênio. A solução de cloreto de sódio isotônica (0,9%) pode ser usada para reposição de volume por curto prazo (ver monografia, página 505). Expansores plasmáticos, como a poligelina, podem ser úteis (ver item 15.6, página 268) (ver monografia, página 910).

A natureza e a gravidade do desequilíbrio eletrolítico devem ser avaliadas, considerando história clínica e exames bioquímicos de cada indivíduo. Depleções de sódio, potássio, cloreto, magnésio, fosfato e água podem ocorrer de forma isolada ou combinada, e com ou sem distúrbios do equilíbrio ácido-básico. Soluções isotônicas podem ser infundidas de forma segura em veias periféricas. Soluções hipertônicas são administradas mais apropriadamente por meio de cateter instalado em veia de grande calibre.

Para manutenção da função renal, a forma mais simples de reposição hídrica é a administração intravenosa de cloreto de sódio a 0,9%, ou uma solução fisiologicamente mais apropriada, como a solução de Ringer + lactato, que contém os íons cloreto, sódio, potássio, cálcio e lactato (ver monografia, página 943).

Bicarbonato de sódio é usado para controlar acidose metabólica grave (como ocorre na insuficiência renal). Como esta condição é usualmente acompanhada por depleção de sódio, pode-se corrigir primeiro este eletrólito pela infusão intravenosa de cloreto de sódio a 0,9%, considerando que os rins não estejam afetados e o grau de acidose não é tão grave a ponto de prejudicar a função renal. Nestas circunstâncias, o cloreto de sódio isotônico, isoladamente, é usualmente efetivo porque restaura a capacidade de produção de bicarbonato dos rins. Em acidose renal ou em acidose metabólica grave de qualquer origem, por exemplo, com pH sanguíneo inferior a 7,1, o bicarbonato de sódio a 1,4% pode ser infundido com cloreto de sódio isotônico quando a acidose permanece refratária à correção da anoxia ou da depleção de fluido; um volume total de até 6 litros (4 litros de solução de cloreto de sódio e 2 litros da solução de bicarbonato de sódio) pode ser necessário em adulto. No choque grave, por exemplo, com parada cardíaca, pode se desenvolver acidose metabólica sem depleção de sódio; nestas circustâncias, é melhor administrar o bicarbonato de sódio em pequeno volume de solução hipertônica (por exemplo, 50 mL de solução intravenosa a 8,4%); o pH plasmático deve ter monitoria. O bicarbonato de sódio também é empregado em emergência, no manejo de hiperpotassemia (ver monografia, página 428).

Cloreto de potássio é empregado para corrigir hipopotassemia ou para suplementação do íon em nutrição parenteral (ver item 10, página 205). Deve 201 Soluções intravenosas para reposição hidreletrolítica e correção do equilíbrio ácido-básico ser diluído em solução de cloreto de sódio a 0,9% e administrado por via intravenosa lenta (em 2 a 3 horas), sob supervisão de especialista e com monitoria de ECG em casos complicados. A monitoria do teor de potássio plasmático determina a necessidade de novas infusões e pode evitar o desenvolvimento de hiperpotassemia, especialmente comum em pacientes com comprometimento renal. A reposição intravenosa inicial de potássio não deve empregar soluções de glicose porque esta pode causar posterior redução na concentração plasmática do eletrólito. Quando fluidos são administrados por via intravenosa por mais de 24 horas, o cloreto de potássio é requerido para prevenir sua depleção (ver monografia, página 504).

Fosfato de potássio monobásico + fosfato de potássio dibásico é mistura empregada no tratamento de hipofosfatemia grave e na composição de nutrição parenteral (ver monografia, página 726).

Gliconato de cálcio é usado para manejo de hipocalcemia, tetania hipocalcêmica e na composição de nutrição parenteral (ver monografia, página 743).

Sulfato de magnésio, em solução injetável a 10%, é usado na reposição intravenosa de magnésio, incluindo nutrição parenteral. Em concentração de 50%, emprega-se na prevenção de convulsões recorrentes na eclampsia (ver item 13.1, página 225). Durante o uso, é necessário registrar pressão arterial, frequência respiratória e débito urinário, assim como sinais clínicos que indiquem dose excessiva (perda de reflexos patelares, fraqueza, náusea, sensação de calor, enrubecimento, diplopia e fala arrastada) (ver monografia, página 988).

 

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